As corporações de bombeiros do distrito de Portalegre não têm recursos, nem financeiros nem de pessoal, para fazer uma evacuação normal, não programada, no período noturno.
Manuel Marçal Lopes (na foto), presidente da Federação Distrital de Bombeiros do Distrito de Portalegre, refere que “uma evacuação é algo que acontece, não está prevista, e os corpos de bombeiros podem ou não ter disponibilidade para o fazer nesses horário. Normalmente, no horário noturno, existe só p pessoal de emergências. As corporações têm INEM e reservas. Mas há corporações em que não há reservas. Por exemplo, há uma alta no hospital de Portalegre, em que é necessário transportar o doente para casa. Nem sempre os bombeiros têm esse recursos. Os bombeiros de maior dimensão, podem ter duas ou três equipas a funcionar à noite. Mas os de menor dimensão têm apenas uma”.
Quando se fala de uma emergência, é acionado o Sistema Integrado de Emergência Médica que, no distrito, conta com, pelo menos 15 ambulâncias do INEM. O presidente da federação garante que “ao nível das urgências, o distrito não está mal servido. É claro que nunca estamos satisfeitos e achamos que podemos ter sempre mais. Mas ninguém deixa de ser atendido pela falta de recursos a esse nível. No entanto, quem faz a avaliação inicial tem que esclarecer se se trata de uma emergência ou de um transporte normal de evacuação. À noite, não é muito normal existirem recursos”.
Manuel Marçal Lopes refere ainda que a nível monetário é muito complicado para as associações de bombeiros, uma vez que “o INEM paga apenas 50 por cento dos custos associados às equipas de emergências. Ora, manter uma e, em alguns casos, duas equipas de emergência não é fácil. Nós não temos essa capacidade”.
Declarações de Manuel Marçal Lopes, presidente da federação Distrital de Bombeiros do Distrito de Portalegre, a propósito da capacidade de resposta das corporações para realizar evacuações em período noturno.