“Pés no Chão”: sábado de muita dança em Campo Maior

O segundo dia do Festival Internacional de Dança de Campo Maior “Pés do Chão” levou no sábado, 4 de maio, vários espetáculos até à Praça Multimodal e ao Centro Cultural da vila.

Durante a tarde, Mariana Gomes Dias e Francisco Freire interpretaram “E Depois Eram Dois”, um espetáculo que explorou a intimidade e refletiu as questões a ela associadas. Seguiu-se “Tai Sabaki”, um solo de dança contemporânea com Miguel Punzano, uma peça sobre o movimento face à mudança, à capacidade de adaptação do ser humano, de superação e de se conseguir reinventar. O último espetáculo na Praça Multimodal foi “Lapso”, do Coletivo aSymbol, um reflexo do tecido temporal da existência do ser humano. Interpretado por Adrián Domínguez e Jesús Mirón, este espetáculo foi, para quem assistiu, uma experiência atípica e cativante, um fragmento de tempo, evocando a nostalgia de momentos passados e a antecipação do que está para vir.

Já no Centro Cultural decorreu o workshop de dança “El Eco Del Contacto”, da responsabilidade de Alicia Reig, baseado nos processos criativos, nas capacidades físicas de improvisação e adaptação ao momento presente. Seguiu-se a apresentação de “No Sé Como Llamarte”, da Companhia Juan Carlo Guajardo, o último espetáculo da programação deste dia. Juan Carlos Gyajardo, Lucía Vázquez e Manuel Pajeres interpretaram, em cinco momentos, códigos cénicos que foram decifrados através da dança contemporânea, da música, da poesia e do canto, tornando-se numa descoberta pessoal através da arte, onde a dança contribui e o espetador constrói.