Moção de Confiança chumbada no Parlamento e Governo de Montenegro cai

O Parlamento chumbou a moção de confiança ao Governo. O Executivo de Luís Montenegro é o segundo na história a cair nestas circunstâncias. PSD e PS trocam acusações sobre responsabilidade pela crise.

Depois de um debate tenso na Assembleia da República, o primeiro ministro, Luís Montenegro, perdeu a moção de confiança devido aos votos contra de socialistas e Chega.

O Governo apresentou esta moção de confiança após a crise desencadeada por uma empresa, Spinumviva, fundada por Montenegro quando estava fora da política ativa e detida pela mulher e filhos.

Montenegro deverá apresentar a demissão nos próximos dias.

“Retratar e Fotografar” é mote para atelier da associação UmColetivo em Monforte

No âmbito das atividades do Contrato Local de Desenvolvimento Social (CLDS) de Monforte, a associação UmColetivo promove, esta quarta-feira, 12 de março, um atelier dedicado ao tema “Retratar e Fotografar”. A sessão tem início às 14 horas e decorre na sala municipal polivalente.

Este atelier é uma das atividade integradas no eixo 4 do CLSD “IUPI” 5G Monforte, relativo ao Desenvolvimento Social, Capacitação Comunitária e Intervenção em Contextos de Emergência Social e de Cenários de Exceção.

O CLDS “IUPI” 5G Monforte está em função até 2028 e tem como entidade coordenadora a Câmara Municipal de Monforte.

Inauguração de exposição de tributo a Aurelindo Jaime Ceia contou com “casa cheia”

A Galeria de São Sebastião, em Portalegre, foi palco da inauguração da exposição, “Aurelindo Jaime Ceia – obra gráfica”, no dia 10 de março, segunda-feira. Esta mostra é um tributo ao portalegrense, recentemente desaparecido, que se tornou uma referência incontornável nas áreas da cultura e do design gráfico, sobretudo fora dos grandes centros.

Professor de Design de Comunicação e Metodologias do Projeto na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Aurelindo Jaime Ceia “dedicou tanto tempo a ensinar como a fazer design” e deixou um trabalho notável de escrita e reflexão crítica onde foi construindo o seu próprio discurso multidisciplinar sobre o design nacional.

Desenvolvida no âmbito do Techn&Art – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes do Instituto Politécnico de Tomar, esta mostra conta com o apoio de vários organismos públicos e privados, entre os quais a Câmara Municipal de Portalegre.

A exposição, de entrada gratuita, estará patente de segunda a sexta-feira, das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h, até dia 10 de maio de 2025.

Viana do Alentejo dá a conhecer o seu património na BTL

O Município de Viana do Alentejo volta a marcar presença na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, o maior evento de promoção turística realizado em Portugal, que decorre a partir de amanhã, dia 12 de março, até ao dia 16 de março, na FIL, em Lisboa.

Para tal, a Autarquia estará representada no pavilhão 1 através do Turismo do Alentejo e Ribatejo, sendo possível contemplar algumas ações de promoção no stand municipal, onde todos os interessados poderão assistir ao processo de fabrico de chocalhos, amanhã, dia 12 de março, com Rui Picavéu, e de peças de olaria com Feliciano Agostinho, na quinta-feira, dia 13 de março.

Já no pavilhão 2, no dia 14 de março, o projeto da Rota da Estrada Nacional 2 vai ser promovido ao final da tarde, através de uma parceria entre o Município de Viana do Alentejo e a Associação da Rota da Estrada Nacional 2, onde vão ser distribuídos doces aos visitantes.

Para o dia 15 de março, também no stand do município, está agendada uma prova de vinhos “Hortas Velhas”, entre as 16h00 e as 18h00.

No mesmo dia, pelas 19h00, no auditório da Turismo do Alentejo e Ribatejo, é promovida a XXIII Romaria a Cavalo Moita – Viana do Alentejo, a realizar-se entre os dias 22 e 27 de abril. Esta romaria estabelece um laço entre as populações das duas localidades, numa tradição desde há muito associada às antigas rotas de transumância de gado, aliando o profano ao sagrado.

Antigo lar de idosos da Santa Casa dá lugar a residência universitária em Évora

A Santa Casa da Misericórdia assinou recentemente um protocolo de colaboração com a Universidade de Évora, com o objetivo de criar uma residência universitária, que terá capacidade para receber 33 estudantes.

