Monforte, Fronteira e Ponte de Sor foram três dos concelhos do distrito de Portalegre que mais sofreram com a intempérie de 13 de dezembro do ano passado. Por esta altura, estes municípios continuam a procurar recuperar equipamentos e infraestruturas. Apesar da ajuda financeira do Estado, veem-se obrigados a adaptar orçamentos para fazer face aos prejuízos.
No que diz respeito a Monforte, este concelho teve prejuízos que ultrapassam os 2,7 milhões de euros, tendo o município recebido 1,6 milhões do Governo.
Monforte, recorda o presidente da Câmara, Gonçalo Lagem, foi o concelho do Alto Alentejo “com maiores prejuízos”. “O Governo apoia-nos com 60% para fazer face a esses prejuízos, mas temos de arranjar os outros 40% e, a esta altura, a juntar à conjuntura dificílima, àquilo que se passa no país, na Europa e no mundo, ao aumento abrupto do custo de vida e com esta instabilidade toda a que o mundo atravessa, arranjar um milhão de euros, de forma totalmente imprevisível, cria-nos um enorme transtorno”, confessa o autarca.
Para fazer face aos prejuízos, e perante as “parcas receitas”, explica Gonçalo Lagem, muitos investimentos e prioridades tiveram de ser “reorientados e redefinidos”. “A juntar a estas dificuldades, está um encerramento de um Portugal 2020, que faz a diferença nestes territórios despovoados, porque é com os fundos comunitários que estes municípios conseguem fazer obra e fazer a diferença na vida das pessoas, e sem um Portugal 2030, que está muito atrasado, e com toda esta instabilidade, temos de redefinir propriedades”, diz ainda.
De recordar que, em Monforte, foram levadas a cabo obras em três troços da Estrada Municipal 243, na Estrada Municipal 506, no caminho municipal 199 e no acesso ao Monte dos Freixos, num investimento total de 900 mil euros. Falta ainda recuperar, entre outros, a Estrada Municipal 515 e o acesso à estrada onde se encontram as ruínas de Torre de Palma.