Jovens prometem garantir futuro da romaria em honra de Nossa Senhora da Ajuda

Passar a tradição de rumar à Ajuda, por altura da Páscoa, tem sido uma preocupação para quem vive esta romaria ao máximo.

No grupo de Ricardo Brilha, por exemplo, os jovens já se juntam aos mais velhos, para assegurar o futuro desta tradição. “Há muitos anos que há esta tradição, quando é altura da Páscoa, de vir a comer o borrego aqui, e acho que a tradição é cada vez mais bonita, porque os mais novos já querem seguir com essa tradição”, assegura. Numa festa, “com alegria”, com muitos comes e bebes à mistura, a romaria acaba por servir para que, quem ruma ao campo, possa esquecer “os problemas no mundo”. “Vai tudo daqui alegre para casa”, garante Ricardo.

Por mais que já meta “os mais novos a trabalhar”, Ricardo Brilha revela contudo que, sem si, a tenda do grupo, “com toda a certeza”, não estaria montada. “Estivemos-lhe aqui a dar uma lição de como montar a tenda e eles já vão aprendendo”, remata.

O borrego, em Domingo de Páscoa, não “pode faltar” à mesa do grupo, do qual faz parte Rodrigo Martins, de 19 anos. Descrevendo estes dias, acima de tudo, como momentos de confraternização, este jovem diz ser “sempre bom” passar a semana com amigos. “Petiscos, copos, amigos: é sempre bom”, assegura.

Despiste em Famalicão faz subir para três as vitimas mortais da Operação Páscoa 2025 da GNR

Um despiste, ocorrido em 19 de abril, pelas 17h26min, na Rua de São Bento, na localidade de Vale de São Cosme, Famalicão, no distrito de Braga, no qual foi interveniente um veículo ligeiro, fez subir para três o número de vítimas mortais em acidentes nesta Páscoa. A vítima mortal, foi um homem de 65 anos de idade.

Dois despistes anteriores tinha resultado em duas vítimas mortais. A 12 de abril, na EN 231, na localidade de São João de Lourosa, no distrito de Viseu, um motociclo despistou-se tendo resultado uma vítima mortal, do género feminino, com 20 anos de idade e outro verificado despiste com um motociclo, dia 13 de abril, na Rua do Santuário, na localidade de Paul, Covilhã, no distrito de Castelo Branco, resultou numa vítima mortal, um homem com 46 anos de idade.

No total até à meia noite de ontem e desde as 00h00 do dia 11 de abril de 2025, os militares da Guarda já fiscalizaram 62 943 condutores fiscalizados, dos quais, 576 conduziam com excesso de álcool e, destes, 350 foram detidos por conduzirem com uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 g/l. Foram ainda detidas 194 pessoas por conduzirem sem habilitação legal, num total de 11 121 contraordenações rodoviárias com destaque para 2 755 por excesso de velocidade e 347 por uso indevido do telemóvel no exercício da condução.

Relativamente à sinistralidade rodoviária, a GNR registou 1 971 acidentes, dos quais resultaram as referidas três vítimas mortais, 42 feridos graves e 567 feridos leves.

Eucaristia e procissão esta segunda-feira à tarde na Capela da Ajuda

Na Capela da Ajuda, junto à qual a população de Elvas se costuma reunir para celebrar a Páscoa no campo, amanhã, 21 de abril, em Segunda-feira de Páscoa, haverá eucaristia, seguida de uma pequena procissão.

A cerimónia religiosa está marcada para as 16 horas. Terminada a eucaristia, explica o padre Ricardo Lameira, os presentes darão “três voltinhas à igreja”. “Damos três voltas porque, segundo a tradição e o que está escrito no século XIX, quando a Procissão dos Pendões chegava ao Santuário, o Pendão dava três voltas e só depois é que entrava, símbolo da Santíssima Trindade. Então, nós ali, mantemos o mesmo hábito, pelo menos para dar para rezar metade do terço”, explica ainda o pároco.

Jovens mantêm tradição e festejam romaria na Enxara

Nesta altura, a Enxara, em Campo Maior, enche-se de gente, que por ali acampa, nas margens do Rio Abrilongo, para dar continuidade a uma tradição secular.

Como forma de celebrar o aniversário do filho, António Silva, juntamente com um grupo de amigos, decidiram preparar uma festa surpresa e acampar na Enxara, após alguns anos sem fazerem este acampamento junto ao santuário. “Nós somos aqui da Freguesia de Degolados e normalmente nós vamos sempre para o Baldio de Arronches. Este ano o meu filho faz anos e nós fizemos uma festa surpresa, juntamente com os amigos”.

Adiantando que toda a romaria em torno da Nossa Senhora da Enxara “tem muita importância para todos os campomaiorenses e para quem pertence ao concelho”, António Silva acredita que os filhos “vão continuar com esta tradição”. “Pensei que com os meus filhos isto (as festividades) pudesse acabar, mas não, eles estão apanhar o ego do pai e fazem com que a festa vá para a frente e eu fico feliz por isso”, conclui.

Para Eduardo Marques estas festividades representam “tudo” desde “o convívio à religião”. “Passamos aqui os dias, a comer, a beber e conviver com os amigos e família” assegura.   

Este domingo, começam oficialmente as festividades, com Missa da Ressureição, às 16h, garraiada, às 18h, e à noite, às 22h, baile com animação a cargo do Duo Musical CR.

Já esta segunda-feira, a Missa de Ação de Graças vai ter lugar às 16h, seguida de procissão em Honra de Nossa Senhora da Enxara, às 17h, e o sorteio, às 18h.

Em Domingo de Páscoa, irmã Fátima Magalhães garante que “Cristo acompanha o homem sempre”

Foto: Agência ECCLESIA/PR

Celebra-se hoje, 20 de abril, o Domingo de Páscoa: a principal data do ano litúrgico e também a mais antiga e importante festa cristã. A festividade religiosa celebra a ressurreição de Jesus ocorrida no terceiro dia após sua crucificação no Calvário, conforme o relato do Novo Testamento.

Lembrando que é importante ser-se “ativista na Igreja”, e partindo da sua experiência, a irmã Maria de Fátima Magalhães começa por dizer que “Cristo acompanha o homem sempre”. “Sinto-me sempre acompanhada”, assegura, embora lembre que “Cristo não vem dizer que vamos ser sempre muito felizes, que vai tudo correr às mil maravilhas”.

“Jesus diz: ‘olhai para mim’. Então, vejamos Jesus condenado à morte. Um inocente. Quantas condenações, hoje em dia, são mal feitas? Tanta gente que é condenada à morte injustamente. Hoje, aumentaram as condenações à morte, em muitos países do mundo. Portanto, é olhar para Cristo e denunciar quando as coisas são mal feitas. Temos de ser ativistas na Igreja, não podemos ficar só na oração”, diz Maria de Fátima Magalhães.

Dizendo ainda que Jesus “ressuscitou e vive no meio de nós”, Maria de Fátima Magalhães recorda as palavras de um bispo americano: “quanto já não puder falar e me perguntarem quem sou e o que fiz, eu abro o meu coração cheio de nomes”. “Olhando para a Cruz, entreguemos a Jesus as nossas dificuldades e os nossos problemas, dizendo ‘não termina aqui, porque ele ressuscitou e vive no meio de nós’”.

Neste dia de celebração, a irmã deixa ainda “uma palavra de esperança”, assegurando que esta deve ser a “âncora” de todos os fiéis.