Esta colaboração, garante a Santa Casa da Misericórdia de Évora, “é de extrema relevância, não apenas pela solução concreta, mas também pelo seu impacto no apoio à formação académica e no bem-estar dos alunos da Universidade de Évora”. A iniciativa “é fruto da união de esforços entre a Santa Casa e a Universidade de Évora e irá favorecer a permanência e o sucesso dos estudantes na cidade de Évora”.

Embora ainda não tenha sido definida a data da abertura, a Santa Casa avança que será “dentro de algumas semanas” e que a mesma irá funcionar nas instalações do antigo Lar Nossa Senhora da Visitação, na Rua Mendo Estevens, em Évora.

A abertura da residência “reflete o compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Évora e da Universidade em responder às necessidades da comunidade estudantil, com um enfoque especial na educação e no apoio aos jovens estudantes, reconhecendo que o acesso ao alojamento é um pilar fundamental para o sucesso académico”.

Município de Estremoz altera autos de transferência de competências das Juntas de Freguesia

O Executivo Municipal de Estremoz propôs alterações aos autos de transferência de competências das Juntas de Freguesia do concelho, as quais foram devidamente aprovadas nos respetivos órgãos.

As adendas aos autos de transferência de competências foram esta segunda-feira, dia 10 de março, assinadas na presença de cada um dos presidentes de Junta, do presidente da Câmara Municipal e dos vereadores, tendo sido reforçada a verba total entregue às Juntas de Freguesia no valor de 157.683 euros.

Rodrigo Fialho aventura-se no mundo da escrita com “O Amor Segundo Inverosímeis Circunstâncias”

O jovem elvense Rodrigo Fialho acaba de lançar o romance “O Amor Segundo Inverosímeis Circunstâncias”.

Sendo um dos atuais jovens embaixadores do Museu de Arte Contemporânea de Elvas e a frequentar a licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, Rodrigo Fialho, de 19 anos, escreveu o seu primeiro livro, na sequência de concurso literário promovido pela Cordel d’Prata.

Embora não tenha vencido o concurso, a editora em questão acabaria por vir a editar a obra. A história de “O Amor Segundo Inverosímeis Circunstâncias”, escrita no final de 2023, debruça-se sobre um casal sexagenário, num romance inspirado nas vivências do autor, na zona da Belhó e Raposeira, em Elvas, onde cresceu.

Para conseguir publicar a obra, Rodrigo Fialho reuniu o dinheiro necessário através de uma campanha de crowdfunding.

A obra pode ser adquirida online, assim como nas sessões de apresentação prevista para breve.

Radar Social de Arronches assinala Dia de Luto Nacional pelas Vítimas de Violência Doméstica

Assinalou-se na passada sexta-feira, dia 7 de março, o Dia de Luto Nacional pelas Vítimas de Violência Doméstica e para marcar a efeméride, o Radar Social de Arronches convidou as instituições do concelho a associar-se a uma ação de homenagem para uma maior consciencialização da população sobre uma problemática que assola famílias de vários estatutos socioeconómicos.

Para o efeito, este serviço municipal solicitou aos colaboradores dos vários organismos a utilização, dentro do possível, de uma peça de roupa de cor branca, um tom que simboliza a paz. Pelo Município de Arronches, associaram-se a esta causa os colaboradores dos serviços administrativos e operacionais, o pessoal do Centro Cultural de Arronches, do Centro Interativo da Ruralidade de Arronches, do Convento de Nossa Senhora da Luz e do Museu de (a) Brincar, bem como o pessoal não docente do Agrupamento de Escolas de Arronches. Participaram ainda nesta iniciativa instituições como o Centro de Saúde de Arronches, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Arronches e o Posto Territorial de Arronches da Guarda Nacional Republicana.

De realçar que, em 2024 morreram 19 mulheres e três homens vítimas de violência doméstica e no corrente ano já há, pelo menos, cinco vítimas mortais. O número de casos é cada vez mais alarmante, pelo que as ações de sensibilização se revestem de enorme importância para que a população possa estar desperta para a proteção de vítimas diretas como crianças, jovens, ou pessoas idosas.

“O Tesouro” leva alunos de 3º Ciclo de Campo Maior ao teatro

A companhia “A Bruxa Teatro” apresentou, na manhã desta terça-feira, 11 de março, no Centro Cultural de Campo Maior, aos alunos de 3º Ciclo da vila, o espetáculo “O Tesouro”, integrado na programação do Mês do Teatro, promovida pela Câmara Municipal.

