A Coligação Democrática Unitária (CDU) dedicou o dia de ontem, 5 de outubro, ao contacto com a população da freguesia de Caia e São Pedro, realizando também uma ação de campanha porta a porta em Santa Eulália.

Neste dia de campanha, integrado no Roteiro “Aqui Não Há”, a candidatura da CDU centrou-se no tema da mobilidade, recordando que “foi graças à ação e intervenção da CDU que se concretizou a reativação do transporte ferroviário de passageiros em Elvas”. O regresso do comboio de passageiros, defende a campanha em nota de imprensa, “é fundamental não só como ligação do concelho ao restante país e como ligação internacional a Espanha, mas também por permitir a mobilidade entre a freguesia de Santa Eulália e a sede de concelho, assegurando um serviço público essencial à coesão territorial e ao desenvolvimento local”.

A CDU “reafirma o seu compromisso com o direito à mobilidade e à melhoria das acessibilidades, assumindo como prioridade a construção da variante à EN246, medida indispensável para desviar o trânsito pesado da freguesia de Santa Eulália e garantir maior segurança e qualidade de vida à população”.

Amanhã, a candidatura dedicará o seu dia ao comércio local e ao movimento associativo no centro histórico de Elvas, estando também prevista uma ação de campanha ao final do dia em Vila Boim.

A Aliança Democrática (AD), em comunicado enviado à redação da Rádio ELVAS, faz um balanço da primeira semana de campanha eleitoral.

“A primeira semana da nossa campanha foi espetacular! Fomos muito bem recebidos em todas as freguesias, onde tivemos a oportunidade de falar com centenas de pessoas que se mostraram receptivas e interessadas nas nossas ideias”, lê-se no referido comunicado.

A AD destaca “o entusiasmo da população da Idade de Ouro”, que recebeu com “grande agrado” as suas propostas para a Universidade Sénior, “nomeadamente a criação da sede e o garante de transporte para todos os que queiram participar nas atividades”.

“Durante esta semana, falámos também sobre saúde, um tema que preocupa profundamente a nossa população. Identificámos um problema sério: muitas pessoas da Idade de Ouro querem deslocar-se a Elvas para consultas médicas, mas não têm transporte disponível. Esta situação não pode continuar. Tal como previsto no nosso programa, iremos apoiar ao máximo as nossas pessoas para que tenham acesso digno aos cuidados de saúde de que necessitam”, adianta a campanha.

Esta última semana de campanha, garante a AD, “será ainda mais intensa”. “Hoje, dia 6 de outubro, iniciamos o contacto com a população às 14h30 na Boa-Fé e terminamos o dia em Santa Eulália, com um lanche-convívio (bifanas) aberto a toda a população que se queira juntar a nós. Contamos convosco para acompanhar esta reta final e partilhar este espírito positivo e participativo com toda a comunidade”.

Dando continuidade à sua campanha, o Movimento Cívico por Elvas esteve ontem, dia 5 de outubro, em Santa Eulália, onde, segundo comunicado enviado à redação da Rádio ELVAS, “mais uma vez foi brindado com um banho de multidão que encheu completamente o Largo do Repuxo”.

“As pessoas gostaram do que ouviram, pois sabem que as propostas são para cumprir e tanto o candidato à freguesia (José Chicharo), como Rondão Almeida, foram constantemente interrompidos, nos seus discursos, para serem ovacionados”.

Esta ação de campanha do MCPE terminou “em ambiente em festa”.

“O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”: assim se chama a obra com que o campomaiorense João Fernandes venceu, sob o pseudónimo Fernando de Bulhões, a quarta edição do Prémio Literário Hugo Santos, promovido pelo Município de Campo Maior.

Em entrevista à Rádio ELVAS, o autor começa por revelar de onde vem este seu gosto pela escrita. “O gosto foi-se construindo. Eu na secundária nem sequer era de Letras, era de Ciências, e tinha uma professora de Português que dizia que era o melhor que escrevia, dos de ciências. E para mim aquilo era um bocadinho um desafio, porque era como se eu fosse o primeiro dos últimos, porque teoricamente os de Ciências escreviam pior que os de Letras”, começa por dizer.

A partir daí foi tentando sempre melhorar a sua escrita e assim que ingressou na faculdade começou a colaborar com o jornal da associação de estudantes. Já formado, e de regresso à vila, passou a escrever algumas peças para o jornal da terra. Entretanto, as crónicas de alguns jornalistas fizeram-no também perceber que tinha um gosto especial pela escrita criativa, o que o levou a inscrever-se em alguns cursos da área.

Afastado há já algum tempo da escrita, de uma forma mais séria, acabou por reunir alguns dos textos que foi produzindo, ao longo dos últimos tempos, e por candidatar a sua obra ao Prémio Literário Hugo Santos, iniciativa que considera uma “boa” aposta, “pela atual vereadora, porque ocupou um espaço que não havia em Campo Maior”. A verdade é que nunca antes se candidatou a este concurso, que varia entre poesia e conto de ano para ano. “Mas agora inscrevi-me, atrevi-me e fiz esta obra de ficção”, comenta.  

Quanto à história de “O Relógio de Areia Avesso ao Tempo”, o autor campomaiorense revela que tem como protagonista Elvira Remédios, “uma senhora que arranja relógios”: mais que isso, “ela é guardiã do tempo ou alguém que controla o tempo de uma certa forma”. “Mas depois, como na vida há coisas que nós não controlamos, ela acaba por encontrar um relógio que dá a volta completamente aos acontecimentos, não só dela, mas também da vila onde vive. Depois há todo um enredo que termina com ela a chegar a alguma conclusão… àquilo que eu não posso revelar, que é o fim da obra”, remata.

Para além de um prémio monetário de 1.500 euros, João Fernandes verá o seu trabalho publicado em livro, numa edição da Câmara Municipal de Campo Maior.