O secretário de Estado do Ambiente, João Esteves, visitou Vila Viçosa no passado domingo, dia 27 de julho, a fim de ouvir a autarquia sobre as problemáticas ligadas à água, esgotos e resíduos sólidos urbanos.
Relacionadas com estas questões, o Município de Vila Viçosa tem várias candidaturas submetidas ao programa Portugal 2030 a aguardar aprovação.
“Equipamentos e Especialidades do Exército Português na Grande Guerra” é o mote da exposição que vai estar patente ao público no Castelo de Elvas, a partir de sábado, 2 de agosto, numa organização do Museu Militar de Elvas com o apoio da Câmara Municipal de Elvas.
A mostra apresenta um conjunto de equipamentos utilizados, pelas diversas especialidades do Exército, em tempos idos, nomeadamente no decurso da Grande Guerra, e que pode visitar até 30 de setembro.
A exposição tem inauguração marcada para as 15 horas de sábado, com entrada livre.
Devido ao incêndio que lavra no concelho de Nisa, a circulação na Estrada Nacional 18 (EN18), entre Nisa e Vila Velha de Ródão, tem estado impedida, nos dois sentidos, segundo informa a GNR em comunicado.
A GNR recorda que a proteção de pessoas e bens, no âmbito dos incêndios rurais, continua a assumir-se como uma das suas prioridades, sustentada numa atuação preventiva e num esforço de patrulhamento nas áreas florestais.
Tendo isto em consideração, a GNR relembra que as queimas e queimadas são das principais causas de incêndios em Portugal; a realização de queimadas, de queima de amontoados e de fogueiras é interdita sempre que se verifique um nível de perigo de incêndio rural «muito elevado» ou «máximo», estando dependente de autorização ou de comunicação prévia noutros períodos; e para evitar acidentes siga as regras de segurança, esteja sempre acompanhado e leve consigo o telemóvel”.
A GNR apela ainda ao contributo de todos na prevenção e combate aos incêndios, devendo: “abster-se de praticar atividades consideradas de risco, como a realização de fogo junto a áreas florestais; seguir as indicações das autoridades que se encontram no terreno; evitar a colocação de veículos nas vias utilizadas pelas viaturas de socorro, para não prejudicar o acesso aos locais de combate; evitar deslocações para as zonas dos incêndios, se não estiver envolvido no combate. A sua presença poderá dificultar as atividades de combate; comunicar aos militares da GNR qualquer atividades ou ação que possa levar à ocorrência de incêndios; e ligar 112, caso presencie a ocorrência de um incêndio”.
Na sequência do relatório apresentado pela Associação Évora 2027, e da reunião com o painel de peritos realizada a 18 de junho, foi publicado pela Comissão Europeia (CE) o Segundo Relatório de Monitorização sobre Évora_27 – Capital Europeia da Cultura, que afirma que a gestão da iniciativa “está no caminho certo”.
Com conclusões extremamente positivas, e reconhecendo o considerável atraso na execução da iniciativa, o painel assinala “progressos notáveis” em áreas cruciais como a consolidação da equipa central, a definição do programa artístico e o estabelecimento de parcerias a nível nacional e internacional.
De acordo com o painel de especialistas, desde a primeira reunião de monitorização, Évora_27 demonstrou uma trajetória positiva, assente na capacidade de adaptação e superação de obstáculos, nomeadamente “na resposta aos atrasos iniciais provocados por mudanças na liderança e pela reestruturação administrativa. A nomeação dos Diretores Executivo e Artístico, bem como a progressiva operacionalização de mecanismos essenciais como a monitorização, os concursos públicos e a comunicação, representam marcos decisivos.”
O painel destaca ainda a importância do legado da Capital Europeia da Cultura para além do ano de 2027, considerando que este foi um dos fatores determinantes para a escolha de Évora. Nesse sentido, o relatório enfatiza que “o programa de infraestruturas assume particular importância, especialmente no que diz respeito à regeneração do património, dado que Évora é um Património Mundial da UNESCO”.
Finalmente, o relatório reconhece o empenho sólido e a dedicação da estrutura de Évora_27, sublinhando o seu papel determinante na concretização das metas estabelecidas. O painel “reconhece o trabalho consistente e focado da equipa e regista com apreço que Évora_27 está no caminho certo. É evidente que a equipa está preparada e comprometida com o que é necessário realizar, o que é simultaneamente encorajador e promissor para o futuro.”
