
Numa iniciativa integrada no programa das Festas de Verão de Vila Boim, os Autores de Elvas e o Coletivo Artístico 7350 prestaram homenagem a João Orlando Travanca-Rêgo, poeta e autor daquela freguesia do concelho de Elvas, na manhã deste domingo, 27 de julho, através de uma Rota Literária.
“Dar voz ao Anjo de Poesia e relembrar o Homem intelectual, poeta, desaparecido e cuja memória tem de se ouvir mais alto que o silêncio da morte” foi o principal objetivo da iniciativa. A apresentação desta rota, explica a organização, “faz a fusão entre a obra do autor vilaboinense, aos espaços envolventes que fizeram parte da sua vida e, em simultâneo, são os locais característicos desta localidade e que a fazem distinta de todas as restantes”. Em cada marco, faz-se alusão a excertos de alguns dos seus poemas publicados.
A atividade contou com a participação dos Autores de Elvas (Carmen Martins Ezequiel, Higino Maroto, Isabel Figueira, Luísa Currito e Nuno Franco Pires) e do Coletivo Artístico 7350 (Guilherme Nazaré, Luís Graça, Rodrigo Fialho e Rosa Bandarra).
“João Orlando Travanca-Rêgo nasceu em 31 de outubro de 1940, em Vila Boim. Licenciado em Filosofia, pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Quadro superior de um Instituto Público (I.E.F.P.). Começou a publicar em 1959, no jornal Linhas de Elvas. Participou no I Encontro de Poesia Ibérica (Vale do Leão, Buarcos – Figueira da Foz, 1983). Com António Ramos Rosa e António Júlio Valarinho integrou o júri do Prémio Revelação/87, da Associação Portuguesa de Escritores. Faleceu em 2003.
Sendo tímido e fugidio, o Lince da Malcata só esporadicamente é observado. A sua existência é conhecida devido a raríssimos avistamentos ou a vestígios que ele próprio deixa. Não se conhecendo o número exacto de espécimes existentes, sabe-se, no entanto, estar em perigo de extinção, sendo considerado o carnívoro mais ameaçado da Europa.
O Lince da Malcata caracteriza e simboliza bem a atitude existencial do criador literário.”