Esta peça de teatro, a segunda a ser apresentada ao público escolar, depois do arranque da iniciativa, ontem, com “Hamelin”, da “Teatro do Botão”, é inspirada no conto homónimo de Manuel António Pina e remonta ao período do Estado Novo.

“O Tesouro”, tal como explica o ator Apollo Neiva, que dá vida a Artur, a personagem principal da peça, tem por base a procura pelo significado da palavra “liberdade”, por uma criança. “É uma palavra que, durante todo o Estado Novo, deixou de existir, que as pessoas não faziam ideia do que é que significava e (o espetáculo) é exatamente a busca, por esta criança, pelo significado dessa palavra, para tentar mantê-la e partilhá-la com todas as pessoas, para que nunca mais se volte a perder”, adianta.  

Em palco, só Artur é uma personagem humana. Todas as outras são marionetas, representando o poder que o Estado teve na “manipulação das pessoas e os órgãos sociais”, no período antes do 25 de Abril, “de forma a corresponderem às expectativas daquilo que o regime pretenda”.

Através de diferentes técnicas de manipulação de marionetas, “O Tesouro” é um espetáculo “especial e diferente, também na sua própria construção”, com “diferentes texturas, importâncias e valores”.

Apollo Neiva revela-se ainda muito satisfeito pelo Município de Campo Maior continuar a fazer esta aposta no teatro, com um mês inteiro de espetáculos, para diferentes públicos. “É importantíssimo e é uma iniciativa louvável. Infelizmente, não são todas as autarquias que têm todo esse carinho e que fazem por receber, por mostrar e por integrar as próprias crianças das escolas, a ver espetáculos e a refletir sobre elas”, remata.

O Mês do Teatro, em Campo Maior, prossegue amanhã, quarta-feira, dia 12, com a peça “E Se De Repente Tudo Fosse Ao Contrário?”, destinada ao ensino pré-escolar.

Atletas de Estremoz sobem ao pódio no Campeonato Regional de Natação

O Campeonato Regional de Categorias (Infantis, Juvenis e Absolutos) de Natação realizou-se, em Ponte de Sor, nos dias 7, 8 e 9 de março, como habitualmente, numa organização conjunta da Associação de Natação do Interior Centro e da Associação de Natação do Alentejo.

Os atletas da equipa do Clube de Futebol de Estremoz conquistaram dois títulos de Campeão Regional, 14 Títulos de vice-campeões regionais e seis terceiros lugares. António Costa, infantil B sagrou-se campeão regional nos 100 e 200 metros bruços e vice-campeão nos 100 mariposa, 100 e 200 livres e 200 estilos; Carolina Fonseca, júnior/absoluto é vice-campeã regional nos 50 metros livres e 100 e 200 bruços. Nos 100 mariposa e 50 bruços, subiu ao pódio em terceiro lugar; Madalena Pucarinhas, júnior/absoluto – sagrou-se vice-campeã regional nos 100 e 200 metros costas e conquistou o terceiro lugar nos 200 estilos; Nuno Saramago, sénior/absoluto conquistou o segundo lugar nos 50 metros livres e respetivo título de vice-campeão e o terceiro lugar nos 100 metros costas e 100 metros mariposa; Rita Oliveira, juvenil, é vice-campeã nos 800 e 1500 livres e subiu ainda ao pódio no terceiro lugar dos 400 metros livres; Tiago Saramago, juvenil – é vice-campeão regional nos 100 e 200 metros costas; Miguel Rato, júnior/absoluto classificou-se em quarto lugar nos 100 metros estilos e em quinto lugar nos 50 livres e 100 costas; Catarina Fernandes, júnior/absoluto – classificou-se em quarto lugar nos 200 bruços e em quinto lugar nos 100 metros da mesma técnica.

Nota ainda para a obtenção de novos recordes pessoais, por parte de todos os nadadores do “Estremoz”.

No total, marcaram presença, na piscina de Ponte de Sor, 248 atletas de 19 clubes, provenientes dos distritos de Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora, Beja e concelhos do Litoral Alentejano.

Descarga de fundo da Barragem do Caia “não tem qualquer avaria”. Descargas de superfície são “opção técnica”

Depois de ter atingido ontem, 10 de março, a sua capacidade máxima de armazenamento de água, a Barragem do Caia iniciou descargas de superfície, na manhã desta terça-feira, dia 11, com a abertura das comportas.

