André Churra (na foto), cabeça de lista do CDS-PP às eleições autárquicas de 2021 em Elvas, veio já manifestar a sua opinião sobre o encerramento das escolas apelando ao “presidente Mocinha” para que “peça o encerramento das escolas”.
Em nota enviada à Rádio ELVAS, André Churra considera que “é certo que os dados dos meses anteriores nos mostraram que as escolas podiam permanecer abertas com ensino presencial, não só porque o risco de contágio se mostrou pouco elevado, mas principalmente porque era um dano menor do que aquele causado pelo seu encerramento. No entanto, o panorama actual apresenta um número de casos Covid-19 muito superior ao esperado e neste arranque de aulas foram muitos os pais que optaram por não manterem os seus filhos em aulas presenciais, pois tornou-se cada vez maior o número de casos suspeitos ou comprovados nas escolas e maior também o número de alunos e pessoal docente em isolamento profiláctico”.
De acordo com André Churra, “não encontramos nenhuma escola em Elvas que esteja a funcionar normalmente. Ou porque o professor está isolado, ou porque houve um caso na turma e todos foram para casa, ou porque um auxiliar pertence a um grupo de risco e não pode ir trabalhar, os casos são inúmeros e os relatos que oiço e leio revelam que o cenário é aterrador.
Assim, torna-se inevitável o fecho das escolas, porque entre uma escola a funcionar deficientemente – na qual os alunos já não estão a aprender em condições normais de ensino – que não evita a propagação de casos Covid-19 e uma escola temporariamente encerrada na sua totalidade – que estanca naturalmente a contaminação de todo o pessoal escolar e seus familiares – só a segunda opção nos trará maiores garantias de que num futuro próximo não sejamos obrigados a um novo encerramento escolar e confinamento geral”.
O candidato do CDS-PP apela “ao nosso presidente Nuno Mocinha, para que insista junto do seu Governo: não esperem pela reunião do Infarmed para decidir pelo encerramento das escolas. O ensino à distância não é seguramente o melhor método de aprendizagem e todos constatámos as suas inúmeras falhas nos últimos meses, mas o sentimento de insegurança que se vive nas escolas actualmente, com pais, professores e alunos naturalmente cheios de medo, também não é uma alternativa de sucesso. Evitemos um mal maior!”.