O incêndio que deflagrou ontem, sábado, 2 de julho, na central solar térmica de Casablanca, devido a uma fuga de óleo, foi extinto esta manhã de domingo e, segundo os serviços de emergência, os 2700 moradores de Cañamero e Valdecaballeros, que desde ontem à tarde permaneceram confinados nas suas casas, devido à nuvem de fumo, possivelmente tóxica, podem agora sair para a rua.
O fogo começou por volta das 17.30 horas e três equipas de Herrera e Don Benito deslocaram-se para o local. Os bombeiros, que trabalharam o dia, aguardaram que o óleo acabasse de arder, bem como que a queda da pressão, do ramal de onde saiu o líquido baixasse de pressão, para poderem fechar uma válvula de 300 milímetros.
É um produto que irrita os olhos, as vias respiratórias e a pele, e à sua temperatura, superior a 390ºC, provoca graves queimaduras. Em relação ao meio ambiente, é um produto muito tóxico para os organismos aquáticos. É encontrado nas linhas de espelhos solares, e em depósitos internos da indústria.
Segundo a empresa proprietária, Grupo Cobra, a central tem uma potência instalada de 50 MW com uma produção aproximada de 175 GWh por ano.
Gera eletricidade a partir da radiação solar, aquecendo um fluido térmico (óleo térmico ou HTF) até 390ºC, que, por sua vez, aquece a água que, ao gerar vapor, movimenta uma turbina conectada a um gerador elétrico.