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Crianças de Campo Maior formam Laço Azul para “despertar consciências”

As cerca de 600 crianças do ensino pré-escolar e do primeiro ciclo de Campo Maior formaram esta terça-feira, dia 30, o tradicional Laço Azul Humano, no culminar deste mês abril, dedicado à prevenção dos maus-tratos na infância.

Devido à chuva, e contrariamente ao que é habitual, como explica a presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Campo Maior, Ana Reis, a iniciativa teve lugar no pavilhão do Centro Escolar Comendador Rui Nabeiro, e não no Estádio Capitão César Correia. “Não podíamos arriscar com crianças de tão pouca idade e com um número tão elevado”, começa por dizer, lembrando que o mais importante é passar a mensagem e sensibilizar todos para a problemática em questão. “As crianças são o nosso futuro, são o bem mais precioso que qualquer ser humano pode ter e, como tal, temos de cuidar, de amar, de querer e ajudar a crescer num ambiente saudável”, assegura.

Depois de formado o laço, foi prestada uma singela homenagem ao comendador Rui Nabeiro. “O nosso comendador foi nomeado embaixador dos Direitos das Crianças e estava presente todos os anos. Ele estava sempre ao lado das crianças e nós fazemos essa homenagem todos os anos e este ano continuamos”, adianta Ana Reis.

Ano após ano, diz ainda a presidente da CPCJ de Campo Maior, tem sido possível fazer chegar a mensagem a mais pessoas, “despertando consciências” para esta problemática. “Eu acredito que esta sensibilização deve ser feita, principalmente por quem trabalha nesta área, sistematicamente, todos os dias e sem parar”, remata.

Num momento “simbólico e bonito”, e perante uma “moldura humana lindíssima”, diz a vereadora na Câmara de Campo Maior São Silveirinha, o importante é alertar que é “um dever de todos” prevenir os maus-tratos na infância. “Devemos estar sempre alerta. Todos temos de estar despertos, infelizmente, para esta realidade, que muitas vezes acontece”, diz ainda.

Já o diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, Jaime Carmona, que recorda o trabalho que é preciso continuar a ser feito neste âmbito, lamenta que, devido à chuva, o evento, desta vez, não tenha tido “a grandeza” de outros anos. “Temos de continuar todos a fazer o nosso trabalho, que não é fácil. Cada vez mais vai sendo difícil, por vários motivos, a sociedade também está diferente, mas temos de alertar para pequenos direitos, todos os dias temos de cuidar das nossas crianças”, assegura.

Para além dos alunos do Agrupamento de Escolas, participaram ainda na iniciativa as crianças do Jardim de Infância “O Despertar” e do Centro Educativo Alice Nabeiro.

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