A Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA) promoveu, no sábado passado, 24 de fevereiro, uma reunião pública relativa à construção da Barragem do Pisão, com a participação daqueles que, num futuro próximo, terão de vir a ser realojados na nova aldeia.
Considerando que a participação dos residentes do Pisão é “preponderante” para a boa execução deste projeto estruturante para a região e lembrando que este é o “maior investimento público no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), promovido por qualquer Comunidade Intermunicipal”, o presidente da CIMAA, Hugo Hilário, explica que estas reuniões decorrem, não só, de uma “obrigação legal”, mas também de uma “estratégia da CIMAA em desenvolvê-lo com a participação cívica, com a participação pública e, principalmente, com a participação das pessoas e das gentes do Pisão”.
“Este, provavelmente, será o maior investimento público, dos últimos anos, da história deste nosso território. Aquilo que estivemos a fazer foi dar mais um passo, no sentido de assumirmos, mais uma vez, o compromisso daquilo que hoje é uma realidade, que é definir instrumentos, criar metodologias, para que a população do Pisão participe naquela que será a nova aldeia do Pisão”, assegura o autarca.
Hugo Hilário diz ainda que a CIMAA pretende que o projeto de construção da nova aldeia seja “definido” pelos atuais moradores do Pisão. “Não queremos, de todo, nem o podemo fazer, que um qualquer arquitecto defina um projeto para uma aldeia. Queremos que essa aldeia seja participada, seja sentida e seja definida também pelos atuais moradores do Pisão, quer na sua essência do edificado, mas principalmente nas suas memórias, na sua identidade, nos seus hábitos e isso será preponderante para que este projeto tenha o sucesso que queremos que tenha”, remata.
O processo de realojamento da população do Pisão, com cerca de 80 moradores, envolve um total de 120 casas. A empreitada de construção da barragem deverá ser lançada até ao início do verão.