
Há muito que Campo Maior e Elvas, sobretudo, se debatem com um problema, a nível de saúde. Um problema que, segundo muitos, podia ser resolvido facilmente, tendo em conta a proximidade a Badajoz, onde não faltam respostas adequadas: seja para as grávidas, que para terem os seus filhos têm de se dirigir a Portalegre ou Évora, ou em qualquer outra situação mais complexa, evitando levar os doentes a grandes deslocações, por exemplo, até aos hospitais de Lisboa.
Assegurando que esta é uma questão que “preocupa os três autarcas” da Eurocidade Badajoz – Elvas – Campo Maior, o presidente da EuroBEC e da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, começa por dizer que esta é uma situação “muito difícil de ultrapassar”. “Já nos mandatos anteriores tínhamos partilhado essas preocupações, com a Unidade Local de Saúde, mas também com a parte Sanidad, do lado espanhol. Aqui, deste ponto de vista, temos de recorrer a instituições externas, e recolhemos, na altura, muitos contributos da BiSolutions, que é, ao fim ao cabo, a entidade que está nomeada pela Comissão Europeia para resolver este tipo de decisões”, adianta o autarca.
Esta, garante Rosinha, é uma das questões que os três autarcas querem “concretizar no terreno”. “Se não conseguirmos fazer em dez especialidades, que o consigamos em uma ou duas”, acrescenta. Por outro lado, o presidente da EuroBEC, a par de Rondão Almeida e Ignacio Gragera, defende que Campo Maior, Elvas e Badajoz são “apenas um território”. Nesse sentido, Rosinha espera que se consiga encontrar uma forma de colocar esse terreno, no que toca a esta área da saúde, numa “transição entre Portugal e Espanha”.
De recordar que já este ano, nas celebrações do aniversário do Hospital de Santa Luzia, o presidente da Câmara de Elvas, Rondão Almeida, tinha dito não compreender por que razão os doentes e grávidas continuam a correr sérios riscos, quando transferidos para Lisboa, Évora ou Portalegre, havendo respostas adequadas, a uma distância muito mais curta, em Badajoz.