A Assembleia de Apuramento Geral do concelho de Elvas está desde cedo nesta terça-feira, 14 de outubro, a proceder à verificação e, quando necessário, à recontagem de votos das eleições autárquicas realizadas no domingo, relativamente a algumas mesas de voto.

O processo decorre na Câmara de Elvas e tem como objetivo confirmar os resultados apurados nas mesas de voto, corrigir eventuais discrepâncias e apreciar reclamações apresentadas pelos representantes das candidaturas, bem como anomalias registadas em acta pelo presidente de cada mesa.

No domingo, tivemos nota na nossa redação de pelo menos um indivíduo a tentar votar duas vezes e vários eleitores que não puderam votar, porque o seu nome constava da lista, como já tendo exercido o direito de voto, embora tratando-se de poucos casos.

A recontagem decorre sob supervisão judicial, Juiz e Procuradora do Tribunal de Elvas, com a presença da PSP que transporta as urnas até à Câmara Municipal.

O procedimento decorre da lei eleitoral até dia 16 de outubro, data em que serão confirmados os resultados e enviados à Comissão Nacional de Eleições, cumprindo assim uma etapa prevista por lei, antes da proclamação oficial dos resultados.

De recordar que o processo eleitoral teve no final do apuramento dos resultados no domingo, a entrega das urnas de voto e da actas dos presidente de cada mesa, junto com os votos e documentos não utilizados no Tribunal de Elvas, sempre com a presença da PSP, nas assembleias de voto urbanas, e da GNR, nas mesas das localidades rurais.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em colaboração com a PSP e a GNR, estão a desenvolver, até segunda-feira, dia 20, a campanha “Viajar Sem Pressa”, no âmbito do Plano Nacional de Fiscalização 2025. A iniciativa pretende sensibilizar os condutores para os perigos associados à condução em excesso de velocidade, enquanto reforça a fiscalização em vias e acessos com maior tráfego.

Esta campanha, a décima de 11 programadas para este ano, combina ações educativas da ANSR com operações de controlo da PSP e da GNR. As autoridades recordam que a velocidade é um dos principais fatores de risco em acidentes rodoviários, estando presente em mais de 60% das infrações registadas.

O risco de vítimas mortais aumenta proporcionalmente à velocidade, reforçando a importância de conduzir com prudência, especialmente em vias com elevado fluxo. A operação insere-se num conjunto de campanhas de sensibilização que, em 2025, abordam temas como álcool, telemóvel, acessórios de segurança e veículos de duas rodas a motor, seguindo a linha de atuação adotada em 2024.

Mais do que uma simples fiscalização, a campanha pretende criar consciência social sobre a segurança rodoviária, lembrando que a pressa no trânsito tem consequências que podem ser irreversíveis.

Uma colisão na Estrada Regional 371, em Campo Maior, entre um veículo ligeiro e um pesado de mercadorias resultou num ferido grave, na manhã desta terça-feira, 14 de outubro.

A vítima, um homem de 61 anos, foi transportada para o Hospital de Santa Luzia, em Elvas. O alerta para a ocorrência foi dado às 8h23.

De acordo com os Bombeiros de Campo Maior, foram mobilizados para o local um total de 18 operacionais, entre bombeiros, INEM e GNR, apoiados por oito viaturas.

O cabeça de lista do Chega, José Eurico Malhado, eleito vereador, tal como Elsa Dourado, para a Câmara de Elvas nas eleições do último domingo, garante que não será feito nenhum acordo com o Movimento Cívico por Elvas de Rondão Almeida que venceu as eleições.

No último mandato, em outubro de 2021, Rondão que venceu as eleições com minoria, entregou pelouros à vereadora eleita pelo PSD/CDS e aos três eleitos pelo PS, assegurando uma larga maioria com todos os vereadores.

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo organiza mais uma edição do Alentejo Walking Festival, entre 30 de outubro a 9 de novembro.

O Festival de Caminhadas, que irá percorrer todo o território, pretende celebrar a natureza e a cultura do Alentejo, através de caminhadas organizadas na sua rede de percursos pedestres sinalizados. “Esta é uma iniciativa que tem como objetivo principal a promoção da rede de percursos pedestres, o Alentejo, e o aumento da comercialização deste produto, quer no mercado nacional, quer nos mercados internacionais”, começa por explicar José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.

No primeiro dia do evento realiza-se, na aldeia mineira do Lousal, no concelho de Grândola, uma conferência sob o tema “Redes Municipais de Percursos Pedestres”, que inclui a apresentação da “Rede de Percursos Pedestres da Faixa Piritosa”. Trata-se de “um novo produto de turismo pedestre do Alentejo, uma rede que também pode ser percorrida de bicicleta”.

