A primeira edição do Alentejo World Heritage Festival, que levou, durante o fim de semana, a Cabrela as principais tradições musicais da Península Ibérica reconhecidas como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO – o Cante Alentejano, o Fado e o Flamenco – foi um sucesso.
Só no sábado, para assistir, numa “seara alentejana”, ao final da tarde, a um espetáculo que reuniu em palco, entre outros, Sara Correia, Luís Trigacheiro e o espanhol Duquende, estiveram cerca de 1500 pessoas.
O diretor do festival, David Lopes, sem conseguir fazer um balanço do evento, diz-se levado pela “emoção” ao ver tanta gente de todo o país e de Espanha, a assistir a este espetáculo, a este “diálogo imaterial das músicas que são consideradas Património da Humanidade”.
O festival, garante, é para continuar: “é um caminho que se abre; é pegar nas raízes da música portuguesa, nas muitas formas que a música portuguesa tem e cria, e fazer fusões com a morna, com a música celta, porque é este o conceito do heritage, do património”.
A realização do evento, assegura ainda David Lopes, só foi possível “porque todos os patrocinadores acreditaram”. “Apesar sonho ser o motor da força, é preciso que existam pessoas que acreditem naquilo que estamos a dizer e, desta vez, isso aconteceu”, remata.
O Alentejo World Heritage Festival foi promovido pela Égide, a Associação Portuguesa das Artes, em coorganização com a associação Lar Doce Ler e com o apoio institucional e logístico, entre outros, da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo e da Junta de Freguesia de Cabrela.