À semelhança do que acontece um pouco por todo o país, os profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) juntam-se esta noite de terça-feira, 9 de janeiro, em vigília, na Praça da República de Portalegre, em frente ao Comando Distrital.
Esta vigília, esclarece João Oliveira, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, não é organizada por nenhuma associação sindical. “Somos nós, elementos da PSP, que vamos fazer esta vigília, cada um por si, mas a lutar por todos”, adianta. O objetivo, refere João Oliveira, passa por reivindicar “melhores salários e condições de trabalho”.
“Há esquadras velhas, falta de veículos, por acaso no caso do Comando de Portalegre até está muito bom, mas em cidades grandes as condições estão muito aquém do desejado e do que necessitamos para trabalhar como deve ser”, acrescenta.
Questionado sobre se a falta de atribuição de um subsídio de risco à PSP é outra das reivindicações, João Oliveira diz: “será uma das reivindicações, mas pessoalmente o que nos faz falta é uma melhor remuneração, porque estamos parados no tempo, nesse sentido, os salários continuam baixos para as funções que desempenhamos e, muitas vezes, temos que fazer serviço extra para ganhar mais algum dinheiro”.
João Oliveira refere ainda que não tem sido fácil chegar a um acordo com o Governo, acerca destes assuntos. Por isso, esta vigília “é uma forma de luta por uma Polícia melhor, para que também a população possa ser melhor servida”, remata.
Hoje, pelas 21 horas, os profissionais da PSP do distrito juntam-se numa vigília, na Praça da República de Portalegre, reivindicando um aumento de salário e melhores condições de trabalho.
Barros Correia, diretor nacional da PSP desde setembro do ano passado não criticou o protesto que começou no domingo à noite, adiantando que “as forma de luta” estão ainda em avaliação. Em relação a Lisboa, Barros Correia referiu ainda que também “está a ser feito um levantamento relativo às necessidades das viaturas”.
Um dos motivos apontados pelos agentes para avançar com este protesto é o diploma promulgado por Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, no final do ano passado, que prevê um aumento do subsídio de risco para a Polícia Judiciária (PJ) e, sobre esta questão, Barros Correia admitiu que o aumento deveria estender-se a outras forças de segurança: “Fico muito satisfeito com aquilo que a PJ conseguiu e que isso tenha acontecido. E todos nós na PSP gostaríamos que isso acontecesse.”