
O Museu de Arte Contemporânea de Elvas (MACE) abre portas, na tarde deste sábado, 29 de novembro, para apresentar ao público dois novos projetos expositivos: “No Fundo”, de Pedro Magalhães, e “De um Corpo ao Outro”, com obras de Ana Santos e da Coleção António Cachola.
A exposição de Ana Santos, como revela o comendador António Cachola, irá ocupar a parte superior do museu. “É uma exposição em que os trabalhos que ela vai apresentar vão dialogar com obras da coleção António Cachola, que é a coleção residente do MACE, ou seja, o curador da exposição, que é o Sérgio Fazenda Rodrigues, um curador residente em Lisboa, que tem os seus projetos artísticos de curadoria também em Lisboa, achou por bem que esta mostra e este projeto da Ana Santos acontecessem com obras da sua criação, obras essas que deveriam dialogar com obras da coleção António Cachola”, adianta o colecionador.
Já Pedro Magalhães apresenta uma exposição de trabalhos audiovisuais, com curadoria de Ana Cristina Cachola, no piso inferior do MACE. “É um artista que nasceu e reside no Porto e que tem trabalhos muito interessantes. Ele é um artista que vem da área da música e, portanto, vai apresentar trabalhos de fotografia e de vídeo, um projeto que nós consideramos também muito interessante pelo facto de não ser um artista que é muito visto na zona sul do país”, explica António Cachola.
Após a sessão de inauguração das exposições, marcada para as 16 horas, Pedro Magalhães e Ensemble Decadente apresentam a performance “Hidden Track”, prevista para as 18 horas.
Entretanto, e com estas duas exposições a chegarem ao fim em março, logo no mês seguinte, o MACE apresenta uma exposição de fotografia alusiva ao 25 de Abril, em parceria com o Museu Militar de Elvas. “É uma exposição de fotografia comemorativa daquilo que aconteceu em 25 de abril de 1974, com fotografias do fotógrafo Alfredo Cunha. É um projeto extraordinário, de muita qualidade em termos fotográficos. Ele é um grande fotógrafo e tem trabalhos muito interessantes e reconhecidos por muitas das pessoas que viveram o 25 de Abril como sendo um dos fotógrafos mais importantes que estiveram próximos desse acontecimento”, explica o comendador.
Já a 23 de maio, Alexandre Estrela, artista escolhido para representar Portugal na Bienal de Veneza, pela Direção-Geral das Artes e o Ministério da Cultura, apresenta uma exposição individual que irá ocupar todo o espaço do MACE. Considerando esta mostra um “dos pontos altos do primeiro semestre de 2026”, António Cachola lembra que a Bienal de Veneza é o acontecimento de arte contemporânea mais importante do mundo. “Ficámos muito contentes porque já tínhamos programado e planeado há muito tempo esta exposição do artista Alexandre Estrela. Portanto, vamos ter uma representação de Portugal na Bienal de Veneza, que vai começar em maio, com o artista Alexandre Estrela a representar Portugal e a estar no Pavilhão de Portugal em Veneza. A 23 de maio teremos uma exposição individual dele a ocupar todo o museu, em Elvas, o que é ótimo e que, de alguma maneira, mostra que Elvas está sempre naqueles que são os eventos e os acontecimentos mais importantes da arte contemporânea no nosso país”, remata.