Para a Associação Évora 2027, esta avaliação reforça a confiança no caminho construído e traduz-se na motivação para continuar o trabalho com grande sentido de responsabilidade, com vista à concretização de uma Capital Europeia da Cultura participativa, verdadeiramente transformadora e com impacto duradouro na cidade, na região e no país.
Uma mulher ficou desalojada na sequência do incêndio que está a lavrar esta terça-feira, 29 de julho, numa zona florestal, no concelho de Nisa, e que já levou à evacuação parcial da aldeia de Vinagra.
Não sabe, para já, se a habitação em causa, localizada nessa aldeia, ardeu parcialmente ou por completo.
A aldeia foi parcialmente evacuada pouco depois das 13 horas, por precaução. O vento forte, sobretudo, tem estado a dificultar os trabalhos no terreno.
No combate às chamas, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, às 15h30, encontravam-se 202 operacionais, apoiados por 63 veículos e dois meios aéreos.
Os Bombeiros de Elvas estão esta terça-feira, 29 de julho, a apoiar o combate às chamas em Nisa e em Arouca.
No caso de Nisa trata-se de um incêndio que deflagrou numa área florestal, que já obrigou à evacuação parcial de uma aldeia. No teatro de operações, por volta das 15 horas, encontravam-se 80 operacionais, 52 veículos apoiados por seis meios aéreos, entre eles seis bombeiros de Elvas, com um veículo de combate a incêndios e a viatura de comando.
Em Arouca, no distrito de Aveiro, são quatro os operacionais de Elvas, com um veículo tanque, que apoiam o combate ao incêndio que deflagrou ontem, segunda-feira, 28 de julho. Este incêndio, que já se alastrou ao concelho de Castelo de Paiva, tem estado a lavrar com grande intensidade e a aproximar-se de aldeias. No terreno têm estado mais de 600 operacionais.
O jovem nadador pontessorense Rodrigo Choças, em representação do Sporting Clube de Portugal (SCP), foi um dos grandes destaques do Campeonato Nacional de Juvenis, Juniores e Seniores, que decorreu entre os dias 24 e 27 de julho, nas Piscinas Olímpicas de Coimbra. Ao serviço dos leões, Rodrigo somou excelentes resultados individuais e contribuiu decisivamente nas estafetas, demonstrando o seu talento e crescimento competitivo.
Rodrigo Choças apresentou-se em excelente forma física e nadou três provas individuais no escalão Júnior, alcançando recordes pessoais em todas elas. Nos 50 metros bruços, garantiu um lugar no pódio com a medalha de bronze. Já nos 100 metros bruços, protagonizou uma prova de elevado nível e conquistou o título de vice-campeão nacional, arrecadando a medalha de prata e estabelecendo um novo melhor registo pessoal.
Nos 50 metros livres, uma das provas mais rápidas e disputadas da competição, embora não seja a sua especialidade, Rodrigo passou à final e alcançou um respeitável 8.º lugar, novamente com recorde pessoal, demonstrando a sua versatilidade e evolução técnica.
Além das provas individuais, Rodrigo Choças teve também um papel importante nas estafetas do escalão Júnior do Sporting C.P., contribuindo para o desempenho sólido das equipas leoninas e reforçando o espírito coletivo do clube.
Este Campeonato Nacional marcou também o fim de um ciclo importante na carreira de Rodrigo Choças, que aos 15 anos saiu de Ponte de Sor e integrou o Centro de Alto Rendimento de Rio Maior durante 2 anos. Durante esse percurso, passou pelo Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Natação e, no último ano, integrou a MVP Academy, onde, sob a orientação do treinador Rodrigo Batista, trabalhou intensamente para atingir os seus melhores tempos de sempre. Esta fase de transição e desenvolvimento foi determinante para o sucesso agora alcançado, refletindo a maturidade competitiva e a dedicação do atleta.
Com estes resultados, Rodrigo Choças afirma-se como uma das jovens promessas da natação nacional, elevando o nome do Sporting e mostrando que o futuro em piscina longa está em boas mãos. A sua prestação em Coimbra é reflexo da sua entrega ao treino, da qualidade do acompanhamento técnico e da aposta contínua na excelência desportiva.
Um grupo de estudantes de Arqueologia realizou, em junho, escavações no Castelo de Montemor-o-Novo, num conjunto de trabalhos que têm como objetivo o reconhecimento da Igreja de Santa Maria da Vila, uma das maiores e mais importantes do castelo e a única das quatro existentes que se perdeu. As últimas pesquisas tinham sido feitas há 13 anos.
A descoberta da igreja vai permitir a identificação da praça central onde se encontravam os principais edifícios e de onde partiam as principais ruas da vila medieval de Montemor.
“Estamos à procura da Igreja de Santa Maria da Vila. Na verdade, temos uma georeferenciação que nos indicava que a igreja poderia estar situada no local que tivemos a escavar no último mês, mas não temos a certeza que, de facto, seja aquele edifício. Esta é uma primeira fase. Nós gostaríamos de conseguir escavar toda a área da vila, entre muros – a vila habitada dentro do castelo foi até ao século XVI ou XVII – e assim termos também mais um atrativo turístico, em paralelo, tendo também mais conhecimento sobre a nossa história e sobre o nosso património cultural”, explica António Pinto Xavier, vereador na Câmara Municipal de Montemor-o-Novo.
“Nós encontrámos, para além de algumas peças, a estrutura de um edifício que, como disse, ainda não temos a certeza que seja a igreja, mas uma vez que está na rua, onde há outra igreja, que vai ter ao Paço do Concelho. Claramente faria sentido que ela ali estivesse, pois era uma das principais ruas da vila medieval”, diz ainda o autarca.
As escavações, que deverão estar de regresso em outubro, foram financiadas pelo Município de Montemor-o-Novo e contaram com a participação e a parceria de estudantes de Arqueologia das Universidades de Lisboa, Porto, Algarve e Évora.
A vila Monforte ficou sem abastecimento de água na passada quarta-feira, 24 de julho, sendo que, desde então, a Câmara Municipal tem feito todos os esforços para solucionar o problema, que, à data de hoje, dia 29, está resolvido.
Em comunicado, o presidente da Câmara de Monforte, Gonçalo Lagem, lamentando “profundamente” a situação, revela quais foram “as manobras realizadas pelos serviços municipais, algumas em colaboração com as Águas de Portugal e com uma empresa externa credenciada para deteção de fugas (WTA)”, perante a inicial suspeita da existência de uma rotura de grandes dimensões na rede de abastecimento.
O comunicado para ler na íntegra:
“Após vários dias sem fornecimento contínuo de água, situação que lamentamos profundamente, vimos por este meio prestar esclarecimentos sobre as diversas manobras realizadas pelos serviços municipais, algumas em colaboração com as Águas de Portugal e com uma empresa externa credenciada para deteção de fugas WTA.
A falta de água ocorreu de forma abrupta, com o nosso reservatório a esvaziar-se completamente em apenas duas horas, uma situação anormal. Esta ocorrência levou-nos a suspeitar da existência de uma rotura de grandes dimensões na rede de abastecimento.
Recorrendo a um processo de exclusão, verificámos em primeiro lugar que não se registou qualquer aumento anómalo do caudal de entrada na ETAR de Monforte, o que indicava que, caso existisse uma rotura, a água não estaria a escoar para a rede de esgotos.
A segunda hipótese considerou a possibilidade de fuga para os esgotos pluviais. Foram então inspecionadas as respetivas caixas de visita, na tentativa de identificar sinais de aumento de caudal nas linhas de água ou ribeiras. No entanto, devido à fraca pressão na rede, não foi possível confirmar essa suspeita, já que toda a água que entrava era imediatamente consumida.
A última possibilidade seria a existência de uma rotura visível à superfície. Procedeu-se, então, a uma vistoria alargada ao território, através da verificação in situ. Cumulativamente e com o apoio de um particular, que disponibilizou um drone, foram também inspecionadas zonas de difícil acesso, sem que se obtivessem resultados conclusivos.
Paralelamente, a empresa credenciada, atrás indicada, para deteção de fugas, esteve no terreno a verificar toda a nossa rede. Contudo, devido à falta de pressão e de água, também esta intervenção não permitiu localizar a rotura.
Perante a ausência de qualquer evidência concreta de rotura, passou-se a considerar que o problema poderia estar relacionado com uma eventual escassez de água nos furos de captação.
Foi então solicitado às Águas de Portugal o abastecimento através de uma ligação à barragem do Caia, que prontamente foi efetivada, permitindo a entrada de 35 m³/h de água no nosso reservatório. No entanto, mesmo com esta solução, o depósito, mesmo cheio, foi novamente consumido em pouco tempo. O caudal fornecido, muito superior ao consumo habitual e, em condições normais, suficiente para abastecer a população, revelou-se insuficiente, o que reforçou a hipótese de uma fuga significativa.
