2024 está a chegar e as perspetivas é que, para os bombeiros, este não seja um ano muito melhor que aquele que agora termina. As dificuldades, garante o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas, Amadeu Martins, que recorda o elevado preço dos combustíveis, vão sendo “cada vez maiores, a cada ano que passa”.
“Passámos por uma pandemia e estamos, atualmente, com duas guerras. Tudo isso faz com que as coisas sejam mais caras: os combustíveis, as peças para automóveis”, revela.
Levando “semanas à espera” de uma peça que uma viatura da corporação possa precisar, os Bombeiros de Elvas enfrentam “grandes transtornos”, até porque o transporte de doentes é o “ganha-pão” da corporação. “Se não tivermos viaturas, não conseguimos fazer dinheiro”, recorda Amadeu Martins.
“2024 vai ser um ano muito complicado: o Governo demitiu-se, vamos ter eleições. Prevejo grandes dificuldades para as famílias e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Elvas é uma família grande e iremos ter dificuldades como todas as famílias”, acrescenta.
A esperança do presidente da associação é que o próximo Governo possa ter “outra atenção” para com as corporações de bombeiros do país. “A ver se conseguimos dar conforto às pessoas que nós transportamos, porque se há coisa que me custa é saber que um doente não seja transportado com conforto, porque não basta a pessoa estar doente e ainda sentir-se desconfortável no seu transporte”, remata.