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Turismo em Campo Maior: as visões dos candidatos à Câmara Municipal nas autárquicas

Luís Rosinha: “há quatro anos não existia turismo em Campo Maior

De acordo com o recandidato à presidência da Câmara Municipal de Campo Maior, pelo PS, Luís Rosinha, foram cerca de 15 mil as pessoas que, até junho, tinham visitado os museus da vila.

Perspetivando que esse número possa duplicar até final do ano, Luís Rosinha garante que o turismo, em Campo Maior “não existia há quatro anos”, isto é, até ao início do mandato que se aproxima agora do fim. “Nestes últimos quatro anos é que nós conseguimos implementar aqui, verdadeiramente, um plano estratégico turístico”, assegura.

Revelando que quando, em 2021, com a sua equipa, assumiu a presidência da autarquia, a Câmara Municipal nem sequer tinha uma base de dados, hoje, garante Rosinha, esses dados já são registados. Considerando que este setor, no concelho, tem vindo a conhecer um “crescimento”, o atual presidente do município assegura ainda que os dados revelam bem “aquilo que eram zero pessoas que visitavam o concelho e aquilo que, até final do ano, podem vir a ser 30 mil”.  

“Houve muita conversa sobre eu falar muito sobre a tónica turística, o que é certo é que, hoje em dia, já é assumido que temos muita capacidade. Hoje já parece que é normal falar-se em turismo em Campo Maior, mas esse também foi um trabalho que foi sendo feito ao longo destes quatro anos”, diz ainda.

João Muacho: conduzir visitantes para os restaurante era “meio caminho andado” para fazer crescer turismo

Alegando que há que arranjar estratégias para os levar os turistas a permanecerem na vila, quanto mais não seja para as refeições, o candidato do Movimento Independente Sim por Campo Maior, João Muacho, comenta que Luís Rosinha dizer que, atualmente, a Câmara Municipal já tem dados e que 15 mil pessoas visitaram a vila, até junho, “não é suficiente”.

Para o antigo presidente da Câmara Municipal, “há que criar condições para que as pessoas fiquem em Campo Maior, mas que também o turismo possa funcionar, não apenas entre as 14 e as 17 horas, em que o calor do Alentejo é demasiado”.

Nesse sentido, o SIM tem uma proposta, que “passaria até pela cobrança de algumas entradas nos espaços museológicos de Campo Maior, que posteriormente pudessem ser deduzidas no comércio local, nomeadamente nos restaurantes”.

“Isso seria meio caminho andado para que, quando os turistas vêm a Canto Maior, os conseguíssemos fixar, pelo menos nas refeições, visto que dormidas até não temos muitas”, diz ainda.  

Cristina Mouril: turismo “não é uma pessoa vir a Campo Maior para ver museus”

Dizendo que, nesta área, Campo Maior necessita de alojamentos, a candidata do CHEGA, Cristina Mouril, alega que, para si, turismo vai muito para além da simples visita aos museus.

“Eu não considero turismo uma pessoa vir a Campo Maior, uma manhã ou uma tarde, para ver museus. Eu considero turismo virem a Campo Maior, ficarem em Campo Maior, pernoitarem em Campo Maior e passarem férias em Campo Maior. Isso para mim é que é turismo, não é virem cá ver os museus e irem-se embora, porque isso dá pouco ou nada a Campo Maior”, assegura.

A aposta do CHEGA passa pela criação de infraestruturas, como um parque de caravanismo. “Também se tinha falado numa praia fluvial na Enxara, mas nunca foi criada”, lamenta a candidata.

Por outro lado, Cristina Mouril considera que há necessidade de serem criadas “condições de segurança para os turistas poderem percorrer a vila toda sem terem medo de serem assaltados”. Do seu ponto de vista, as próprias estradas municipais precisam de ser reabilitadas, porque “os turistas querem ver Campo Maior, querem dar uma volta pelos arredores, e têm que vir ou de jeep ou pick-up, porque não se passa lá de outra maneira”.

Pedro Reis: quem visita Campo Maior ver “a diferença” face ao turismo do século passado

Parao candidato da CDU, Pedro Reis, é fundamental a definição de um “plano estratégico e integrado” neste setor, “sabendo que sabendo que todas as áreas estão relacionadas com todas as áreas”.

“É preciso continuar a melhorar o património edificado, dar mais e melhor uso ao Centro Interpretativo da Fortificação Abaluartada (CIFA), à Casa das Flores, ao espaço.arte e a todos os monumentos, museus e sítios importantes que existem em Campo Maior do ponto de vista cultural”, defende Pedro Reis.

Por outro lado, o candidato diz que quem visita Campo Maior quer ver a diferença face àquilo que era a oferta turística do século passado.

O turismo do século em que nós estamos, nós estamos em 2025, já não é o turismo do século passado. Portanto, há muitas mudanças e as pessoas, quando nos visitam, querem ver a diferença”, diz ainda.

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