Está dado o pontapé de saída na edição deste ano do Carnaval Internacional de Elvas, que teve início, na manhã desta quinta-feira, 16 de fevereiro, com o já tradicional desfile de Comadres e Compadres, numa iniciativa que resulta de uma parceira da associação juvenil Arkus com a Escola Secundária D. Sancho II e a Câmara Municipal de Elvas.
Num desfile que teve início junto à Escola Secundária, ao longo de todo o percurso, até à Praça da República, não faltaram os habituais confrontos verbais e as desgarradas entre comadres e compadres. “Hoje é o dia dos compadres, está um cheiro desagradável no ar, deve ser dos compadres, que não se sabem lavar”, diz aos microfones da Rádio ELVAS Leonor Garcia, uma dos cerca de 250 jovens que não quiseram de deixar de se associar a esta festa.
Para o grande responsável por esta iniciativa, o professor Carlos Beirão, presidente da Arkus, com este desfile, que passados dois anos de pandemia se volta a realizar, procura-se divulgar o património oral, sendo que, para isso, foram recolhidas quadras em lares de idosos, tendo sido outras feitas pelos próprios alunos. Num regresso “em força” a esta tradição, Carlos Beirão garante ainda que, desta feita, para além de mais animação, há também mais jovens a participar.
Ainda assim, desta vez, e porque a Universidade Sénior não se encontra em funcionamento, neste momento, em Elvas, foram poucos os mais velhos que se associaram ao desfile.
Quanto aos mais novos, uns, que participam pela primeira vez, dizem ser importante manter esta tradição, assegurando ser um desfile muito “diferente” e “divertido”, enquanto outros asseguram mesmo ser “emocionante” fazer parte desta festa.
Para a vice-presidente da Câmara de Elvas, Anabela Cartas, nada como ver todos estes jovens reunidos a reviver esta tradição tão portuguesa. Já a vereadora Vitória Branco diz ser importante que esta tradição se mantenha, lembrando que, em Elvas, foi a Secundária, juntamente com a Arkus e a Universidade Sénior fizeram com que a mesma “revigorasse”.