Ao longo de 2023, uma das grandes apostas da Câmara Municipal de Elvas recaiu sobre as questões da habitação, sendo que o trabalho, nessa área, irá continuar ao longo deste novo ano.
Num trabalho iniciado já em 2022, lembra o presidente Rondão Almeida, foram investidos mais de dois milhões de euros na compra de mais de 50 edifícios, não só no centro histórico da cidade, mas também nas freguesias rurais. “Em cerca de ano e meio, a Câmara de Elvas comprou 56 edifícios, numa fase degradante, num investimento de dois milhões e 200 mil euros, em que está também incluído o Monte de Santo António, na Terrugem”, começa por revelar.
Ao longo dos últimos 20 anos, diz o autarca, a autarquia conseguiu renovar todo o centro histórico da cidade, tendo sido precisamente essa a sua primeira preocupação, quando, em 1994, chegou à presidência da Câmara de Elvas. “Mas ao longo de todo este tempo, há um conjunto de prédios que, estando degradados, dão uma péssima imagem a uma cidade classificada como Património da Humidade”, assegura.
Agora, a “grande preocupação” da autarquia é conseguir recuperar a “grande maioria” dos prédios adquiridos. “Temos feito anúncios e convites a proprietários, que estejam disponíveis a vender o seu prédio à Câmara Municipal de Elvas, dentro, evidentemente, de uma determinada contratualização”, explica Rondão Almeida.
A par dos prédios para habitação, o município adquiriu também, muito recentemente, o edifício onde a Sociedade 1º de Dezembro, a popular “Azevia”, sempre funcionou, ao longo dos seus 113 anos. “A infelicidade (a queda da cobertura) acabou por trazer uma alegria, o que deu origem a que os proprietários vissem que tinham além um grande problema para recuperar aquele edifício e eu, em nome da Câmara Municipal de Elvas, aproveitei essa oportunidade, tendo-se feito um bom negócio, a um preço abaixo daquilo que está registado nas Finanças”, garante.
Ainda assim, o edifício da “Azevia” vai necessitar de uma intervenção, a rondar os “200 ou 300 mil euros”, a começar, desde logo, pela sua cobertura. “Já temos uma equipa a fazer o projeto”, assegurando Rondão Almeida, assegurando que a cobertura vai ser “totalmente renovada”, assim “tudo aquilo que são os soalhos e casas de banho, ao nível do primeiro piso”. A expectativa é que se possa celebrar os 114 anos da coletividade, a 1 de dezembro de 2024, já no interior do edifício.
Já no Bairro de Santo Onofre, num edifício adquirido pela Câmara Municipal, e à semelhança do que acontecerá na Casa António Sardinha, na Quinta do Bispo, irão nascer centros de convívio.