Faleceu José Santos

António José Conceição Santos, de 85 anos, faleceu na madrugada desta segunda feira, dia 29, no Hospital de Santa Luzia, em Elvas, onde se encontrava há uma semana.
Zé Santos, como era conhecido na cidade, foi dirigente e associado muito dedicado a “O Elvas” Clube Alentejano de Desportos, em especial nas décadas de 70 e 80 do século passado, em acções relacionadas com a sede da Rua dos Chilões.


António José Santos era pai e sogro, respetivamente, de Isabel Santos e Manuel Carvalho, colaboradores da Rádio ELVAS.


À família, neste momento de luto, apresentamos, sinceras condolências.

UÉ participa em projeto artístico no âmbito da candidatura de Cáceres a Capital Europeia da Cultura 2031

A Universidade de Évora (UÉ) marcou presença em Cáceres, no passado dia 13 de dezembro, no âmbito das iniciativas culturais associadas à candidatura daquela cidade espanhola a Capital Europeia da Cultura 2031, através da participação de estudantes do Departamento de Música da Escola de Artes num projeto artístico de forte simbolismo europeu, centrado na desconstrução e reconstrução da 9.ª Sinfonia de Beethoven.

A participação da Universidade de Évora foi avaliada de forma muito positiva por todos os intervenientes, tendo Ana Telles, Vice-Reitora para a Cultura e Comunidade da Universidade de Évora, que coordenou esta parceria e marcou presença em representação da instituição nesta ação, destacado que “a participação correu muitíssimo bem. Vários estudantes do Departamento de Música da Escola de Artes da Universidade de Évora prepararam, sob a orientação da maestrina e docente convidada Renata Oliveira, o 1º andamento da 9ª Sinfonia de Beethoven, num arranjo para ensemble de sopros. Tocaram por duas vezes, no dia 13/12, na Iglesia de San Juan, em Cáceres, perante públicos numerosos que preencheram por completo o espaço disponível. A direção musical foi do maestro espanhol Jorge García Cuenllas, que se deslocou previamente à Universidade de Évora para ensaiar com os estudantes; a avaliação que este maestro fez da participação dos nossos estudantes foi excelente, coincidindo também com a que me foi transmitida pela chefe da equipa de missão de Cáceres 2031 – Capital europeia da Cultura (cidade candidata), Iris Jugo”.

Do ponto de vista formativo, a Vice-Reitora sublinha que os próprios estudantes “consideraram a iniciativa de grande relevo na sua formação e percurso pré-profissional”. A visibilidade do evento foi ainda reforçada por uma extensa cobertura mediática em Espanha, permitindo “levar o nome da Universidade de Évora a públicos diversificados”, tanto presencialmente como através dos órgãos de comunicação social e plataformas digitais.

No plano artístico e conceptual, a Universidade de Évora contribuiu para um projeto que teve como base uma obra maior da cultura musical europeia. Conforme explica Ana Telles, a instituição participou “na desconstrução e reconstrução da 9.ª Sinfonia de Beethoven, obra icónica da cultura musical erudita europeia e símbolo da União Europeia”, sendo o saber adquirido pelos estudantes ao longo da sua formação universitária determinante para uma integração “plena e digna” num projeto de elevada exigência artística. Essa formação tem igualmente permitido aos jovens músicos desenvolver projetos culturais site-specific em espaços do património material e natural da região de Évora, experiência que se revelou fundamental num projeto concebido para vários espaços patrimoniais da cidade de Cáceres.

Para além da dimensão artística, a presença da Universidade de Évora refletiu também a experiência acumulada no cruzamento entre cultura, património e academia, nomeadamente no contexto de Évora_2027 – Capital Europeia da Cultura, bem como a “solidariedade transfronteiriça de que projetos como estes beneficiam”, reforçando a cooperação cultural entre territórios vizinhos.

A escolha da Nona Sinfonia de Beethoven, associada a valores como humanidade, união e cultura europeia, conferiu um forte enquadramento simbólico à iniciativa. Na leitura da Vice-Reitora, este projeto surge num contexto em que “a Europa se encontra num período de crise a vários níveis: identitária, ideológica, democrática, demográfica e económica”, convidando à reflexão sobre os valores fundamentais da construção europeia. A desconstrução e reconstrução da obra de Beethoven permite, assim, uma leitura que abrange os últimos dois séculos e se projeta no futuro, em linha com o desígnio central do conceito de Capital Europeia da Cultura.

Neste sentido, a presença da Universidade de Évora, enquanto membro ativo da Associação Évora_2027, assumiu um significado que ultrapassa a dimensão local. Como refere Ana Telles, simbolizou “não apenas a união de dois países vizinhos, mas também a própria solidariedade e irmandade europeias”, expressas através “da criatividade, da energia e do saber dos jovens, em cujas mãos está desde já o futuro do continente europeu”.

Esta participação insere-se numa estratégia mais ampla da Universidade de Évora enquanto agente ativo na criação, mediação e internacionalização cultural. De acordo com a Vice-Reitora, esse caminho tem vindo a ser consolidado através da integração de estudantes e docentes em redes internacionais de referência nas áreas artísticas e culturais, como são exemplos a European Association for Architectural Education – EAAE, a European League of Institutes of the Arts – ELIA ou até a Enhancing Quality in the Arts – EQ Arts, bem como pela organização de conferências e eventos internacionais na Universidade de Évora e pelo reforço de parcerias em projetos financiados nas áreas criativas e artísticas. Uma dinâmica que confirma o posicionamento da instituição no espaço europeu do ensino superior, da cultura e da criação artística.

