
A ligação ferroviária entre Évora e Caia, integrada no Corredor Internacional Sul e considerada a maior obra ferroviária dos últimos 100 anos em Portugal, deverá ficar concluída até ao final deste ano. Apesar do fim dos trabalhos, a circulação de comboios não será imediata, uma vez que a infraestrutura terá ainda de passar por um conjunto de testes exigentes de segurança, interoperabilidade e certificação, obrigatórios em todas as novas linhas construídas na União Europeia. Trata-se de um dos investimentos estruturantes do programa Ferrovia 2020.
A obra acumulou vários atrasos ao longo da última década, motivados pela complexidade técnica, impactos da pandemia e da guerra na Ucrânia, questões ambientais e descobertas arqueológicas, nomeadamente no troço entre Évora Norte e Freixo. Estes fatores contribuíram para o aumento significativo dos custos: os quatro contratos iniciais, adjudicados por 339 milhões de euros, deverão ultrapassar os 400 milhões. Esta é a única linha ferroviária construída de raiz no país e permitirá ligar de forma mais rápida os portos nacionais e Lisboa a Espanha, devendo entrar em operação em meados de 2026, após a conclusão de todos os testes e processos de certificação.















