O 1º Fórum de Cooperativas Integrais resultou no surgimento da Rede de Cooperativas Integrais. Em outubro de 2022, na aldeia de Casa Branca, em Montemor-o-Novo, esta nova rede, permitiu o progresso ambiental e social através de uma “economia de proximidade, cooperação em rede e descentralização”.
Criar economias sem fins lucrativos de base comunitária e ecológica, foi o objetivo deste Fórum, do qual nasceu um projeto com vista assentar “nos princípios de democracia direta, economia de proximidade, cooperação em rede e descentralização”, conforme afirma José Janela, da Quercus.
As cooperativas Integrais distinguem-se como multissetoriais. Os cooperantes estão no controlo do consumo, quer nos meios de produção como na forma de produção, e na estrutura da cooperativa integral, não se cingindo “apenas a um ramo de atividade, permitindo integrar cooperantes de áreas profissionais muito distintas. Opera em todos os ramos de atividade social e económica necessários ao viver, desde a produção de bens e serviços ao desenvolvimento de projetos em áreas como a saúde, a educação, a habitação ou a energia”, como indica José Janela, tendo em conta as preocupações ambientais e princípios ecológicos.
No Alentejo, as cooperativas integrais desenvolvem e promovem as diferentes atividades, atualmente, em duas cooperativas: a Minga, em Montemor-o-Novo que “reúne pequenos produtores e consumidores e que é a primeira cooperativa integral que surgiu em Portugal, já em 2015”, e a Regenerativa em Odemira. A Cooperativa Minga “está ativa nas secções agrícola – apoia a produção de pequenos agricultores do concelho – comercialização, serviços, habitação e construção”, estabelece José Janela.
A criação da Rede de Cooperativas Integrais é o tema da edição desta semana no programa “Ambiente em FM”, que pode ouvir no podcast abaixo: