Durante o longo período em que esteve encerrado ao público, devido à pandemia, o Monte Selvagem, em Lavre, procurou, apesar das dificuldades, para além de cuidar dos mais de 300 animais que tem aos seus cuidados, inovar e criar novos motivos de atração.
Se inicialmente, o propósito do parque era “resgatar animais necessitados de habitats alternativos, ou seja, animais selvagens confiscados pelas autoridades”, a missão do Monte Selvagem tem-se virado mais, ao longo dos últimos anos, para uma vertente de educação.
“Para manter os animais em condições de bem-estar é necessária muita despesa e, aos longo destes 17 anos, temos virado a nossa missão mais para a parte educativa, a educação pela sustentabilidade e pela conservação das espécies, porque como não conseguimos alojar tantos animais como gostaríamos, começámos por enveredar por conectar as pessoas com a natureza e mostrar-lhes como é mágica”, revela a diretora do Monte Selvagem, Ana Paula Santos. Nesse sentido, nos últimos tempos, foi criada nova sinalética educativa, feita “a partir de resíduos florestais da herdade”.
Foram igualmente criados novos jogos didáticos e um espaço museológico. “Ao longo destes anos, temos colectado o espólio de materiais, que vão sendo recolhidos, durante o ciclo de vida dos animais”, como é caso de ovos, ossos, hastes e crânios, adianta Ana Paula Santos.
A juntar a este novo museu, que a responsável pelo parque garante estar “simples, mas engraçado”, o Monte Selvagem tem novos habitantes: os macacos-esquilo, que vieram de um Santuário na Holanda, e mais dois saguins.
O Monte Selvagem aloja dezenas de espécies selvagens, como zebras, crocodilos, bisontes e veados, para além animais da quinta. As crianças e famílias, que visitam o parque, têm à sua disposição, entre outros, mega escorregas, trampolins, passeios de trator, casas nas árvores e zona para merendas.