Os futebolistas do primeiro plantel do CD Badajoz, com o apoio da Associação de Futebolistas espanhóis, através de comunicado, quiseram trazer a público a situação que se vive no clube, “com total transparência e com a finalidade de que se encontre uma solução rápida e satisfatória para a entidade e para todas as pessoas que formam parte do clube, nestes momentos tão importantes para o seu futuro”.
No comunicado os jogadores denunciam que “o clube deve aos jogadores titulares valores da época passada e, entre três a cinco mensalidades da atual, pelo que os pagamentos aos jogadores estão a ser efetuados com base nos interesses desportivos do clube, remunerando os futebolistas que se consideram geradores de maior desempenho, não o fazendo com outros colegas que, aparentemente, contam menos para a entidade”.
“Esta situação representa uma grave discriminação no trabalho que não pode ser ignorada. Afeta sua dignidade e reputação, razão pela qual exigimos tratamento igual para todos os membros do clube, para que ninguém veja os seus direitos mais básicos ser violados”.
“Os factos são ainda mais graves quando ocorrem após a transferência deste plantel para a direção do clube, onde existem futebolistas que têm necessidades financeiras urgentes, motivadas por falta de pagamentos, que lhes estão a causar angústia e desconforto”.
No mesmo comunicado é ainda denunciado que para além da falta de pagamento dos salários, há também a “instabilidade que vivemos no clube, com o problema da sua venda e o recente pedido de convocatória de credores. Cada vez que alcançamos alguma estabilidade interna e os resultados desportivos são positivos, deparamo-nos com circunstâncias que atrapalham tudo e nos afastam do nosso objetivo”.
“Vemos como são contratados serviços externos para desempenhar funções de trabalhadores do clube que estão há muito tempo sem remuneração e não entendemos essa forma de atuação. Queremos agradecer o apoio dos adeptos do CD Badajoz, que, conscientes da situação, nos apoiam incondicionalmente neste momento”.
“Demonstramos o empenho de todos nós, em continuar a oferecer o máximo das nossas possibilidades, todo o nosso profissionalismo e a maior dedicação, com o objetivo de levar o projeto adiante. Mas não podemos consentir com um tratamento discriminatório que prejudique a união da equipa, por isso pedimos à direção do clube que resolva essa situação o mais rápido possível. Caso contrário, seremos forçados a tomar as medidas legais apropriadas para defender nossos legítimos direitos”.