CDS-PP de Elvas retira confiança política a Paula Calado

A Comissão Política Concelhia do CDS-PP de Elvas, reunida nesta segunda-feira, dia 23, deliberou, por unanimidade, retirar a confiança política à vereadora Paula Calado.

Em comunicado, a concelhia do partido garante que “mantém o apoio a todos os restantes autarcas do PSD eleitos pela coligação para a Assembleia Municipal e para a Junta de Freguesia de Assunção, Ajuda, Salvador e Santo Ildefonso”.

De acordo com o partido, “a 14 de Outubro de 2021, o CDS-PP de Elvas reuniu em plenário para discutir a posição a tomar perante a aceitação de pelouros pela vereadora Paula Calado, eleita pela coligação PPD/PSD.CDS-PP. Foi decidido por maioria manter o apoio à vereadora, aguardando por provas de trabalho e independência no mandato que então se iniciava, em nome de uma estabilidade governativa que melhor beneficie Elvas e os elvenses.

A aceitação de pelouros por um autarca eleito com o apoio do CDS-PP era, desde o início, uma hipótese a considerar, no caso de nenhum dos três eleitos pelo PS aceitar pelouros. Uma vez que todos os vereadores acabaram por aceitar mandato, o cenário provável de ingovernabilidade da Câmara não se verificou, tornando irrelevante para o governo camarário a momentânea posição privilegiada da vereadora eleita pelo PPD/PSD.CDS-PP. Acabou assim a vereadora Paula Calado por apoiar uma maioria que não necessitava do seu apoio e por comprometer uma oposição que o carecia.

Mais do que a aceitação de pelouros em si, a proximidade com o restante executivo municipal fez com que Paula Calado e os vereadores eleitos pelo PS deixassem de ser as primeiras vozes dos seus partidos para se diluírem politicamente no coro dirigido por Rondão Almeida. Prova disto é que o aumento das tarifas do lixo e da água, com impactos brutais na vida dos elvenses, era o tema central da campanha de Paula Calado e uma das únicas condições para que aceitasse pelouros, mas parece que deixou de o ser”.

Finalmente, “o CDS-PP não pode deixar de notar que a perda de independência da vereadora eleita pela coligação PPD/PSD.CDS-PP não é situação única no elenco camarário, que atualmente não tem qualquer oposição. Esta não é, em nossa opinião, uma situação saudável em democracia, mas cada concelhia partidária pensará e agirá pelo que considere ser o melhor para os elvenses que depositaram a sua confiança nos candidatos que foram a sufrágio”.