Skip to content

Cristina Bruno e Cancro da Mama: “vantagem do rastreio é de informar, detetar a tempo e tratar”

O Cancro da Mama é um problema de saúde pública, apesar de não ser dos mais mortais, tem uma alta incidência e uma alta mortalidade, sobretudo na mulher, sendo que apenas 1 em cada 100 cancros se desenvolvem no homem. Em Portugal, foram diagnosticados, em 2022, cerca de nove mil novos casos de cancro da mama e duas mil mulheres morreram com esta doença.

Para prevenir este estado calamitoso, o exame clínico e a mamografia são meios para um diagnóstico precoce. Em Campo Maior o rastreio do Cancro da Mama está a decorrer até esta sexta-feira, dia 27 de dezembro, das 9h às 17h30, junto ao Centro de Saúde da vila.

O exame radiológico é estudado “por dois médicos radiologistas especialistas em senologia”, começa por explicar Cristina Bruno, coordenadora voluntária do Grupo de Apoio de Portalegre da Liga. “Este exame é visto às escuras, ou seja, não há comunicação entre os dois médicos. No caso dos dois relatórios não coincidirem a mulher é chamada para uma consulta clínica de aferição”.

Muitas mulheres ficam assustadas quando são convocadas para fazer a consulta clínica de aferição. No entanto, conforme esclarece Cristina Bruno “esta chamada não significa que tenha cancro, mas sim ser apenas uma dúvida, e isto é muito importante de clarificar” sendo que é “uma percentagem mínima quem tem que ir fazer uma aferição a Lisboa”.

“Caso a suspeita se confirme, a Liga Portuguesa contra o Cancro continua com o processo e encaminhada a mulher para hospital de referência da zona de residência”, refere Cristina Bruno. 

1164 Mulheres foram convocadas em Campo Maior para fazer o rastreio do Cancro da Mama na Unidade Móvel da Liga Contra a Cancro das quais, segundo os últimos dados realizados em 2022, apenas 781 compareceram, “sendo esta uma taxa de participação de 67.1%”. “Entre as 781 mulheres rastreadas só quatro foram encaminhadas para tratamento hospitalar, ou seja, esta é uma percentagem muito baixa”, indica ainda Cristina Bruno.

“A vantagem do rastreio é de informar, detetar a tempo e tratar-se. O Cancro da Mama é dos cancros mais estudados e com maior sucesso de cura, sempre e quando é detetado a tempo” conclui a coordenadora voluntária do Grupo de Apoio de Portalegre da Liga.  

As mulheres entre os 50 e os 69 anos, que não tenham qualquer alteração na mama, que não tenham próteses mamárias, que não tenham realizado mastectomia e que nunca tenham tido cancro da mama, estão legíveis para fazer o rastreio.

Compartilhe este artigo: