O ultramaratonista Miguel Lopes, de Vila do Conde, fez os 738 quilómetros da Estrada Nacional 2 em 145 horas, em modo “non-stop”, num desafio também solidário pela ala pediátrica do IPO do Porto.
A aventura teve início à meia-noite do passado dia 5, junto ao marco do quilómetro zero, em Chaves, e terminou a 10 de junho, Dia de Portugal, no marco 738, em Faro, tendo passado por Montemor-o-Novo.
Apesar deste ser “um sonho antigo”, só depois de, há cerca de seis anos se ter dedicado à corrida e ao trail, decidiu embarcar nesta aventura. Até agora, foi necessária muita preparação. “Nada como por em prática agora esta aventura, visto que já tenho alguma preparação, algumas provas e distâncias longas. Também superar-me e ajudar o IPO foi a chave disto tudo”, revela.
Miguel Lopes adianta que não há treinos específicos para preparação de uma maratona com mais de 700 quilómetros, mas garante que se o corpo não estivesse preparado, nunca seria possível. “A preparação é longa. Andei entre seis a oito meses a preparar-me”, confessa.
Durante este percurso, várias pessoas juntaram-se a Miguel Lopes em alguns troços, para o apoiar. No Alentejo, adianta, foi-lhe oferecida alimentação, café e dormida, algo que fica, para sempre, gravado na sua memória.
O ultramaratonista adianta que não esperava que esta sua ação tivesse o impacto que acabou por gerar, mas que, com a divulgação, foi possível ajudar ainda mais o IPO do Porto.
O desafio, destes seis dias, rendeu cerca de 7.500 euros, para o IPO do Porto, sendo que esta prova de força e resiliência pode garantir a Miguel Lopes a entrada no livro de recordes do Guinness.