A indefinição sobre a atribuição de pelouros na Câmara e sobre a presidência da Assembleia Municipal de Elvas deverá ficar esclarecida nos próximos dias, mas tudo indica que Rondão Almeida vai seguir o modelo de outros municípios (Portalegre, Évora e até do atual Governo português, da Aliança Democrática) que optaram por governar em minoria durante todo o mandato.

Apesar de não ter assegurado maioria no elenco, ficando com dois mandatos contra cinco, o autarca conta com uma equipa de grande confiança e experiência. Hermenegildo Rodrigues, fiel vereador de Rondão Almeida, foi o escolhido nas listas, em detrimento de Anabela Cartas, que o apoiava desde 2017. No último mandato, Hermenegildo já teve oportunidade de conhecer de perto o funcionamento do município e a sua estrutura, o que reforça agora a continuidade do trabalho.

Para além do vereador, a equipa técnica que acompanha o presidente mantém nomes experientes nas várias áreas: Cláudio Monteiro nos eventos, Cláudio Carapuça nas obras, Tiago Afonso na Abegoaria, Ricardo Ventura nas Finanças e Carlos Saldanha na Administração Geral e Recursos Humanos. Este grupo, que alia conhecimento técnico e experiência autárquica – os três primeiros foram vereadores a tempo inteiro recentemente – deverá garantir estabilidade à gestão municipal de Rondão.

Nos últimos dias, terão existido contactos com o Partido Socialista, embora sem resultados práticos até ao momento. Tudo aponta, por isso, para que Rondão Almeida governe em minoria, apostando na negociação quando necessário, para assegurar a governação.

Ontem, Rondão Almeida informou que vai convocar os partidos com eleitos nas últimas eleições autárquicas para reuniões individualizadas. Podendo este cenário sofrer alguns desenvolvimentos que neste momento não são conhecidos.

Já quanto à Assembleia Municipal, ganha agora força a possibilidade de José Eduardo Gonçalves, vencedor da votação, poder vir a ser eleito presidente daquele órgão, dado que não existe qualquer entendimento entre o Movimento e o PS, deixando todas as possibilidades de eleição de Bi Gonçalves, reconhecendo a sua vitória na urnas no passado dia 12 de outubro.

A tomada de posse do novo executivo municipal está prevista para o dia 1 de novembro, embora a data ainda não tenha sido oficialmente confirmada.

Se não houver nenhum volte face entretanto, vamos ter para início de mandato em 2025, uma Câmara Municipal gerida em minoria, o que já não acontecia desde 1982, quando pela única vez a APU (hoje CDU) liderada por Aníbal Franco ganhou as eleições, garantindo dois mandatos, tendo o PS e a AD dois eleitos
cada força partidária, ficando a ASDI com o último vereador (Manuel António Torneiro)