A compostagem comunitária e doméstica vai passar a ser uma realidade em Campo Maior, através de um projeto-piloto que o município pretende implementar, nos próximos anos.
Recordando que o trabalho a desenvolver nesta área é “uma obrigação” das autarquias, o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, explica que se procura com isto contribuir para a redução dos resíduos indiferenciados enviados para aterro. “Chega-se a uma altura em que nós temos de tentar fazer aqui um processo separativo, e cuja responsabilidade da recolha é dos municípios, que será depois entregue à entidade gestora em alta, neste caso, a Valnor”, adianta o autarca.
Este projeto contempla “duas ou três variantes diferentes”, sendo que, numa delas, os munícipes vão poder solicitar um balde específico para, posteriormente, depositarem os biorresíduos, isto é, resíduos biodegradáveis de, por exemplo, jardins e resíduos alimentares, num contentor de cor castanha.
Por outro lado, haverá compostores domésticos, para quem, nas suas casas, tiver condições de os acolher. Estes destinam-se, sobretudo, a quem tem, por exemplo, jardim. “Vamos disponibilizar os compostores para que essa fração possa alimentar esses compostores e servir depois de produto para os jardins”, explica Rosinha.
Em Degolados, será disponibilizado um compostor comunitário, enquanto para a restante população do concelho, o município vai ter disponíveis compostores domésticos.
“Quanto mais nós todos conseguirmos desviar o lixo indiferenciado, menos a Câmara Municipal terá que colocar da sua parte, do ponto de vista económico, e os munícipes vão ver reduzidos os valores da sua fatura mensal”, diz ainda.
Este projeto-piloto surge no âmbito da aprovação de uma candidatura ao programa “RecolhaBio”, financiado pelo Fundo Ambiental, através da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo. Com esta candidatura foi possível adquirir 150 compostores domésticos, duas ilhas de compostagem comunitária e mais de 850 baldes de sete litros para a recolha doméstica dos biorresíduos.