O presidente do Município de Monforte, Gonçalo Lagem, marcou um encontro com o atual provedor e os ex-provedores da Santa Casa da Misericórdia de Monforte (SCMM) que exerceram essas funções desde que foi celebrado, em 2006, um protocolo de cooperação entre os dois organismos com vista a definir os termos para que se procedesse à transferência para o Município de um conjunto de painéis de azulejos datado do séc. XVIII, com representações da vida da rainha Santa Isabel, removido da igreja do antigo convento do Bom Jesus de Monforte, demolida nos anos 40 do século XX, e que é propriedade da Misericórdia.

Ao abrigo do protocolo, o Município ficou responsável pela valorização deste espólio que se encontrava acondicionado em 59 caixas de madeira, desenvolvendo os trabalhos de montagem dos painéis, registo e seu reacondicionamento.

O conjunto constituído por cerca de 16 mil azulejos organizados em painéis figurativos alusivos à vida e milagres da Rainha Santa Isabel e a milagres de São Francisco e em painéis não figurativos, com motivos seriados e figurações repetidas, foram recolocados na Igreja do Espírito Santo, um espaço reabilitado e requalificado para esse fim, no âmbito do processo de candidatura ao PARU (Plano de Ação e Reabilitação Urbana), e que resultou na criação do Centro “Monforte Sacro”, um Centro Temático sobre esse espólio.

O encontro decorreu nas instalações do Centro, dia 12 de agosto, e serviu para dar a conhecer aos convidados a intervenção realizada e já concluída, estando a sua inauguração pública prevista para o próximo mês de setembro, e para que, de forma informal, Gonçalo Lagem, em nome do Município, reafirmasse o seu reconhecimento pelo contributo que os referidos Provedores prestaram tornando possível a preservação e valorização deste riquíssimo espólio patrimonial do Concelho.

Para além de Gonçalo Lagem e dos Provedores que puderam estar presentes, nomeadamente, Armando Chichorro Bagorro (signatário do Protocolo), Joaquim Mourato e José António Rasquinho (atualmente no cargo), também participaram neste ato, durante o qual foi descerrada uma placa alusiva, dois ex-membros da Mesa Administrativa da SCMM, Joaquim Gabriel e Joaquim Maurício, o Vice-Presidente e Vereadores do Município, Fernando Saião, Mariana Mota e Emídio Mata, a responsável pelo Serviço de Turismo e Cultura, Teresa Cunha Sardinha, e a arqueóloga do município e uma dos responsáveis pelo projeto, Paula Morgado, que fez uma visita guiada focando-se nos aspetos mais relevantes de toda esta intervenção.

Seguidamente, nas instalações da Santa Casa da Misericórdia, José António Rasquinho e Joaquim Mourato apresentaram o projeto para ampliação da ERPI (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas), aumentando a sua capacidade de 51 para 61 camas, e remodelação total da Creche, passando de 30 para 40 vagas, e o projeto para a construção de uma Residência de Apoio Máximo para a Saúde Mental, inserida na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados com capacidade para 24 utentes.

A Área de Serviço para Autocaravanas (ASA) de Borba já tem normas de utilização e de funcionamento, tendo o regulamento interno sido aprovado na reunião de Câmara, realizada ontem, 16 de agosto.

O equipamento de apoio ao turismo em autocaravana, revela o Município de Borba, em nota de imprensa, “está em fase de conclusão e ultimam-se os preparativos para a sua entrada em funcionamento, daí a necessidade de criação e aprovação destas normas de funcionamento”.

Esta Área de Serviço para Autocaravanas está já registada na plataforma da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, entidade que vistoria e atribui homologação a estes equipamentos.

A ASA de Borba está implantada junto ao Parque Desportivo, na zona sul da cidade, e disponibilizará as seguintes instalações, serviços e equipamentos: 12 espaços destinados ao aparcamento de autocaravanas (incluindo um para deficientes); zona de estacionamento para pernoita com tomada elétrica, com 12 lugares; estação de serviço para autocaravanas; zona de abastecimento de água, despejos e separação de resíduos; zona coberta, onde se localizam as instalações sanitárias e balneários, separados por sexo, uma instalação sanitária equipada para deficientes; zona de estar e de refeições, com bancada para lavagem de loiça e localização de máquinas de “vending” de produtos alimentares; parque de merendas; e zona com informação turística.

Tendo a sua construção inserida no projeto “Criação e dinamização da Rede de Infraestruturas para o Autocaravanismo do Alentejo e Ribatejo”, da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a ASA de Borba tem o apoio do Turismo de Portugal, através de candidatura à linha de apoio à Valorização Turística do Interior, num montante global de 142 mil euros.

O valor da empreitada é de 243.161,09 euros, estando a obra está a cargo da empresa “Construções Alto de Santiago Unipessoal, Lda”.

