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Falta de espaço e projeto piloto na base da passagem do 9º ano de Vila Boim para Elvas

Após a polémica gerada em torno da passagem das turmas de 9º ano, da Escola Básica Integrada de Vila Boim para a Secundária D. Sancho II, em Elvas, o Agrupamento de Escolas n.º3, através da sua diretora, Fátima Pinto, e a Câmara Municipal, através do presidente, Rondão Almeida, depois de terem estado reunidos, ontem, emitiram um comunicado (ver aqui) a dar conhecimento da efetivação dessa mudança dos alunos, já no próximo ano letivo, esclarecendo os motivos que estão na sua origem.

Fátima Pinto, depois da Rádio ELVAS já lhe ter antes solicitado alguns esclarecimentos sobre esta situação, revela agora que, na base desta mudança, está, por um lado, “a falta de espaço” para a quantidade de alunos que frequentam, atualmente, a Escola de Vila Boim e, por outro, o desenvolvimento de um projeto piloto. “Como todos os projetos, sendo ele piloto, vai ter a sua avaliação e vamos depois, no final do ano, verificar se a estratégia pedagógica, aprovada pelo Conselho Pedagógico deste agrupamento, se teve a sua parte positiva. Será avaliado e monitorizado, ao longo do ano letivo”, explica.

O número de alunos “está a aumentar” na Escola de Vila Boim, sendo que o agrupamento tem procurado especializar-se no Ensino Especial. “Temos, cada vez mais, alunos com estas problemáticas e precisamos de espaço para dar resposta a várias estratégias pedagógicas, não só nesta área da inclusão, mas também nas ciências experimentais, que estão a precisar de renovação”, adianta Fátima Pinto.

Por outro lado, o agrupamento tem já no horizonte as candidaturas, que se avizinham, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR): “os ditos 1.300 laboratórios de educação especial, que são implementados nas escolas e ao qual nós queremos concorrer”. “Há uma falta de espaço para conseguirmos dar resposta a todas estas medidas pedagógicas a que o agrupamento se propõe”, diz ainda. Com estas diferentes apostas, foi pensada esta mobilidade dos alunos de 9º ano, de Vila Boim para a secundária elvense, até por estes serem “de idade muito mais próxima com o ensino secundário”.

A melhoria da prática letiva, com esta decisão pedagógica, tem em crer Fátima Pinto, será melhor, quer para os alunos até ao 8º ano que ficam em Vila Boim, como para os de 9º, que passam a frequentar a secundária. Estes jovens que vêm para Elvas “podem desenvolver algumas das matérias em atraso, devido ao Covid”, melhorando, assim, as suas aprendizagens.

O Município de Elvas e o Agrupamento de Escolas prometem agora unir esforços para dotar a Escola de Vila Boim com os equipamentos necessários a um ensino inovador e de qualidade, com a instalação de três laboratórios, de educação digital, ciências experimentais e robótica, bem como uma sala de musicoterapia.

Por outro lado, a Câmara de Elvas e o Agrupamento Escolas N.º 3 de Elvas tencionam apresentar uma candidatura ao PRR para a implementar um Centro Tecnológico Especializado, na Secundária D. Sancho II.

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