Com esta nova capacidade de abastecimento contínuo e mais rápido, foi possível realizar testes à rede. Procedeu-se ao seccionamento, através de válvulas de seccionamento da mesma em vários troços até ser identificada a secção onde a água se estava a perder. Embora ainda sem a localização exata da rotura, conseguimos circunscrever a sua área.
Com esta ação, foi possível restabelecer o fornecimento de água à generalidade da vila, com exceção da Rua do Senhor da Boa Morte.
Após a realização de novas manobras e ensaios na zona afetada, foi finalmente possível seccionar o troço onde se encontra a rotura sem afetar qualquer habitação, permitindo assim o abastecimento de água a toda a população.
Em nome do Município de Monforte, e mais uma vez, peço desculpa a toda a população afetada. Se há alguém mais interessado em que situações destas não ocorram, são os seus responsáveis e os trabalhadores diretamente afetos ao serviço de abastecimento.
Dizer também que as situações mais sensíveis, nomeadamente o Lar de Idosos, da Santa Casa da Misericórdia, estiveram sempre salvaguardadas e em contacto permanente com o seu provedor.
Os Bombeiros Voluntários fizeram também sempre parte da solução e muito contribuíram para minimizar o problema. Por último, os trabalhadores da Câmara deram tudo, de dia e de noite de forma ininterrupta durante 4 dias para que rapidamente a normalidade fosse reposta!
Um estudo sobre o perfil dos estudantes ingressados na Universidade de Évora, publicado em julho, revela que, nos últimos três anos letivos, a maioria dos estudantes de licenciatura indicou a qualidade do ensino como o principal motivo para a escolha da instituição.
Segundo Ana Fialho, coordenadora do estudo e Pró-Reitora para a Qualidade, Planeamento e Finanças, “os resultados evidenciam o reconhecimento crescente do prestígio e da excelência académica da Universidade, a nível nacional e internacional. Reforçam a confiança dos estudantes na nossa instituição e validam as opções estratégicas adotadas nos últimos anos”.
O estudo foi realizado no âmbito do Sistema Interno de Garantia da Qualidade da Universidade de Évora (SIGQ-UÉ) e baseia-se em inquéritos aplicados no momento da matrícula. Para a responsável do estudo, trata-se de “um instrumento essencial para avaliar o impacto das políticas institucionais na atratividade da Universidade e orientar estratégias de melhoria contínua”.
Entre os dados mais relevantes do relatório, relacionados com os estudantes de licenciatura está “o aumento da média de ingresso dos estudantes colocados através do Concurso Nacional de Acesso (CNA), o que revela uma crescente valorização da Universidade de Évora pelos candidatos com melhor desempenho académico. Verifica-se, ainda, o crescimento do número de estudantes que elegem a instituição como 1.ª opção, um indicador direto da atratividade institucional e, também, a diversificação do perfil dos ingressados com um aumento da procura por parte de estudantes internacionais e de outras regiões do país”, disse a Pró-reitora Ana Fialho.
Para a coordenadora do estudo, “a monitorização contínua do perfil dos estudantes ingressados constitui, assim, uma ferramenta estratégica que permite à Universidade de Évora ajustar a sua oferta formativa, melhorar os seus processos de acolhimento e integração, e continuar a apostar em modelos pedagógicos inovadores, investigação de excelência e ligação ao mercado de trabalho”.
De acordo com o relatório, a “qualidade de vida na cidade de Évora” surge como o segundo motivo mais apontado pelos estudantes na escolha da Universidade. Em terceiro lugar, os estudantes referem a “qualidade de vida académica”, que reflete o ambiente universitário acolhedor, a proximidade com os docentes e a boa integração na comunidade académica.
No passado sábado, dia 26 de julho, Elvas recebeu, pela primeira vez, a “Festa na Praça”, uma iniciativa itinerante que celebra os 40 anos do Continente e reforça o compromisso da marca com a proximidade, a inclusão e a valorização das comunidades locais.
Aberto a toda a comunidade, o evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Elvas, comendador José Rondão Almeida, que se juntou à celebração da marca para viver de perto a energia, os sabores e a alegria desta grande festa popular.
