Marvão regressou às suas origens, ou seja, ao século IX, com mais uma edição do Festival Al Mossassa, que foi inaugurado ao final da tarde desta sexta-feira, 29 de setembro, nesta vila alentejana.
Para o presidente da Câmara de Marvão, Luís Vitorino, esta iniciativa, que decorreu na passada semana em Badajoz, “é uma recriação histórica que mostra a resiliência do território, desde a sua fundação, e de que o município investe na cultura do concelho, porque Marvão tem futuro”.
Este assume-se como um evento que contribui bastante para a economia local, uma vez que segundo adianta Luís Vitorino, “a hotelaria e restauração locais estão lotadas, por estes dias, o que é bom sinal, significa que este território tem alguma singularidade”.
O Al Mossassa já se afirmou não só a nível regional e transfronteiriço, mas também nacional, porque segundo diz Luís Vitorino, “é uma feira diferente, porque não é puramente medieval, mas também judaica, islâmica, através do alto de Marvão que é um cenário idílico”, considerando que “estão reunidas as condições para que esta edição seja um sucesso”.
Já para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, são certames como este que contribuem para o aumento do turismo na região. “Estamos numa época com muitos turistas, mas é preciso criar fatores de animação, para trazer mais pessoas e que possam usufruir daquilo que é o nosso produto turístico”, explica.
José Manuel Santos acrescenta que Marvão “é um local icónico e tem de ter, permanentemente, um programa de animação turístico e cultural, o que não é fácil, porque implica recursos e custa dinheiro, por isso o nosso papel é procurar ajudar os municípios, não só na organização, mas também na promoção desses eventos”.