Apesar de um parecer desfavorável por parte do Instituto do Património Cultural, a Câmara Municipal de Elvas não desistiu do estacionamento subterrâneo do chamado parque da Shell, junto às portas de Olivença, ao fundo da Rua de Alcamim.
Com recursos financeiros para poder realizar a obra e aguardando agora uma resposta para saber se há ou não viabilidade técnica para avançar, garante o presidente Rondão Almeida, a autarquia esteve reunida, recentemente, com o presidente do Instituto do Património Cultural e com os técnicos da CCDR que tinham dado, numa primeira fase, parecer favorável condicionado ao projeto. “O senhor presidente auscultou todas essas equipas e ficou em dar uma resposta, no prazo de um mês”, adianta o autarca. “Estamos só dependentes do parecer”, acrescenta.
Para Rondão Almeida, este parque subterrâneo é muito necessário, para dar resposta à falta de estacionamento no centro histórico, não só para quem nele trabalha, como para quem quer fazer as suas compras, em artérias como a Rua de Alcamim. “Se não têm estacionamento, as pessoas acabam por ir para as grandes superfícies”, lamenta.
“O meu objetivo foi ter dois grandes parques: aquele que está hoje no coração da cidade, que também na altura houve uma grande luta com a mesma instituição, até que atingimos o parecer favorável”, recorda o presidente.
No caso de este projeto vir a ser uma realidade, o parque de estacionamento à superfície, revela ainda Rondão Almeida, irá passar a receber a feira quinzenal, que decorre, atualmente, no Parque da Piedade. “Queremos trazer a feira quinzenal para dentro da cidade, que é algo que os comerciantes têm vindo a pedir ao longo do tempo”, garante, explicando que, para tal, será necessário que as viaturas que, habitualmente, usam o parque da Shell, passem a estacionar no novo parque subterrâneo.
A obra terá um custo entre um milhão e meio e dois milhões e meio de euros.