Com as campanhas de rega até 2027 asseguradas, o objetivo da Associação de Beneficiários do Caia, revela o gestor Luís Rodrigues, é “manter a situação com algum controlo”, depois de se ter atingido 99,99% do volume aconselhado para descargas. “Com as chuvas que se têm verificado nos últimos dias, e o incremento no volume na Barragem do Caia, temos de proceder a descargas”, começa por dizer.

“Para a Associação de Beneficiários do Caia é uma situação que nos traz alguma tranquilidade, e conforto para os regantes, além de proporcionar aos concelhos de Elvas, Campo Maior, Arronches e Monforte água com quantidade e qualidade, nos próximos anos”, adianta.

Quando questionado sobre o porquê da realização de descargas de superfície, Luís Rodrigues assegura, desde logo, que a “descarga de fundo não tem qualquer avaria”. “A opção pela descarga de superfície é meramente técnica, porque o volume da descarga de fundo tem um débito de 60 mil litros por segundo. Ao controlarmos o débito da comporta do descarregador de superfície, nós conseguimos injetar metade desse valor”, explica. Com isto, permite-se que as duas pontes que se encontram dentro do aproveitamento hidroagrícola do Caia se mantenham transitáveis, “porque são pontes que dão apoio a toda uma atividade agrícola de regadio, entre os concelhos de Elvas e Campo Maior”.

Por outro lado, explica o gestor, convém à Associação de Beneficiários do Caia proceder “a descargas controladas, porque o leito do Rio Caia, a jusante da Barragem do Caia, está completamente obstruído, com árvores e uma vegetação muito densa, o que obriga, nesta situação, a que alguma água vá por dentro do leito, mas a grande maioria vá por fora das margens”, remata.

De recordar que, há cerca de 15 dias, os agricultores, dos concelhos de Elvas e Campo Maior, e proprietários de prédios rústicos junto ao Rio Caia, tinham já sido alertados para a possibilidade da realização destas descargas.

As descargas, que permitem a libertação de cerca de 30 mil litros de água por segundo, vão manter-se até que se atinjam, aproximadamente, os 175 milhões de metros cúbicos. O limite máximo de armazenamento é de 190 milhões.

“Memórias do Alentejo” de Espiga Pinto em exposição em Estremoz

A Galeria Howard’s Folly, em Estremoz, e o Legado de Espiga Pinto apresentam a exposição “Memórias do Alentejo”, em homenagem ao 85º aniversário de José Manuel Espiga Pinto (1940-2014). A mostra de pintura, desenho e escultura, patente ao público na Galeria Howard’s Folly, de 16 de março a 27 de abril, tem o apoio institucional da BIALE, Bienal Internacional do Alentejo 2025.

“O campesinato, a vida na aldeia ou nas vilas dessa região marcam uma das imagens mais fortes da sua estética, numa espécie de neorrealismo tardio, já nos anos 1960 e 1970, mas onde era possível vislumbrar uma capacidade de autoironia e mesmo humor sobre essa iconografia.” David Santos, então diretor do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC). in “Morreu Espiga Pinto, pintor do mundo alentejano” – Jornal PÚBLICO, 1 de Outubro de 2014.

Nascido em Vila Viçosa durante a Segunda Guerra Mundial, em 1940, Espiga estudou escultura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, obtendo importantes prémios e distinções ao longo da vida pela sua contribuição multidisciplinar para as artes. Foi ainda membro da Academia Nacional de Belas Artes. As memórias e a ligação à vida rural no Alentejo influenciariam toda a sua obra. Espiga afirmou que foi na sua chegada a Estremoz, tinha então cerca de 20 anos, que assumiu como “sentido cósmico” para a sua vida “cantar o Alentejo”, explorando as principais formas figurativas e temas recorrentes, que mais tarde se tornariam a base para o simbolismo cósmico, patentes ao longo de uma extensa carreira de mais de 60 anos.

