Se por estes dias, as famílias se reúnem à mesa para celebrar o Natal, vários profissionais, desde da área de saúde, aos bombeiros e às forças de segurança, são obrigados a desempenhar as suas tarefas, como em qualquer outro dia do ano.
No caso dos hospitais, como o de Santa Luzia, em Elvas, há toda uma equipa a trabalhar, para assegurar os serviços de saúde, tanto no Natal como no Ano Novo.
Para a diretora clínica da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), Vera Escoto, e sendo este um serviço que não conhece interrupções, os profissionais de saúde têm “um gesto de amor” para com os doentes, quando abdicam do conforto dos seus lares para estarem ao serviço da população.
“Natal é amor e é amor que damos quando tiramos dos nossos e vimos aqui trabalhar”, garante, lembrando que todos aqueles que escolhem ser “médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos de saúde ou administrativos” têm de ter a noção de este é um serviço “que não fecha e que não pára”. “Estamos aqui a trabalhar para todos e isso é muito importante”, diz ainda, antes de desejar um bom Natal àqueles que trabalham nos hospitais, assim como a todos os outros profissionais que, mesmo por estas ocasiões, têm de desempenhar as suas funções, como bombeiros, seguranças, polícias e jornalistas.
Para a enfermeira Ana Leonardo, o sentimento de trabalhar no Natal é “ambíguo”, porque gostando da sua profissão, lembra que deixa a sua família em casa. “Temos de cá estar pelos doentes, que não escolhem quando estão doentes. Foi uma escolha nossa, fomos nós que escolhemos a nossa profissão”, diz ainda, assegurando que quem está de serviço tenta organizar-se para que, dentro dos possíveis, no hospital de Elvas, se passem umas “festas felizes”, com alguns “momentos de descontração”.
Jacinta Aguiar, ainda que já não trabalhe por estas quadras festivas, sendo enfermeira gestora, cabe-lhe a si fazer as escalas, algo que diz ser difícil, até porque a grande maioria destes profissionais preferia passar o Natal em casa. “Quando perguntamos, as pessoas preferem sempre passar o Natal em casa, mas isso não é possível, de forma que, quem fica, por vezes, tenta animar-se um pouco e até coloca uns barretes de Pai Natal”, revela ainda.