A Câmara de Campo Maior decidiu, neste novo ano, não fazer qualquer alteração aos impostos cobrados aos munícipes.
Desta forma, a autarquia volta a ficar com a totalidade da receita de IRS, cobrando a taxa máxima de 5% e não atribuindo nenhum desconto aos campomaiorenses. Contudo, e como revela o presidente da Câmara, Luís Rosinha, os valores de IMI mantêm-se “nas taxas mínimas”, tanto nos prédios rústicos, como nos urbanos.
No que diz respeito à derrama, o Município aplica a taxa de “1,5% acima dos 150 mil euros de lucro”, enquanto nos resíduos, o tarifário conhece um aumento, mas apenas “derivado à inflação”. “A Câmara Municipal de Campo Maior vai ter de pagar muito mais verba à Valnor, porque o preço vai aumentar dos 52 para cerca dos 86 euros. Ainda assim, a Câmara Municipal decide assumir essa verba, em prol dos campomaiorenses, pelo que apenas será aumentado o valor dos resíduos do ponto de vista da inflação”, esclarece o autarca.
No que toca à recolha seletiva dos biorresíduos, a Câmara Municipal continua a subsidiar o serviço, sendo que, se algum dia esses os custos passarem a ser suportados pelos munícipes, diz Rosinha, os campomaiorenses irão notar a diferença na carteira. “Nós não temos, ainda de momento, obrigação de passar tudo o que são custos associados aos serviços para aquilo que é o tarifário dos campomaiorenses e aí, só por si, a Câmara Municipal suporta muito do tarifário, subsidiando o serviço, que não temos obrigação”, revela. “Se algum dia existir essa obrigação (de passar os custos associados para a fatura dos munícipes), será um incremento de preços significativo para a carteira dos campomaiorenses e só lá vamos com muita sensibilização, muita comunicação”, acrescenta.
Ainda assim, o presidente fala numa “excelente experiência”, neste âmbito, ao nível do setor HORECA, isto é, da restauração, hotelaria, cafetaria e catering. “As toneladas diárias e semanais (de biorresíduos) continuam a surgir, já se nota alguma adesão. Agora, falta passarmos isto para todos aqueles que, em suas casas, podem vir a desviar este resíduo de aterro e, consequente, a não ser pago. Não será pago pelo município e não será pago pelos campomaiorenses”, remata.