Campo Maior: Centro Cultural acolhe cerimónia da Santa Casa que promete “tocar o coração de todos” na sexta-feira

A Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior vai prestar um tributo ao trabalho que muitos têm feito e fizeram, ao serviço da instituição, na tarde de sexta-feira, 5 de dezembro, em Dia Internacional do Voluntário, numa sessão que terá lugar no Centro Cultural da vila.

O objetivo, explica Rosália Guerra, uma das responsáveis da instituição, é, desde logo, agradecer àquelas pessoas que dedicam o seu tempo “de forma voluntária, mas também de forma muito humana”, às ações da Santa Casa de Campo Maior.

“Temos vários voluntários, alguns deles que dão apoio no domicílio de pessoas que estão mais sozinhas e isoladas; também temos voluntários que dão apoio nas atividades de ocupação e de animação, aqui nas nossas valências; e temos também, muito recentemente, um voluntariado jovem, que é protagonizado por uma jovem que tem gravado conteúdos para as redes sociais, conteúdos que são, no fundo, momentos de sensibilização à comunidade sobre problemáticas relacionadas com o envelhecimento e com os direitos das pessoas idosas”, adianta.

Na ocasião, o atual provedor da Santa Casa de Campo Maior, José Jorge Pereira, irá fazer um reconhecimento público aos seus antecessores no cargo. Durante a sessão, serão também reconhecidos antigos funcionários que, diz Rosália Guerra, deram “a vida por aquilo que foi a história e o dia a dia da Santa Casa, no cuidado àqueles que são mais vulneráveis”.

Esta cerimónia, com a qual a Santa Casa espera “tocar o coração de todos”, tem início marcado, na sexta-feira, para as 17 horas.

Depois do trabalho nas escolas, Arkus volta a reunir crianças de Elvas no Coliseu para “Viver a Tradição”

Com o objetivo de voltar a reunir, no Coliseu de Elvas, as crianças do concelho, desde o pré-escolar ao 2º ciclo, a tocar ronca e a cantar ao Menino no dia 16 de dezembro, a associação juvenil Arkus tem vindo, ao longo das últimas semanas, a preparar mais uma edição do projeto “Viver a Tradição” nas escolas.

Recordando a forma como este, ao longo dos últimos três anos, foi evoluindo, culminando, no ano passado, com o objetivo de registar o evento, com a participação de duas mil pessoas, no livro de recordes do Guinness, Raquel Pirota, uma das responsáveis da associação, explica que o projeto foi idealizado pelo professor Carlos Beirão. “Ele escreve este projeto e pede para nós o desenvolvermos, porque sentia que as crianças não sabiam o que era a ronca, o que era este instrumento tradicional de Elvas. Decide criar o projeto e juntar todas as crianças do 1º Ciclo a tocar a ronca e a cantar ao Menino, num momento muito bonito, marcante no Natal, com o objetivo de fazer com que a tradição não se perca”, começa por dizer.

Após a primeira edição, e apesar das muitas “arestas por limar”, a iniciativa “correu bem”. Na segunda edição, o evento cresce, com a junção das crianças do pré-escolar às de 1º Ciclo e, na terceira, a fasquia ainda se elevou mais, quando Carlos Beirão considera que estava na altura de tentar entrar no Guinness, com o maior número de pessoas a tocar ronca e a cantar ao Menino. “Foi o ano mais complicado, foi um ano muito mais trabalhoso, tanto a nível logístico, como no próprio dia. Juntámos então o quinto e sexto anos e batemos o maior número de crianças possível”, assegura Raquel Pirota.

Desta vez, a Arkus, que ainda não obteve a resposta final do Guinness, a confirmar que o feito do ano passado irá ser inscrito no livro de recordes, quis deixou na mão das escolas a decisão relativa à continuidade do projeto. “Reunimos com o Município e com os representantes de cada agrupamento e instituição e perguntámos qual a vontade de cada um em continuar com o projeto. Todos mostraram vontade de manter esta tradição e nós não íamos dizer que não, não é? E avançámos”, relata Raquel Pirota.

Por mais que a grande maioria das crianças tenha já as suas roncas, há sempre necessidade de arranjar algumas e criar outras para novos alunos e para as crianças que chegaram este ano letivo ao pré-escolar. Com esse objetivo, explica Catarina Dias, outra das responsáveis do projeto, a Arkus voltou a deslocar-se às escolas. “Este ano, o que notamos é que há muito menos roncas para consertar, o que por um lado significa que as crianças também têm mais cuidado, mais atenção, o que facilita muito a nossa logística entre escolas”, assegura.

Neste trabalho realizado nas escolas, os membros da Arkus têm contado, desde a primeira hora, com a ajuda imprescindível de Vitória (Vitórica) e Carlos Mendes (Caíta), a quem Catarina Dias deixa um agradecimento muito especial. “O projeto vai na quarta edição e eles não nos largaram um único momento desde que começámos. O Caíta continua a recolher canas, portanto, há quatro anos que ele nos apoia nesse sentido, e continuam a acompanhar-nos nas escolas sempre com um sorriso na cara e sempre a transmitir às crianças esta tradição linda”, revela.

Hoje, e com estes quatro anos de projeto, Catarina arrisca a dizer que “99% das crianças em Elvas já sabem o que é uma ronca e têm uma ronca”. Crianças e pais, diz ainda, têm agora “a preocupação de guardar a ronca de um ano para o outro”, sempre a pensar na realização do evento, por esta altura do Natal.

Participam, na manhã do próximo dia 16, neste encontro de roncas, no Coliseu, os três Agrupamentos de Escolas de Elvas, o Colégio Luso-Britânico, o Semi-Internato da Nossa Senhora da Encarnação, a Obra de Santa Zita, a Associação de Assistência de Vila Boim e a APPACDM.