Com uma programação pensada para toda a família, incluindo os amigos de quatro patas, a “Festa na Praça” apresentou uma sessão de cinema ao ar livre para as crianças, um palco com concertos e espetáculos de dança, uma zona gastronómica com propostas para todos os gostos e um mercado de artesãos locais.
A “Festa na Praça” continua a sua viagem pelo país até 31 de agosto, passando por dez localidades de norte a sul. O próximo evento realiza-se no próximo sábado, dia 2 de agosto, em Oliveira de Azeméis. Esta iniciativa reforça o compromisso do Continente em estar cada vez mais próximo das pessoas, promovendo momentos únicos de partilha e celebração.
A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Elvas acaba de ser distinguida com o selo de “Entidade Empregadora Inclusiva”, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Revelando que a distinção surge na sequência de uma candidatura à quinta edição da Marca Entidade Empregadora Inclusiva, o presidente da direção da instituição, Luís Mendes, garante que foi com “grande emoção e satisfação” que a APPACDM recebeu a notícia. “Foi analisada e premiada a cultura organizacional da instituição, que é licenciada em políticas inclusivas e ativas, no acesso e manutenção do emprego às pessoas portadoras de deficiência”, adianta.
Cumprindo com os critérios para a atribuição do selo, tendo em conta, entre outros aspetos, as condições que são criadas para as pessoas que estão “integradas, em posto de trabalho, dentro da instituição”, o presidente da APPACDM assegura que a distinção resulta “do trabalho de toda uma equipa”. “É resultado do nosso dia a dia, da nossa missão”, acrescenta.
Luís Mendes espera ainda que esta distinção, com vista à integração de pessoas com deficiência no mundo do trabalho, venha também a aplicar-se a empresas e outro tipo de instituições. “Em função do número de colaboradores que cada entidade ou organismo tenha, deverá ter uma quota de integração de pessoas portadoras de deficiência. Nesse sentido, a APPACDM também está a fazer o seu trabalho”, remata.
Esta foi a primeira vez que a APPACDM de Elvas se candidatou à Marca Entidade Empregadora Inclusiva.
Entre sexta-feira e domingo, de 1 a 3 de agosto, Degolados vai voltar a encher-se de vida, de cor e alegria. Ruth Marlene e os espanhóis RAYA Evolution são os cabeça de cartaz das festas de verão daquela freguesia do concelho de Campo Maior, uma vez mais, organizadas pela Junta de Freguesia, com o apoio do União Futebol de Degolados e da Câmara Municipal.
“Nós, como é tradição já, fazemos as nossas festas sempre no primeiro fim de semana de agosto e, desta vez, procurámos diversificar os géneros musicais e temos duas touradas à vara larga, para satisfazer o gosto das pessoas que são amantes da tauromaquia”, começa por dizer o presidente da Junta de Freguesia de Degolados, João Cirilo.
Os RAYA Evolution, que já no ano passado estiveram nas festas de Degolados, estão de regresso, até porque, explica João Cirilo, faz agora um ano que levaram até ao recinto das festas “mais de duas mil pessoas”. “Foi de acordo com a aceitação enorme que houve em relação a este grupo musical espanhol que nós, este ano, o chamámos novamente, porque, realmente, foi um sucesso”, assegura o autarca.
Para sexta-feira e sábado, a Junta de Freguesia tem disponíveis três pulseiras de acesso: para sexta-feira, a pulseira verde, com um custo de quatro euros; para sábado, a pulseira vermelha, também no valor de quatro euros. Já a pulseira dourada, de acesso geral, custa cinco euros. O valor angariado servirá para apoiar o União Futebol de Degolados. “É uma pequena ajuda, para eles, que participam connosco na organização da festa”. Dando conta que o investimento nas festas irá, ao que tudo indica, para lá dos 20 mil euros, João Cirilo assegura que sem o apoio da Câmara Municipal de Campo Maior “seria impossível” realizar o evento.
Quanto ao programa, o evento arranca na sexta-feira, pelas 19h30, com uma tourada à vara larga. A abertura da quermesse acontece uma hora mais tarde, com os espetáculos musicais a iniciarem-se às 21h30. Neste primeiro dia sobem a palco os grupos “À Capelas” e Rumo ao Sul (23 horas), antes do concerto de Ruth Marlene, previsto para as 00h30. A partir das 2h30, a animação musical prossegue noite fora ao som do DJ Cuba.