As peças expostas foram criadas na década de 60, aquando do regresso de Espiga ao Alentejo. São exemplos de excelência do seu período neorrealista, que refletem a infância em Vila Viçosa. Espiga relembraria “na minha ‘Pátria-Mãe’ iniciei a minha visão do mundo. No Alentejo de 1940 a vivência dos costumes, imaginário e lendas, deliciaram a minha infância.” O trabalho de curadoria põe em evidência as impressões iniciais de Espiga, descrevendo uma “jornada pelo nosso modo de ser português”. Serão expostas peças em diversos suportes, incluindo pintura, trabalhos sobre papel, desenho em tinta-da-china sobre cortiça e escultura em bronze. A imagem representa a vida típica do Alentejo histórico, com composições que incluem o cavalo, o touro, a roda, a carroça, a apanha da azeitona, os agricultores, a camponesa e as festas locais.

“Roda”, de 1965, é a pintura em destaque pelo seu elemento icónico, com tons laranja evocando a luz do amanhecer sobre a carroça no labor matinal nos campos e representando o símbolo de continuidade da vida. As peças escolhidas, nos vários suportes, continuam a complementar e a ecoar a roda ao longo da exposição. A roda tornar-se-ia um dos principais elementos recorrentes da iconografia de Espiga, presente em todas as suas fases subsequentes. A exposição centra-se nestes primeiros trabalhos da década de 1960, referidas pelos conhecedores da sua obra como a “Série do Alentejo”, proporcionando uma narrativa de caráter histórico inspirada no profundo afeto do artista pela sua cultura.

A arte de Espiga está amplamente estabelecida dentro e fora de Portugal, em mais de 80 exposições individuais, com uma multiplicidade de obras em locais públicos e trabalhos presentes em prestigiadas coleções. Obras de Espiga foram recentemente incluídas em importantes exposições coletivas: Jaime Isidoro e Vila Nova de Gaia: 50 anos após os 1ºs Encontros Internacionais de Arte (2024), NEO-REALISMO – Memórias Guardadas do Acervo de Hernâni Matos (2024), Uma Terna (e Política) Contemplação do que Vive, obras da coleção Norlinda e José Lima (2023), 60º Aniversário da Cooperativa Árvore (2023) e Contra a Abstração, Obras da Coleção da Caixa Geral de Depósitos (2019). Em 2020, Penelope Curtis, então Diretora na Fundação Calouste Gulbenkian, selecionou mais de 50 importantes obras, ampliando o já significativo conjunto de obras de Espiga na coleção do CAM – Centro De Arte Moderna Gulbenkian, incluindo peças associadas à temática da presente exposição.

O legado de Espiga Pinto preserva a obra e o acervo biográfico deste extraordinário artista, estando em curso uma extensa investigação com vista à elaboração de um catálogo raisonné. Esta exposição tem a curadoria de Amie Conway e Alex Cousens, profissionais independentes com um longo trajeto nas artes, baseados em Londres, Reino Unido, trabalhando diretamente com os dois herdeiros, Aurora e Leonardo Espiga Pinto, filha e filho, respetivamente. As obras são provenientes da coleção que o próprio artista cuidadosamente construiu, com agradecimentos pelo empréstimo de outras obras por parte de importantes coleções particulares.

Juntamente com o apoio institucional da BIALE 2025, a exposição conta com o apoio da The Sovereign Art Foundation, Grupo de Hotéis Marmóris, Galeria Alvarez, Galeria Aqui d’El Arte – CECHAP, T.ARTe Collage.pt.

“A galeria do The Folly recebe normalmente artistas contemporâneos locais, mas estamos muito satisfeitos por, desta vez, recebermos um verdadeiro ícone da cena artística local que, infelizmente, jánão estáentre nós. Ter um artista desta estatura a expor na nossa galeria durante a BIALE do Alentejo é, na nossa opinião, muito propício.” Howard Bilton, proprietário da Howard’s Folly e presidente da The Sovereign Art Foundation.

“O regresso de Espiga Pinto ao seu Alentejo, e a Estremoz, tem um enorme significado. Esta é a primeira exposição de desenho, pintura e escultura de Espiga Pinto desde o seu falecimento. Além disso, a sua célebre “Série do Alentejo” (década de 1960) não era mostrada ao público há 15 anos. E, finalmente, a exposição tem lugar em Estremoz, lugar onde o nosso pai viveu e criou estas mesmas peças, na sua casa-atelier.” Aurora e Leonardo Espiga Pinto (filha e filho), Legado de ESPIGA Pinto, 2025

Avelino Gomes lidera Torneio da Malha de Elvas após terceira jornada

Depois de uma interrupção, devido às comemorações de Carnaval, o Torneio da Malha do Concelho de Elvas “João Brioso” regressou no passado sábado, dia 8 de março, para a sua terceira jornada, disputada em Barbacena.

