As queixas por violência doméstica registaram em 2022 o valor mais elevado dos últimos quatro anos, com a PSP e a GNR a contabilizarem mais de 30 mil ocorrências, a nível nacional.
No que diz respeito ao distrito aos concelhos de Elvas e de Campo Maior também registaram um aumento de pedidos de ajuda, no que à violência doméstica diz respeito, revela Carla Batista, assistente social no Núcleo distrital de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica. “No concelho de Elvas, em 2022, tivemos 20 casos em acompanhamento de vítimas adultas e oito, no caso de jovens; já em Campo maior foi o concelho onde houve maior intervenção, quer em vítimas adultas quer em jovens, explica a assistente social.
A nível distrital, 2022, foi o ano, desde que existe este Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica de Portalegre em que foram registados mais pedidos de ajuda. “Nós temos intervenção desde 2009 e, em 2022, foi o ano em que tivemos mais processos em acompanhamento, em que registamos 113 vítimas de violência doméstica, sendo 32 relativos a crianças e jovens e 81 de vítimas adultas, já em 2021, houve 68 processos de adultos e 13 de crianças”.
Carla Batista revela ainda o que pode estar na origem deste aumento generalizado, que segundo a assistente social, “muitos números ainda estão encobertos, no entanto, talvez o maior investimento na sensibilização e informação leve a que as vítimas estejam mais capacitadas para perceber os serviços, apoios e ajudas que têm disponíveis leva a que haja um maior número de registos, bem como a tolerância a este tipo de situações seja menor”.
Queixas por violência doméstica que aumentaram em 2022, face a anos anteriores, uma tendência que se verifica não só a nível regional, mas também nacional.