
Varche está em festa sexta e segunda-feira, de 11 a 14 de julho, para celebrar, uma vez mais, Nossa Senhora da Encarnação.
A organização do evento, que arranca na sexta-feira pelas 19h30, com uma procissão que irá ligar a Capela das Britas até ao recinto das festas, volta a estar a cargo da Sociedade Recreativa de Varche. “Tentamos sempre dedicar as nossas festas ao pessoal de Varche e à freguesia de São Brás e São Lourenço, mais viradas para os comes e bebes, mas tentamos sempre inovar em alguma coisa”, começa por dizer o presidente da coletividade, Bruno Belchior.
A novidade deste ano vai para a apresentação do livro “Caminhos d’Alma”, de Claudina Brito. “O resto é mais ou menos a mesma coisa. Mudámos os grupos musicais, na medida daquilo que podemos a nível financeiro, e vamos continuar com o torneio de futsal”, adianta.
Com vista a angariar verbas para a manutenção da associação, ao longo de todo o ano, o serviço de bar e restaurante das festas volta a estar a cargo dos membros da sociedade. “Há dois que já não acontecia, mas a associação vive das festas, anualmente. Do lucro que elas nos dão, dá-nos para manter a associação o ano todo. É mais um esforço nosso. São mais uns dias sem família”, explica o responsável.
Por outro lado, e embora o programa das festas inclua uma garraiada na tarde de sábado, Bruno Belchior lembra todos os custos, as burocracias e os trabalhos que estes eventos tauromáquicos acarretam. “Já é complicado arranjar quem nos queira fazer a garraiada, porque nós não temos uma praça, como têm algumas freguesias do concelho de Elvas. Depois, para a garraiada, é preciso, financeiramente, muita coisa: licenças, bombeiros, seguros e é um custo muito elevado”, recorda. Por tudo isso, Bruno Belchior considera que esta é uma atividade que, no fim de contas, pode até dar prejuízo.
Já o leilão das fogaças, marcado para domingo, vai-se mantendo, embora já sem a disputa de outros tempos. “Era um dos pontos altos destas festas, em que havia muita disputa saudável, entre as pessoas para ficarem com as fogaças”, recorda o presidente da sociedade.
A segunda-feira, último dia de festas, com algumas alterações face àquilo que era habitual, volta a ser inteiramente dedicada à componente religiosa, com missa e procissão. A missa inicia-se às 20 horas no recinto das festas, seguindo-se a procissão até à Igreja de São Brás e não, como era tradição, até à Capela das Britas, a pedido do pároco. A imagem de Nossa Senhora, adianta ainda Bruno Belchior, vai ser transportada numa carrinha. Embora considere que estas alterações poderão vir a resultar em críticas, o responsável garante que a organização também precisa da Igreja para levar as festas por diante.
A animação musical das festas vai estar, desta vez, a cargo de Jorge Gomes na sexta-feira, de Nelson Caldeira no sábado, e do grupo AR Musical no domingo.