A competição, que conta até esta ronda com 88 inscritos, foi ganha em seniores masculinos por Avelino Gomes, de São Brás e São Lourenço, totalizando sete derrubes. Nas restantes categorias, Cláudia Gonçalves venceu a classificação feminina com dois derrubes, Vitória Conceição triunfou em “sub-13” com um derrube e António Manuel Conceição em veteranos com três.

Na classificação geral, no que toca à competição sénior, Avelino Gomes vai na frente, com 16 derrubes, seguido de José Branca, de São Brás e São Lourenço, com 15; e de Nuno Conceição, de Caia e São Pedro e Alcáçova, também com 15 derrubes.

Em Veteranos, lidera Venâncio Cachapela, de Vila Viçosa, com 14 derrubes. Segue-se Manuel Arraia,de Barbacena, com 13 derrubes e José Carlos Malhado, de Vila Viçosa, com 11.

Na competição feminina, Joana Lopes, de Vila Viçosa, segue em primeiro lugar, com oito derrubes. Segue-se Sónia Piteira, de Redondo, com cinco, e Cláudia Gonçalves, de Barbacena, com três.

Nos Sub-13, vai na frente Vitória Conceição, de Caia e São Pedro, com quatro derrubes. Em segundo lugar, surge Leonardo Branca, de São Bras e São Lourenço, com um derrube e, em terceiro, Martim Carvalho, de Caia e São Pedro, ainda sem qualquer derrube.

O torneio, como tem vindo a ser tradição, só termina a 25 de abril, com a décima e última jornada a ser disputada na Praça da República de Elvas. Este 29º Torneio da Malha é uma organização do Município de Elvas em colaboração com as Juntas de Freguesia do concelho e a Associação Desportiva, Recreativa e Cultural da Juventude de São Vicente e Ventosa.

Iluminação de outros tempos exposta no Convento de Nossa Senhora da Luz em Arronches

O trabalho desenvolvido pela Academia Sénior de Arronches volta a estar em destaque na galeria do Convento de Nossa Senhora da Luz, onde, até ao final do corrente mês de março, estará patente a exposição denominada “No Tempo em que a Luz Tinha Cheiro” e cuja inauguração teve lugar no final da passada semana.

A receber aqueles que não quiseram perder tempo para visitar o acervo composto por utensílios trazidos pelos alunos e pelo dinamizador da disciplina de Património, Miguel Casaca, este fez-se acompanhar pelo presidente e pela vereadora do Município, respetivamente, João Crespo e Maria João Fernandes.

Foi precisamente o líder do executivo autárquico que começou por ter a palavra, dando desde logo as boas-vindas a todos os presentes. João Crespo parabenizou então a turma pelo trabalho desenvolvido e enalteceu o dinamizador e colaborador da autarquia, Miguel Casaca, por todo o empenho em prol do projeto.

Por sua vez, a vereadora Maria João Fernandes, que acumula o cargo de coordenadora da Academia Sénior de Arronches, explicou que esta ideia surgiu na disciplina de Património e contou com a colaboração de todos os alunos na cedência dos objetos em causa, sendo que a opinião destes foi igualmente valorizada durante todo o processo, uma vez que este é um trabalho de partida.

Por fim, antes de convidar o público a visitar a galeria, o dinamizador Miguel Casaca explicou que, com este tipo de exposições, se pretende não só recolher e preservar material antigo, como também colocar os alunos a dialogar entre si para saber quem ainda possui determinados objetos.

Esta cerimónia de inauguração terminou com os próprios alunos a declamar alguns poemas por si elaborados sobre a temática em questão.

Estremoz com dupla participação e várias surpresas na BTL

O Município de Estremoz volta a estar representado na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), que se prepara para celebrar a sua 35.ª edição, entre amanhã, 12 de março, e domingo, dia 16, nos pavilhões da FIL, no Parque das Nações.

Organizada pela Fundação AIP, a BTL é considerada o maior evento de turismo em Portugal e um dos mais relevantes a nível internacional, reunindo profissionais, expositores e visitantes de todo o mundo. Este ano, o certame tem o Alentejo e o Ribatejo como regiões turísticas nacionais convidadas. Para a vice-presidente do Município de Estremoz, Sónia Caldeira, “este convite dá um destaque completamente diferente a toda a região do Alentejo”.

