À semelhança do que aconteceu no ano passado, as crianças das escolas do concelho de Elvas vão estar reunidas, no próximo dia 15 de dezembro, no coliseu da cidade, a tocar ronca e a cantar ao menino.
Desta vez, prevê-se que o número de crianças a participar no evento, promovido pela associação juvenil Arkus e o grupo Roncas d’Elvas, duplique, até porque, para além dos alunos de primeiro ciclo, vão também estar presentes os do ensino pré-escolar.
Mas para que tudo isto seja possível, há todo um trabalho que está a ser desenvolvido, há cerca de dois meses, junto das escolas. “É um trabalho que envolve muita gente, em que, na parte inicial, tivemos o contacto com os vários agrupamentos, de modo a saber se estavam interessados em participar”, começa por explicar o presidente da associação, o professor Carlos Beirão.
“Todos se prontificaram a participar neste evento e, a partir daí, começámos a planear a parte da decoração das roncas, sendo que cada sala está a decorar a sua própria ronca, utilizando latas e outros objetos”, adianta. Depois, os elementos da Arkus e das Roncas d’Elvas, no “terreno”, percorrem todas as salas das escolas de pré-escolar e primeiro ciclo: “vão a cada sala, não só ajudar a confeccionar a ronca, com a pele e a cana que nós oferecemos, como depois ainda treinam um bocadinho com as crianças, para as ensinarem a tocar ronca”.
Procurando que, com o evento, toda a comunidade, não só educativa, se envolva em torno da promoção e divulgação da ronca, esta, diz Carlos Beirão, é a fase mais complexa do processo de preparação da iniciativa. “É a fase que demora mais tempo, porque estamos a falar de três agrupamentos, da APPACDM, do próprio colégio. Toda a comunidade educativa do concelho acaba por participar e, no dia 15, teremos esse momento que será fundamental, com cerca de duas mil pessoas”, diz ainda.
A par deste evento, a Arkus e as Roncas d’Elvas vão promover, no dia 22, na Praça da República, um encontro de capotes: em ambas as iniciativas pretende-se reunir o maior número de pessoas possível, para que, num futuro próximo, possam ser inscritas no livro de records do Guinness.