Tarde animada entre elvenses e campomaiorenses na Praça da República

A ContraTempo Street Band e o Ensemble Milhões foram os projetos que se apresentaram ontem, domingo, 28 de dezembro, na Feira de Natal.

Neste penúltimo domingo do certame Elvas Cidade Natal, o programa de animação abriu com a ContraTempo, da Banda 14 de Janeiro, que depois da apresentação na Praça da República percorreu as ruas do Centro Histórico com o seu repertório de temas natalícios adaptados ao ritmo de street band.

Foi depois a vez do Ensemble Milhões atuar junto à Árvore de Natal da Praça da República. A apresentação do quarteto formado por jovens elvenses e campomaiorenses esteve integrada na iniciativa “As Mais Belas Canções de Natal”, promovida pela associação Arkus.

Jardim de Natal encerra o ano com talento, desporto e o Natal de Antigamente

No último fim de semana do ano, o “Jardim de Natal” continuou a promover atividades em Campo Maior.

A Praça da República foi o centro do Concurso de Talentos, patrocinado por duas empresas campomaiorenses, ORIGEM e CUT, com o apoio do Município de Campo Maior e da Associação de Empresários e Jovens Empreendedores do concelho. O evento levou a palco 16 participantes a mostrar os seus talentos perante um público vibrante e cheio de energia e uma mesa composta por três jurados, Mariana Guerra, Filipe Cabral e Alexandre Gomes.

Os três primeiros classificados, Ainara Paredes, Rodrigo Vieira e Raquel Clemente, respetivamente, ganharam prémios monetários de 150 e 50 euros, para além um voucher a usar na CUT. A Joana Capelas e o Alexandre Gomes ficaram para animar quem por ali ficou com um repertório conhecido de todos.

Para além do concurso, todos os que passavam pela Praça da República podiam experimentar a parede de Escalada do Grupo de Ecologia e Desportos de Aventura e, de maneira divertida, transformavam estes dias num verdadeiro desafio.

A Praça Multimodal foi transformada no Natal de Antigamente, pelos atletas da Ginástica Galguinni Gym, do Sporting Clube Campomaiorense, que com os trajes adequados à época tornaram o espaço verdadeiramente aconchegante.

Requalificação total do jardim de São Vicente: o grande objetivo de João Charruadas para este seu último mandato

João Charruadas, presidente da Junta de Freguesia de São Vicente e Ventosa, tem “um grande objetivo” traçado para este seu último mandato: a recuperação total do jardim público da aldeia.

“É uma coisa que todas as pessoas pedem e que eu não quero deixar para o último ano do mandato, e não é por eu não me poder recandidatar, é porque faz falta. As crianças, que são a faixa etária que mais utiliza o jardim, precisam de novos equipamentos”, começa por dizer o autarca. Os atuais equipamentos, em madeira, “já estão obsoletos”. Com uma “vida útil de 12 anos”, muitos deles já “têm mais de 20”. “Ao sol, à chuva, à rega, vão-se degradando”, revela.

A verdade é que só com o apoio da Câmara Municipal será possível realizar a obra necessária, por se tratar de um investimento superior a 300 mil euros, tendo a junta, em 2026, um orçamento de 208 mil euros. “São equipamentos muito caros. A junta tem reposto alguns, mas qualquer equipamento que a junta lá coloca são para cima sempre dos mil euros. Uma intervenção total é 300 ou 400 mil euros e se for também revisto o sistema de rega, aí teremos que estudar com os engenheiros, para fazer o desenho daquilo”, acrescenta.

Por outro lado, foi já levada a cabo a intervenção de reparação do relógio do edifício Junta de Freguesia, danificado pelas trovoadas. Em causa está um valor de 3.100 euros. “Também já pedimos orçamento para um sino automático para a igreja, que ronda entre os cinco e os seis mil euros. As pessoas já têm dificuldade em subir, o sistema já está obsoleto e com esse sino automatizado, até com uma aplicação móvel, eu mesmo, estando em Elvas ou em Lisboa, consigo pôr o sino a tocar. Estamos à espera dos orçamentos, para ver se vai para a frente ou não”, adianta. Do mandato anterior, “transita” uma prioridade antiga que, até então, não se concretizou: a instalação de um posto de carregamento de viaturas na aldeia.

A Junta de Freguesia prevê ainda construir umas casas de banho, junto à praça de touros, e adquirir nova iluminação para as festas de verão. “Já experimentámos e já temos aí duas peças de iluminação para comprarmos, para as festas de agosto, para termos uma iluminação nova. Em conjunto com a outra (a antiga), conseguimos ter a nossa freguesia iluminada, nessa altura do ano, que é quando nos visitam muitas pessoas, como as que são de cá e vivem fora”, justifica João Charruadas.

Por outro lado, a Junta de Freguesia continua também a ser um apoio importante para as várias associações locais, até porque, diz o autarca, quando se sente que as associações funcionam, a junta “só tem de colaborar, dar apoio e confiança”. “Agora, neste mês de dezembro, apoiámos a Associação Vicentina, com o passeio de motos de Pai Natal. Apoiámos a Associação de Caçadores com uma televisão e umas latas de tinta, que foi o que pediram. Temos também a Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Juventude de São Vicente, que pediu um ar condicionado; a associação das festas, que já também vai pedindo apoio e nós temos ajudado; o Carnaval, que também ajudamos; e depois também apoiamos o lar, a nível financeiro e logístico”, remata.