O Coração Delta, Associação de Solidariedade Social do Grupo Nabeiro, promove, em parceria com a Universidade de Évora, no próximo dia 5 de Setembro, em Campo Maior, a 3ª Conferência Manuel Ferreira Patrício. Com o tema “Novos Caminhos para uma Educação Integrada,” esta conferência, trará à discussão a importância da educação física para concretizar o ideal de Escola como Oficina da Humanidade, além de explorar a interseção entre tecnologia e criatividade no processo de aprendizagem, com destaque para o Programa Tumo.

Durante a Conferência, será ainda assinado o protocolo de colaboração entre o Coração Delta, a Universidade de Évora e a Comissão Liquidatária da AEPEC (Associação de Educação Pluridimensional e da Escola Cultural), com o objetivo de proceder ao tratamento dos inéditos autógrafos de Manuel Ferreira Patrício, em ordem à sua edição crítica e publicação, online e, eventualmente, em suporte físico.

A sessão de abertura desta conferência ficará a cargo do Presidente do Conselho de Administração do Grupo Nabeiro-Delta Cafés e Presidente da Assembleia Geral da Associação Coração Delta, João Manuel Nabeiro, e da Reitora da Universidade de Évora, Hermínia Vilar. Participam na conferência Rui Proença Garcia, Prof. Catedrático da Universidade do Porto e Pedro Santa Clara, Fundador da Escola de Programação 42 Lisboa e Porto.

O encerramento contará com as intervenções de Rita Nabeiro, Presidente da Direção da Coração Delta e de Pedro Dantas da Cunha, Secretário de Estado da Administração e Inovação Educativa.

O Coração Delta, Associação de Solidariedade Social do Grupo Nabeiro, tem a seu cargo a organização das Conferências Manuel Ferreira Patrício. Através destes encontros, não só honramos e preservarmos o legado cultural, pedagógico e filosófico do Professor Manuel Ferreira Patrício, como também abrimos espaço ao debate sobre temas de relevância na área da educação, divulgando e promovendo boas práticas de inovação educativa.

Todos os que se quiserem inscrever podem fazê-lo através do formulário disponível em https://forms.gle/2p9VtoFGmjzFAhgh7.

​O Município de Campo Maior tem em curso, ou a iniciar-se em breve, várias obras que totalizam um valor superior a 25 milhões de euros, proveniente do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

A obra da variante à vila, num investimento de cerca de sete milhões, segundo explica o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, poderá estar concluída antes de fevereiro de 2025. “Falando com a administração da empresa que a está a executar, a obra decorre com grande normalidade. Há uma vontade, da própria empresa, de antecipar as datas (previstas para a conclusão da obra) e temos essa obra em velocidade cruzeiro”, assegura.

Por outro lado, a autarquia viu recentemente aprovado mais um financiamento de 600 mil euros para dar continuidade à sua Estratégia Local de Habitação. “Ficamos já muito próximos de atingir as verbas finais da nossa estratégia de habitação, mas vamos lançar ainda alguns projetos mais pequenos”, explica Rosinha. “A nossa estratégia local situava-se em torno dos três milhões e 800 mil euros e queremos nós, durante o ano de 2025, culminar em concursos públicos”, acrescenta.

No que toca à Área de Acolhimento Empresarial, Luís Rosinha revela que este é um projeto que se tem revelado “muito difícil do ponto de vista da gestão camarária e da gestão externa”. “Há uma envolvência muito grande sobre como poder vir a injetar sete megawatts de eletricidade na rede nacional. Estamos a fazer esse processo, continuamos com o procedimento em curso, com uma qualificação prévia. Vamos ver até que ponto vamos avançar neste projeto, que totaliza 15,2 milhões de euros”, remata o autarca.

A artista plástica Patrícia Magalhães apresenta, na sexta-feira, 6 de setembro, na Casa da Cultura de Elvas, a exposição “Crer para Ver”: uma mostra que inclui desenhos, objetos e instalações, que têm todos por base o recurso a radiografias.

O trabalho, explica a autora, “bastante diferente” do que tem feito até então, foi produzido “em específico” para esta exposição. “A execução é feita muito tridimensionalmente, ou seja, há várias objetos e instalações, para além dos desenhos”, começa por dizer, dando conta que, geralmente, trabalha “mais o bidimensional”.

Patrícia Magalhães adianta que, na exposição, é apresentada uma “mistura de vários temas”, num trabalho que parte da leitura do livro “A Obra ao Negro”, de Marguerite Yourcenar, que “tem um piscar de olhos aos estudos psicanalíticos do Carl Jung, sendo que “ele, por sua vez, também vai piscar um bocadinho o olho a processos alquímicos”.

Recorrendo a suportes não tão convencionais, Patrícia Magalhães explica que todos os desenhos partem de “monotipias com radiografias”. “São desenhos que partem de uma experiência que eu não sabia o que ia dar, ou seja, cada uma dessas monotipias sugeriu-me algo que depois veio do meu imaginário”, adianta. No caso das instalações e dos objetos, quase todos eles têm as chapas de acrílico das radiografias como suporte.

Entre as peças em exposição, a artista destaca uma árvore da vida, que dá vida a um vitral, em que, no lugar dos vidros, são usadas mamografias. “Há ali uma relação entre a vida e a momografia, porque é uma análise ao seio, que faz até de prevenção. Não recorremos sempre a radiografias com aspeto de falta de saúde ou algo mais mórbido”, esclarece.

Depois de ter reunido vários quilos de radiografias para este trabalho, quando hoje em dia estes exames de diagnóstico já são digitais, a reciclagem, no decorrer do trabalho desenvolvido, tornou-se, para a artista, “uma questão importante”. Nesse sentido, com esta mostra, Patrícia Magalhães apela à reciclagem de radiografias e de outros exames, sendo que convidou, para a abertura da exposição, a AMI e várias farmácias locais.

Com curadoria de Ricardo Castro Ferreira, a mostra é inaugurada na sexta-feira, às 15 horas, na Casa da Cultura de Elvas. Fica disponível para visita até dia 4 de outubro.