A nova ponte internacional entre Portugal e Espanha vai ser construída na zona de Cedilho, na província de Cáceres, sobre o rio Sever, numa zona em que este rio e o Tejo fazem uma fronteira natural entre as duas nações ibéricas.

O estudo de impacto ambiental está a avançar es estão a ser verificadas zonas submersas em procura de gravuras rupestres.

A obra deve custar cerca de nove milhões de euros.

Devido à falta de uma ponte a passagem ainda é feita por barcas, já que por terra é necessário percorrer quase 120 kms para ligar Cedilho a Montalvão, no concelho de Nisa.

De resto, a ligação possível é privada, feita pela Barragem do rio Sever e durante bastante tempo depende da empresa proprietária que só abre a passagem alguns dias.

As Festas de Santo Aleixo, no concelho de Monforte, começam esta quinta-feira, dia 17, e prolongam-se até à próxima segunda-feira, 21 de agosto.

As Festas de Santo Aleixo têm início hoje, nesta freguesia do concelho de Monforte.

Este ano, revela o presidente da Junta de Freguesia de Santo Aleixo, António Raposo, “a organização estava a cargo de uma comissão que apanhou o pendão, mas não veio a acontecer, mas conseguimos fazer umas festas atrativas”.

Até segunda-feira, as festas contam com várias atividades taurinas, bailes e também as tradicionais cerimónias religiosas, pelo que António Raposo diz que “está tudo a postos para começarmos, em grande”.

As Festas, este ano, contam também, “num espaço próprio, junto às festas, com uma Summer Party, animada por Djs, todos os dias.

Relativamente à corrida de touros de domingo, 20 de agosto, António Raposo refere que estarão em Praça “Manuel Telles Bastos, Marcos Bastinhas e Miguel Moura,  com touros de Gregório de Oliveira e pegam os Forcados de Arronches, Monforte e Académicos de Elvas, garabntindo que este espetáculo tauromáquico “será um sucesso, à semelhança do ano passado”.

Neste primeiro dia das Festas de Santo Aleixo, pelas 22 horas, há uma largada de touros pelas ruas da freguesia, com a Ganadaria Galhanas. À meia-noite e meia começa a Summer Party.

A Quercus detetou, nas últimas semanas, centenas de carvalhos-negrais (Quercus pyrenaica) com as folhas secas, no Parque Natural da Serra de São Mamede, nos concelhos de Castelo de Vide, Marvão e Portalegre, bem como no Crato e em Nisa.

De acordo com a Quercus, as árvores “apresentam tonalidades amareladas, nada comuns em pleno verão”, com as folhas a caírem “muito antes do tempo, desnudando os ramos”. O fenómeno da seca prematura das folhas de carvalhos-negrais é “ainda mais preocupante” por se verificar pelo terceiro ano consecutivo.

A Quercus, que considera que era importante investigar-se se existe alguma praga ou doença que afete a vitalidade dos carvalhos, questionou já o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), no sentido de perceber se foram investigadas as causas da seca das folhas das árvores, “mas ainda está a aguardar resposta”. Em 2021 e 2022, a associação ambientalista não obteve qualquer resposta, relativamente ao mesmo assunto, por parte do ICNF.

A situação “pode estar associada à seca e ao calor intenso que se faz sentir”, pelo que a Quercus apela a que se faça “uma investigação rigorosa do fenómeno”, uma vez que receia que “os ecossistemas do Alto Alentejo possam estar em perigo”.

Os carvalhais de carvalho-negral, lembra a Quercus, e de acordo com vários cientistas, “desempenham importantes e imprescindíveis funções de conservação dos nossos recursos físicos, ambientais e biológicos. Criam o habitat natural de muitas das nossas espécies de flora e fauna, sendo essenciais para a preservação e fomento dessas espécies. Exercem um importante papel na conservação e melhoria dos solos, da água, do clima e mesmo da paisagem natural que caracteriza muitas das nossas regiões. Paralelamente, são uma importante fonte de recursos lenhosos e não lenhosos, pelo que há um conjunto de atividades humanas que lhes estão associadas, contribuindo para uma melhoria das economias locais e regionais”.

“Consideramos que é muito importante que se investigue a fundo a causa da sua seca e que se tomem medidas para conservar esta espécie, que não tem proteção legal fora dos habitats das zonas especiais de conservação da Rede Natura 2000, da Diretiva Habitats, da União Europeia. É urgente, como a Quercus tem apelado ao longo dos últimos anos, a sua proteção, pelo alto valor conservacionista que esta espécie apresenta. Também é importante que a espécie seja plantada nas matas do Estado e terrenos privados, apoiando as ações que contribuem para a conservação e regeneração dos ecossistemas”, diz ainda a Quercus.

Fotos: Nuno Alegria e José Janela (Quercus)