A primeira edição da Feira de Doçaria Conventual de Vila Viçosa foi inaugurada ao final desta tarde, nos claustros do Convento dos Agostinhos, em frente ao Paço Ducal da vila.
Para Inácio Esperança, presidente da Câmara de Vila Viçosa, este certame é uma forma de mostrar ao país e ao mundo as tradições e património de Vila Viçosa, no que à doçaria diz respeito. “Esta feira insere-se na estratégia de divulgar o nosso património, a vários níveis, neste caso imaterial e relativo à doçaria conventual, porque no distrito, depois de Évora, só Vila Viçosa tem este número imenso de doces que aqui foram criados e outros introduzidos, em três conventos de grande produção de doçaria conventual: Convento das Chagas, de Santa Cruz e de Esperança, por isso, isto insere-se na estratégia de mostrar Vila Viçosa a Portugal e ao Mundo”, revela o autarca.
No certame marcam presença doceiros e licoristas premiados em Concursos Nacionais. Ana Soeiro, diretora executiva da Qualifica, entidade parceira do município na organização, revela que é preciso “pugnar pelo rigor”, porque o público tem de ter “garantias de que o que compra é conventual e tradicional”.
No momento da inauguração do certame, Ana Soeiro anunciou que está a ser formalizada uma candidatura da doçaria conventual portuguesa a património Imaterial da Unesco, com o objetivo de “valorizar estes produtos que se revestem de uma grande riqueza e qualidade”, pelo que se pretende que “o mundo inteiro perceba que este é um património que está nas mãos destas doceiras, que é um saber fazer que tem passado de geração em geração”.
Sobre esta candidatura, Inácio Esperança, garante que o município “se vai unir à Qualifica para a classificação deste património riquíssimo”, adiantando que a autarquia quer “certificar alguns doces conventuais originários de Vila Viçosa”.
Já o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, revela que esta iniciativa une o património de Vila Viçosa à aposta num evento “com estas características que não existia nesta zona da região”, pelo que “faz todo o sentido e acaba por potenciar o turismo num mês de época baixa”.