Carlos Pinto de Sá, recentemente eleito presidente do Conselho Intermunicipal da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC), pretende trabalhar com os municípios da região a vários níveis: económico, financeiro, ambiental, social e cultural.
Para que a CIMAC “possa funcionar”, explica o também presidente da Câmara Municipal de Évora, “é necessária uma plataforma de entendimento entre as forças políticas”. “Essa plataforma foi negociada, e felizmente, foi possível chegar a um acordo, que estabeleceu uma repartição dos órgãos da direção da CIMAC, concelho intermunicipal e assembleia intermunicipal, pelas diversas forças políticas”, adianta Carlos Pinto de Sá, lembrando que, no primeiro terço do mandato, a CIMAC foi presidida por Luís Dias, presidente da Câmara de Vendas Novas e representante do PS. “Agora vou presidir eu, representante da CDU, e no terceiro terço vai presidir um representante do PSD”, acrescenta.
Como presidente da CIMAC, Carlos Pinto de Sá tem como um dos principais objetivos ajudar as 14 autarquias do Alentejo Central em diversas áreas. A nível económico e financeiro, a CIMAC pretende procurar uma solução para os problemas existentes no centro da população. “Gostaria de salientar a minha disponibilidade para trabalhar com todas as câmaras dos municípios e procurar dar resposta às necessidades, sendo este um ano difícil, em que uma parte significativa da população está a perder o poder de compra devido à inflação, e portanto os problemas sociais estão a aumentar”, revela. A inflação, garante ainda, “leva também a uma degradação das contas dos municípios e, por isso, há uma preocupação por parte da CIMAC relativamente à evolução económica e financeira”.
Iniciar o PT2030 e terminar o PT2020 é outro dos objetivos de Carlos Pinto de Sá. “Para este novo quadro financeiro da União Europeia, precisamos de preparar a CIMAC para este tipo de desafio. É preciso conhecer os planos de ação do PT2030, que ainda não são conhecidos a nível nacional. Está também a ser terminado o PT2020, sendo este o último ano para a execução física e financeira dos projetos, deste último quadro financeiro anual. Por isso, estamos empenhados em procurar a utilização de todas as verbas possíveis e negociar a fase de transição entre este quadro e o próximo, para que não haja perda de verbas para os municípios”, explica o presidente da CIMAC.
Quanto ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e embora não tenha um número grande de apoios às câmaras municipais, Carlos Pinto de Sá assegura que esta é “uma área importante para os municípios e, em termos práticos, para a população”.
Não deixando de fora a questão ambiental, a CIMAC vai contribuir para o melhor funcionamento da Gesamb, de modo a trazer ao de cima a “importância da reciclagem”, querendo aumentar esta “de forma significativa”. Em colaboração com a Câmara de Évora, a CIMAC está também “empenhada em participar ativamente no projeto Évora 2027 e naquilo que a Câmara de Évora necessitar”, garante Carlos Pinto de Sá.
A eleição que decorreu no passado dia 17 de janeiro, em reunião ordinária do Concelho Intermunicipal da CIMAC, tem efeito até 31 de maio de 2024, com Carlos Pinto de Sá na presidência e Inácio Esperança, presidente da Câmara de Vila Viçosa, e Luís Dias, presidente da Câmara de Vendas Novas, na vice-presidência.
A CIMAC entendeu dividir os quatro anos (48 meses) do atual mandato em três períodos de 16 meses, com a presidência a rodar entre autarcas do PS, CDU e PSD.