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Câmara e presidência da Assembleia Municipal continuam em suspenso em Elvas

Após as eleições autárquicas de domingo, a Câmara Municipal de Elvas encontra-se num cenário político bastante dividido. A vitória de Rondão Almeida e do seu Movimento Cívico trouxe dois mandatos para o líder, que continua a ser o presidente eleito. No entanto, a distribuição de vereadores reflete um equilíbrio entre várias forças políticas.

O Partido Chega e o Partido Socialista conseguiram ambos dois vereadores, enquanto a Aliança Democrática conseguiu eleger uma vereadora. Historicamente, Rondão Almeida tem conseguido formar maiorias para garantir uma gestão estável, mas o contexto atual apresenta desafios diferentes.

Margarida Paiva, da Aliança Democrática, já declarou que não aceitará qualquer cargo ou acordo com o Movimento Cívico. Da mesma forma, o Partido Chega, através do seu cabeça de lista, José Eurico Malhado, também afirmou ontem que não está disponível para qualquer tipo de entendimento.

A incógnita agora é saber qual será a postura do Partido Socialista. Até o momento, não houve qualquer proposta formal por parte de Rondão Almeida, mas a Rádio ELVAS sabe que pode haver várias hipóteses que permitam não só um acordo geral que contemple a governabilidade da câmara, como acordos nas juntas de freguesia e na eleição do próximo presidente da Assembleia Municipal. Falta saber a opinião de Rondão Almeida que ainda se encontra em período de reflexão.

Na noite eleitoral, recordamos que Rondão Almeida disse que Elvas “ainda continua a ter uma maioria de centro-esquerda, com o Movimento e o PS”.

Além disso, a eleição do presidente da Assembleia Municipal continua em aberto. José Eduardo Gonçalves, do Chega, foi o mais votado, mas a sua eleição como presidente depende de um eventual acordo com outras forças políticas, nomeadamente com o Movimento Cívico ou o Partido Socialista. Há diferentes opiniões, sendo que há quem defenda que quem foi mais votado deve ser o presidente e outros que acreditam que a maioria deve escolher o presidente. De qualquer das formas, a eleição de Bi Gonçalves como presidente da Assembleia Municipal não deverá ser fácil, podendo Graça Luna País (Movimento) ou até Lito Vidigal (PS) vir a ser eleitos.

O futuro político de Elvas nos próximas dias dependerá das negociações entre estas forças e será crucial observar como se desenrolarão estas conversas para definir os próximos passos na gestão autárquica e na presidência da Assembleia Municipal.

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