Carminho, Tó Trips e a Bienal Internacional de Marionetas são alguns destaques da vasta e diversificada programação definida para este ano no Teatro Garcia de Resende (TGR), em Évora.
Ao todo, são 127 espetáculos de teatro, música, dança e circo contemporâneo, havendo também lugar a oficinas e conversas sobre as artes do espetáculo. O programa foi concebido pelo Centro Dramático de Évora (Cendrev) e pela Câmara Municipal, no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP).
Os próximos 12 meses são de intensa atividade no TGR, com 130 espetáculos divididos por diversas vertentes das artes que pretendem fidelizar e atrair novos públicos. Durante a apresentação da programação, Carlos Pinto de Sá, presidente da Câmara Municipal de Évora, garantiu que o Garcia de Resende “vai continuar a ser alvo de investimento municipal”, para “garantir as melhores condições de fruição deste equipamento cultural”.
Sobre o calendário de espetáculos anual, o presidente da edilidade lembrou a importância da aprovação da candidatura à RTCP, a qual garante 400 mil euros anuais, financiados pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) e a Câmara Municipal, cada qual contribuindo com 200 mil euros. Para Carlos Pinto de Sá, a obtenção deste financiamento para o TGR é “o reconhecimento pelo trabalho feito pela Câmara e Cendrev no âmbito da candidatura vencedora para Capital Europeia da Cultura em 2027”.
Quanto ao programa de espetáculos, no campo da música, Mário Laginha deu o mote logo nos primeiros dias de 2023. Seguem-se Carminho, a 17 de março e Tó Trips Trio, a 9 de setembro. Para a primeira semana de junho, está agendado o Festival Internacional de Marionetas de Évora, que se realiza a cada dois anos. Em julho, a Companhia Nacional de Bailado apresenta “Cantata & Symphony of Sorrows”. Ainda na dança, destaque para o Festival Internacional de Dança Contemporânea, promovido pela Companhia de Dança Contemporânea de Évora, que decorre no mês de setembro.
O teatro, naturalmente, tem programação ao longo de todo o ano com produções próprias do Cendrev, como é o caso de “Magnético”, de Abel Neves, cuja estreia está marcada para 23 de fevereiro. Em setembro, vai estar em cena “Apocalipse 2020”, peça coproduzida pelo Centro Dramático de Évora, Teatro Nacional de São João, Baal 17 e Teatro Ibérico. Antes, em março, o Teatro das Beiras traz a cena “Molly Sweeney”, de Brian Friel, e, em abril, referência para o Teatro Noroeste, com “Ver & Aprender – A Maior Flor do Mundo, José Saramago”. Mais para final do ano, em outubro, chega-nos a “A Farsa de Inês Pereira”, escrita há 500 anos por Gil Vicente, num trabalho do Teatro Nacional D. Maria II.
O circo contemporâneo encerra a programação de 2023 com duas produções agendadas para dezembro: “As vidas miúdas e outras insignificâncias”, da Companhia do Revés, e “Kaboom”, pelo duo Oliveira & Bachtler.