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“Clausura” de Pedro Calapez exposta em Estremoz no Museu do Azulejo

A obra “Clausura” de Pedro Calapez, da coleção António Cachola, foi apresentada, na manhã deste sábado, no Museu Berardo Estremoz, onde ficará exposta até novembro.

O presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sadio, disse que “é um motivo de grande orgulho receber no Museu do Azulejo esta peça de Pedro Calapez e da coleção António Cachola. O Museu de Arte Contemporânea de Elvas é uma referência não só no Alentejo, mas também no País, na arte e na cultura. Serão dois meses em que se pode desfrutar de uma peça de arte maravilhosa, surpreendente, lindíssima e também realçar que em todas as áreas, mas também na cultura que se possa trabalhar em rede com os municípios vizinhos, para fixar população e trazer turistas”.

O colecionador e comendador António Cachola disse “estar muito satisfeito, pois o Museu Berardo é um projeto interessantíssimo, com a sua coleção de azulejos aqui no Alentejo, não podíamos ficar de outra forma que não fosse satisfeitos. Houve aqui uma grande oportunidade e que por mera casualidade, no dia em que apresentamos aqui uma peça excelente de Pedro Calapez, o Papa Francisco que está em Portugal na Jornada Mundial da Juventude, hoje está em Fátima, onde uma obra excelente de Pedro Calapez está a ser vista por milhares de pessoas, as portas do novo Santuário são uma obra de Pedro Calapez”.

Clausura (2021) “é um dispositivo especial, uma máquina radical, de visão. A peça é uma estrutura quadrangular de estantaria de armazém comercial sem qualquer vocação estetizante. Virada para um espaço interior, sustém um conjunto de quatro telas e dois espelhos. Nenhuma das diferentes imagens assim enclausuradas se consegue ver frontalmente, todas resistem ao olhar que lhes deitamos e todas são campos de enorme instabilidade”.

Como nos refere o artista Pedro Calapez diz que “o objetivo é que o espetador veja a obra por parcelas, vai visitando por cada canto, de cada vez e é essa memória que vai tendo. É preciso que se tenha tempo, coisa que os museus devem proporcionar, eu espero que as pessoas vão passando e formando uma memória por parcelas que é um processo que tem muito a vez com a nossa memória, juntando olhares que a nossa memória retém”.

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