A realização das Festas do Povo já no próximo ano ainda não é uma certeza absoluta, mas para o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, é altura de se “apresentar uma solução”, dar um passo em frente e assumir que, passados nove anos, o maior ex-líbris festivo do concelho se volta a realizar.
Isso, independentemente do número de ruas que possam vir a ser engalanadas, destacando-se, por outro lado, “a qualidade” do trabalho a que os campomaiorenses já habituaram todos aqueles que, por ocasião das festas, passam pela vila. Nesse sentido, diz Rosinha, devia olhar-se mais para as “oportunidades” do que para as dificuldades e os “contratempos”. “Cada ano que deixarmos passar, vai ser mais difícil”, garante, considerando que, é altura de se voltar “a mostrar ao mundo” por que motivos as festas foram classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Este foi um tema em debate na passada segunda-feira, no decorrer da sessão de abertura do novo ano letivo da Academia Sénior da CURPI de Campo Maior, entre o autarca e as alunas. Para Rosinha, é importante ter esta discussão com “campomaiorenses que adoram as festas”.
Assegurando que, neste momento, as condições económicas atuais da autarquia permitem avançar para a organização do evento, Luís Rosinha explica ainda que é, precisamente nesta altura do ano, que os municípios começam a preparar os orçamentos para o ano seguinte. “Tivemos aqui um momento de difícil gestão, ao nível daquilo que eram os fundos municipais, mas hoje em dia isso está totalmente ultrapassado. É altura de sincronizarmos agendas e ideias e começarmos a pensar que, a curto prazo, teremos que comunicar ao mundo que, se calhar, a decisão dos campomaiorenses é a de avançarmos nesse grande objetivo, que não é de um presidente de câmara ou de um qualquer autarca, é de todos os campomaiorenses”, remata.
A organização das Festas do Povo envolve um investimento de cerca de um milhão de euros, cerca de 400 mil só na compra de papel para a produção das famosas flores de papel.