No decorrer do evento, o Município de Estremoz vai promover o seu concelho através de diversas degustações de produtos típicos, tanto ao nível da doçaria, como dos enchidos e dos queijos. Também o artesanato típico do concelho estará representado: “vamos ter artesãos a trabalhar ao vivo o Boneco de Estremoz, que como todos sabem é Património Cultural e Imaterial da Humanidade”. Eventos como a BTL, garante a autarca, “são uma forma a darmos a conhecer esta arte que tanto nos define”.

Para além de estar representado no seu stand, integrado na área do Turismo do Alentejo e Ribatejo, o concelho de Estremoz também vai estar representado num outro stand: o da Cidade do Vinho 2025. A cerimónia de apresentação da Cidade do Vinho, na BTL, está marcada para amanhã, às 16 horas, com a participação dos presidentes de Câmara de Estremoz, Alandroal, Borba, Redondo e Vila Viçosa. Logo de seguida, haverá prova de vinhos destes cinco concelhos, representados pelas respetivas adegas. Sónia Caldeira sublinha a importância de grande parte das adegas estremocenses terem aceitado o desafio de marcarem presença na BTL, como uma forma de “promoverem os seus vinhos e fazerem as respetivas degustações, alavancando assim a economia local”.

Para além de todo este plano de atividades, haverá ainda lugar para uma surpresa por parte da autarquia, no sábado, dia 15 de março, pelas 19h45, em que será feita a apresentação da 37ª edição da Feira Internacional de Agropecuária de Estremoz (FIAPE), que irá decorrer de 30 de abril a 4 de maio. Nesta iniciativa, vai ser dado a conhecer o cartaz de artistas a pisar o palco principal deste evento, que já foi, entretanto, divulgado. “Vamos ter um dos artistas connosco nesta apresentação na BTL”, revela ainda a vice-presidente, assegurando que este será o “ponto de arranque para a FIAPE 2025”. De recordar que Anjos, Nininho Vaz Maia, Dillaz e Tony Carreira são os cabeças de cartaz do evento.

Aluna de Campo Maior vítima de bullying. Diretor diz que situação está “devidamente identificada”

Uma aluna de 14 anos da Escola Secundária de Campo Maior tem vindo, alegadamente, a ser vítima de bullying, por parte de algumas colegas.

Os episódios de violência verbal, contudo, segundo a mãe desta estudante, não são de agora, uma vez que começaram “há quase dez anos”, quando a família se mudou para a vila. “Querem-lhe bater, fazem-lhe esperas à porta, gozam com ela e chegou a um ponto em que não quer ir às aulas”, relata. “Por enquanto são só agressões verbais; físicas são só ameaças. Ainda não lhe tocaram”, acrescenta.

Perante a situação, esta mãe apresentou já queixa, quer ao diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, quer à GNR: “o senhor diretor falou com as raparigas em questão, mas isto tem vindo a continuar sempre e fiz já queixa de duas miúdas na GNR”.

“Ela anda em baixo, anda triste, não quer ir à escola e come pouco. Elas têm que parar com isto. É esta a educação que lhes dão em casa?”, questiona-se esta mãe, que explica ainda que, caso estes episódios não tenham um fim, irá mesmo mudar a filha de escola. “Só quero que ela volte a ser feliz e uma criança normal”, diz ainda, dando conta que filha tem vindo a ser acompanhada psicologicamente fora da escola.

A Rádio ELVAS entrou em contacto com o diretor do Agrupamento de Escolas de Campo Maior, Jaime Carmona, que explicou que a direção se mantém “atenta” e que as situações estão “devidamente identificadas”, tendo sido, desde logo, reportadas à equipa da Escola Segura e à GNR. O diretor, que já reuniu com os encarregados da aluna em causa, garantiu ainda que tem tentado “fazer tudo” aquilo que lhe compete, sempre “com recurso às entidades competentes”.

Família ficou desalojada em Portalegre após fenómeno de ventos fortes

Um fenómeno de ventos fortes, ocorrido esta segunda-feira, 10 de março, em Portalegre, provocou danos em mais de uma dezena de habitações, sendo que uma família ficou desalojada.

Não estando ainda apurados todos os prejuízos causados pelo mau tempo, são várias as habitações com muitos danos materiais, segundo a presidente da Câmara Municipal de Portalegre, Fermelinda Carvalho.