Já no sábado, dia 2, realiza-se uma nova tourada à vara larga, pelas 19 horas. A partir das 22 horas, haverá baile com C&R e à meia-noite tem início o espetáculo dos Raya Evolution. O baile prossegue, após o espetáculo do grupo espanhol, até às 3 horas, altura em que entra em cena o DJ Funk2You.
Por fim, no dia 3, a programação das festas contempla um torneio da malha, no Campo de Jogos Rogério Martins, com inicio às 9 horas, e uma missa solene, seguida de procissão em honra de Nossa Senhora da Graça dos Degolados, às 19 horas.
A Terrugem vai estar em festa entre sexta e segunda-feira, de 1 a 4 de agosto. De um programa que inclui, entre outras atividades, vários bailes, concertos, animação com DJs, fogo de artifício, garraiadas e uma corrida de touros, o maior destaque vai para um concerto de José Malhoa, na última noite.
E porque na Terrugem todos os anos há novos festeiros, Jerónimo Fitas (na imagem), um dos elementos da atual comissão, recorda como um grupo de cerca de 40 jovens decidiu, há praticamente um ano, dar um passo em frente e assumir a organização destas festas: “isto começou numa noite em que estávamos todos juntos e pensámos em fazer as festas para evoluir com isto”.
Para chegar até aqui, a comissão avançou, desde logo, com os habituais cartões, com os quais a própria população ajuda a impulsionar financeiramente, e de “forma simbólica”, o arranque da preparação das festas. Sendo “uma grande ajuda” para a comissão, quem adquire estes cartões também fica habilitado a chorudos prémios monetários. Foram também realizados alguns eventos, como a das Aleluias e a mais recente, a festa de apresentação do cartaz das festas, com os quais a comissão procurou angariar alguns fundos.
O arranque das festas acontece, na sexta-feira, pelas 19 horas, com arruada com a comissão de festas e autoridades convidadas, abrilhantada pela Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba, e com a abertura da exposição de artesanato no mercado municipal. A partir das 21h30, há atuação de Afonso Abrantes, seguindo-se as Roncas d’Elvas, no Palco Popular. Às 22 horas, realiza-se uma corrida de touros à portuguesa. A banda DFB sobe ao palco principal pelas 23h30, seguindo-se discoteca com DJ Mojo e Hélder Tavares. A noite termina ao som de DJ Dinga.
No sábado, dia 2 de agosto, pelas 18 horas, realiza-se uma garraiada, animada pela Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba. Os Contramão atuam, no Palco Popular, pelas 21h30, seguindo-se baile com Jorge Nunes, já no palco principal. Os Rumo ao Sul sobem a palco à 1 hora, com a noite a terminar ao som de DJ Amanda e DJ Peat.
No domingo, 3 de agosto, pelas 9 horas, realiza-se mais uma arruada com a Banda Filarmónica do Centro Cultural de Borba, para que sejam prestados cumprimentos às autoridades e coletividades da freguesia. Às 10 horas, há missa solene, seguida de procissão, em honra de Santo António da Terrugem. Pelas 18 horas, a comissão de festas promove mais uma garraiada, ainda antes do pregão e entrega do pendão para as festas de 2026 (20 horas). O grupo Voz Amiga atua no Palco Popular às 21h30, enquanto Zé Pedro Sousa promete animar tudo e todos, no Palco Principal, a partir das 23h30. À 1 hora há espetáculo de fogo de artifício, com a discoteca, nesta penúltima noite, a ficar a cargo de Meninos da Favela e DJ Jotta R.
Por fim, na segunda-feira, dia 4 de agosto, para além de última garraiada (18 horas), as festas contam com as atuações de Os da Boina (21 horas), Banda Novo Ritmo (23 horas) e José Malhoa (1 hora). O responsável pelo encerramento das festas é o DJ Zezé.
Durante todos os dias do evento haverá quermesse e o tradicional Jogo do Bicho. Na organização do evento, a comissão de festas conta com o apoio da Câmara Municipal de Elvas e da União de Freguesias de Terrugem e Vila Boim.
A entrevista completa a Jerónimo Fitas para ouvir no podcast abaixo:
Vila Viçosa cumpre hoje, 29 de julho, o segundo de dois dias de Luto Municipal, decretado pela Câmara Municipal, pelo falecimento do arquiteto calipolense Nuno Portas.
Nuno Portas, pai de Paulo e Miguel Portas, morreu aos 90 anos. Natural de S. Bartolomeu, no concelho de Vila Viçosa, Nuno Portas, para além da arquitetura, dedicou-se ao urbanismo, ao ensino e à política.