“No fim de semana de 8 e de 9 de novembro, vamos ter todo o Alentejo a caminhar, em que cada município apresenta um percurso pedestre, que tem de estar devidamente sinalizado e em condições de poder ser fluído. Há também alguns percursos urbanos, ainda que fundamentalmente estes percursos de caminhada estejam localizados no meio rural, para dar a conhecer ainda mais este produto que cada vez ganha mais adeptos no país. É um produto que cada vez é mais importante para a economia turística do Alentejo”, remata José Manuel Santos.

A obra “Grande Atlas Mundial”, da autoria do campomaiorense Luís Silveirinha, integra a exposição “Xerazade – A Coleção Interminável do CAM”, do Centro de Arte Moderna Gulbenkian, um dos principais espaços para a arte contemporânea em Portugal.

De acordo com o artista plástico, a obra em causa é um livro de artista, que tinha já sido adquirido, a par de outros trabalhos seus, pela Fundação Gulbenkian, para a coleção da sua Biblioteca de Arte, após uma exposição que realizou em 2016, na Galeria 50, em Lisboa.

Para este seu trabalho, Luís Silveirinha usou o “Grande Atlas Mundial” com vista a retratar os problemas que existem no mundo, através do desenho e da colagem. “Eu peguei nessa enciclopédia, que foi lançada no final dos anos 70, onde desenho, recorto e colo imagens e manipulo as imagens que estão no ‘Grande Atlas Mundial’, transformando este livro, dando-lhe o meu cunho”, começa por explicar.

Nesta obra, o artista retrata os “os desejos, o sofrimento, a ordem, a desordem, o esplendor e o inferno num tempo de inquietude”, com os seus desenhos e colagens a surgirem em cima dos mapas dos vários continentes e dos vários países. Apesar de produzido há já quase dez anos, este livro de artista apresenta temas muito atuais, até porque “este tempo de inquietude continua muito presente”.

Ao contrário de outro tipo de obras, como um quadro que é pendurado numa parede, os livros de artista, que podem reunir várias variantes de arte plástica, podem ser folheados pelo público. “É uma coisa que é construída pelo artista, com essa ideia de algo que pode ser tocado, que pode ser mexido. Ao longo da história das artes, são inúmeros os artistas plásticos que se dedicaram à criação de livros de artista”, explica Luís Silveirinha.

Para o artista de Campo Maior, a inclusão desta sua obra numa exposição da Gulbenkian, para além de ser um reconhecimento do seu trabalho, é motivo de “muita alegria”. “É um momento alto para mim”, assegura, considerando que são “estes passos que vão valorizando o trabalho que se vai fazendo”.   

A mostra conta com curadoria de Leonor Nazaré e encontra-se patente ao público, no Centro de Arte Moderna Gulbenkian, até setembro de 2027.

Parte do “Grande Atlas Mundial” de Luís Silveirinha pode ser conhecido no site da Biblioteca de Arte da Gulbenkian (aqui).

O auditório da Escola Básica 2,3 nº 1 de Elvas, o chamado Ciclo de Santa Luzia, acolhe a exposição “Renascer dos Cacos”, da CERCI Estremoz. Inaugurada na semana passada, a mostra de pintura, com desenhos em pedaços de mosaicos, realizada por utentes daquela instituição, pretende valorizar, por um lado, a criatividade, e, por outro, a inclusão.

Esta exposição resulta de um trabalho levado a cabo após o regresso dos utentes à instituição, depois do confinamento obrigatório por altura da pandemia, em 2020, começa por recordar a responsável pela iniciativa, a psicomotricista da CERCI Estremoz, Luísa Carraça.

Nessa altura, e no decorrer de trabalhos de limpeza da quinta onde se localiza a sede da CERCI Estremoz, foi encontrado um “amontoado de cacos, de mosaicos, de boa qualidade”. “Começámos a limpá-los e a colori-los para fazer uns canteiros. Contudo, o nosso utente Jorge Humberto pegou num fragmento e desenhou um lindo boneco, que eu achei muito interessante. E foi a partir daí que lancei o desafio para todos eles tratarem do seu caquinho e fazerem um desenho. E surgiram 200 e muitos caquinhos muito interessantes”, adianta a psicomotricista.

Em cada peça produzida, garante Luísa Carraça, vê-se a “superação” dos utentes, com diferentes tipos de deficiência, “porque eles são alvo de muito preconceito e de uma baixa autoestima”.

Mas até chegar ao Ciclo de Santa Luzia, esta exposição passou já por outros dois locais: no verão de 2021 esteve no Museu Municipal de Estremoz e durante alguns meses deste ano de 2025, os trabalhos estiveram na Torre de Menagem do Redondo, onde a professora Cláudia Santos, responsável pelo plano cultural do Agrupamento de Escolas de Santa Luzia, conheceu a arte dos utentes.

“Espero que muitas pessoas de Elvas venham visitar a exposição, porque eu emocionei-me muito quando a vi, a primeira vez, no Redondo. Tive mesmo de trazer estes trabalhos e esta mensagem de inclusão, de não olharmos para os outros discriminando-os, porque não sabemos quem são”, diz a professora Cláudia Santos.