A família que ficou desalojada, constituída por dois adultos e uma criança, acabou por ser realojada em casa de familiares.

A par dos estragos causados em casas, devido a estes ventos fortes, há registo de centenas de árvores arrancadas ou partidas.

O fenómeno de ventos fortes foi registado durante cerca de meia-hora, entre o meio-dia e as 12h30, desde a zona da Pedra Basta até à Estrada Municipal 1146.

Elvense Bruna Grave acaba de lançar o seu primeiro livro: “Recomeços”

“Recomeços” é o primeiro livro de Bruna Grave. A obra desta jovem elvense é um romance que ilustra os sentimentos de perda e luto, que acabam por ser curados pelo amor.

Apesar da sua paixão pela escrita, o processo até chegar a este “Recomeços” foi longo. “Tentei inúmeras vezes (escrever um livro), mas nunca chegava a completar: não sei se por causa do tema que não me agradava, se da história, em que eu me acabava por perder um pouco, mas depois consegui completar este livro”, relata a autora.

Este romance “fala de uma rapariga que vai numa viagem com os familiares e acaba por perder os pais e a irmã, num acidente de carro, e vê-se obrigada a ir viver com os tios maternos”. Nesta história, a personagem principal terá que construir “uma nova vida” e lidar, ao mesmo tempo, com “paixões, medos que ficam e inseguranças, e sobretudo, com aquilo que o luto que acarreta”.

O gosto pela escrita e pela leitura cresceu com Bruna

Para Bruna Grave, a escrita sempre foi um refúgio para cada etapa da sua vida, assim como a leitura. Mesmo nos programas de trabalho temporário, da Câmara Municipal de Elvas, nas férias de verão, Bruna escolhia sempre a Biblioteca Municipal para, mesmo nessas alturas, poder ler.

A importância da escrita na sua vida começou a ficar ainda mais vincada “numa fase conturbada”, com a morte do seu avô. Acabou por criar um blog, onde “tinha muito público”. “Acredito que escrever seja uma forma de libertar certas dores que acarreto”, assegura.

Com o apoio da família e dos amigos, que sempre a incentivaram a seguir o caminho da escrita, Bruna lá avançou com a ideia de escrever o seu primeiro livro. “Eu sempre fui tentando, mas nunca encontrei um tema que me tocasse o suficiente, até que fui desenvolvendo uma linha de escrita que gostava mais e então consegui este livro”, explica. “Eu revejo-me muito nas personagens que crio”, garante. Por isso, para a escritora, este “foi um livro relativamente fácil de escrever”, até porque era como “se estivesse na história”.

Depois de “um processo de um ano, com várias etapas até o livro estar concluído”, Bruna Grave enviou o “Recomeços” para as editoras. “Foi um espanto quando fui contactada pela Cordel D´Prata, que é uma editoria que sempre gostei bastante e era muito conhecida por mim. Assim que eles me contactaram, tomei a decisão de assinar contrato com a editora para esta produção”, revela.

O lançamento do livro

O lançamento oficial do livro está previsto para o próximo dia 19 de março. Contudo, “o pré-lançamento já está disponível em algumas plataformas online para ser adquirido”. Após o lançamento oficial, o livro “vai estar à venda nas livrarias físicas, como a Bertrand, Fnac e Continente”.

Como a obra aborda temas como o luto e a perda, Bruna acredita que, “provavelmente, há certas idades que não estão preparadas para a dor que a personagem principal muitas das vezes fala”. No entanto, “não há assim nada que não seja indicado para todas as faixas etárias”.

Cerca de 300 atletas disputaram mais um Corta-Mato “Cidade de Elvas” no domingo

Os terrenos anexos ao Estádio Municipal de Atletismo acolheram na manhã de domingo, 9 de março, o XII Corta-Mato “Cidade de Elvas – Memorial António Leitão”.

A prova, incluída no calendário do XXVII Campeonato de Corta-Mato do Alentejo, contou com a participação de três centenas de atletas em representação de clubes dos distritos de Portalegre, Évora e Beja.

A organização do Corta-Mato Cidade de Elvas foi, como habitualmente, do Clube Elvense de Natação (CEN), com o apoio do Município.

O vereador Hermenegildo Rodrigues representou a Câmara Municipal de Elvas e participou na cerimónia de entrega de prémios ao lado do presidente do CEN, José Caldes.