Nuno Rodrigo Martins Portas, reputado arquiteto, professor e urbanista, nasceu em S. Bartolomeu, Vila Viçosa, a 23 de Setembro de 1934, fiilho de Leopoldo Barreiro Portas e de Umbelina do Carmo das Neves Martins.
Estudou arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa e na Escola de Belas Artes do Porto, onde concluiu a licenciatura em 1959. Dois anos antes, tinha começado a trabalhar no atelier do arquiteto Nuno Teotónio Pereira, no qual se manteve até 1974.
Em 1958 associou-se à revista “Arquitetura”, que veio a dirigir e na qual escreveu textos que lhe valeram o prémio Gulbenkian de Crítica de Arte, em 1963. Entre os anos sessenta e setenta foi investigador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (1962-1974), onde coordenou o Núcleo de Pesquisa de Arquitetura, Habitação e Urbanismo.
Na qualidade de professor, lecionou a Cadeira de Projeto na Escola de Belas Artes de Lisboa (1965-1971) e, em 1983, transferiu-se para o curso de Arquitetura da Escola de Belas Artes do Porto, tendo participado na fundação da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Nesta Faculdade viria a assumir funções como Professor Catedrático, a partir de 1989. Atualmente, é Professor Jubilado. Durante o seu percurso docente presidiu ao Conselho Científico, criou um Centro de Estudos e lançou um Curso de Mestrado em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano.
Foi professor convidado da Escola Técnica Superior de Arquitetura de Barcelona, do Instituto de Urbanismo de Paris, da Universidade de Paris VIII, do Politécnico de Milão, da Universidade de Ferrara e da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É membro da Comissão Científica Consultiva do Departamento de Arquitetura da Universidade do Minho.
Em 1974 assumiu o cargo de Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, que conservou durante os três primeiros Governos Provisórios. No exercício dessas funções, fomentou a criação de cooperativas de habitação e de gabinetes de apoio local (GAT), concebeu o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) e desencadeou o processo conducente à adoção dos Planos Diretores Municipais. Mais tarde, em 1990, tornou-se Vereador do Pelouro do Urbanismo da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
Como arquiteto, colaborou com Pedro Botelho, Pedro Vieira de Almeida, A. Pinto de Freitas, Bartolomeu Cabral, M. Aragão, Camilo Cortesão, José Luís Gomes e Mercês Vieira, para além de Nuno Teotónio Pereira.
Desde os finais dos anos 70 e paralelamente às suas atividades como docente, governante e arquiteto, Nuno Portas tem-se dedicado ao Urbanismo, no país e no estrangeiro. Em Portugal foi consultor dos planos de ordenamento dos municípios do Vale do Ave, diretor do plano do campus universitário de Aveiro, responsável pelo primeiro Plano Geral da Expo 98 e dos termos de referência para o concurso de conceção e construção da área de Chelas, em Lisboa, e consultor de urbanismo no âmbito do centro histórico do concelho de Guimarães.
Internacionalmente, coordenou o Planeamento Intermunicipal de Madrid (1980-1983). Foi consultor do Plano Estratégico Metropolitano de Barcelona (1991-1992), do Plano de Ordenamento de Santiago de Compostela e das Nações Unidas e da União Europeia para as questões urbanísticas e de investigação. Com Oriol Bohigas, foi autor do Plano de Frente de Mar e Estação das Barcas (1997-2000) e do Plano de Recuperação da Zona Central (1995-2000) para o Rio de Janeiro. Participou, ainda, na elaboração de legislação urbanística em Cabo Verde.
Nuno Portas tem publicado múltiplas obras sobre Teoria da Arquitetura, História Crítica da Arquitetura e Urbanismo Contemporâneos e artigos em publicações periódicas relacionados com a sua vertente de cineclubista e de crítico de cinema, atividades às quais também se dedica. Recentemente, foi distinguido com os títulos de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro e pelo Instituto Politécnico de Milão, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique e com o Prémio Sir Patrick Abercrombie de Urbanismo da União Internacional de Arquitetos.
Recebeu em Outubro de 2012, a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Município de Vila Viçosa pelo seu labor em benefício da divulgação e preservação do património cultural calipolense. Foi um dos grandes incentivadores da proposta de elevação de Vila Viçosa a Património Mundial da UNESCO.