Na impossibilidade de se realizar, este ano, a tradicional feira medieval, dedicada à Rainha Santa Isabel, no castelo de Estremoz, o tradicional mercado deu, na manhã deste sábado, 18 de maio, lugar a um mercado medieval, organizado pela Câmara Municipal e a Escola Secundária.

Vestido a rigor, e integrando o cortejo que teve início na Escola Rainha Santa Isabel, em direção ao Rossio Marquês de Pombal, o presidente da Câmara de Estremoz, José Daniel Sádio, explica que eram vários os “constrangimentos” que impediam a realização do evento no castelo. “Há cerca de quatro meses, quando se começou a preparar a feira, tínhamos uma série de constrangimentos, na zona onde habitualmente se realiza a feira medieval: há um processo de concessão dos terrenos do programa Revive, e não saberíamos, na altura, qual seria o desenrolar dos trabalhos, e internamente, temos problemas com a parte do muro anexo à Capela do Senhor dos Passos”, começa por dizer.

“Há uma intervenção em curso, há procedimentos que estão a tramitar e havia uma forte probabilidade de, nesta altura, termos lá instalado o estaleiro, termos obra e não havia margem para avançarmos sem segurança”, acrescenta o autarca.

Ainda assim, e para que o projeto promovido em parceria, todos os anos, com a Escola Secundária de Estremoz, não caia em esquecimento, o Município decidiu assinalar, de alguma forma, a iniciativa.

Na esperança que, para o próximo ano, o festival medieval se possa volta a realizar “em grande”, o diretor do Agrupamento de Escolas de Estremoz, Luís Rato, explica que a iniciativa serviu, precisamente, para “não deixar morrer” este projeto já com bastante tradição. Ao todo, adianta o professor, estiveram envolvidos neste cortejo cerca de 150 pessoas, entre professores, alunos, pais e funcionários da escola.

Chegado o cortejo ao Rossio Marquês de Pombal, foi feita a leitura do “Auto da Feira”, prosseguindo a animação com as atuações de diversos grupos de música e dança medieval.