Câmara de Elvas recua e aprova Orçamento Participativo de 2021

Depois da polémica relacionada com o Orçamento Participativo de 2021, da Câmara Municipal de Elvas, em que nenhum dos dois projetos vencedores teve luz verde para sair do papel, o executivo elvense, numa das reuniões de câmara, do mês passado, decidiu voltar atrás com a decisão e, dessa forma, viabilizar a sua implementação.

Mais que isso, revela o presidente da Câmara, Rondão Almeida, a autarquia decidiu aprovar uma nova edição do Orçamento Participativo já em 2023: “o Orçamento Participativo não só foi aprovado para 2023, como também não deixaremos cair aquele que foi aprovado em 2021. Pelo contrário, vamos anexar aquele que foi aprovado àqueles que iremos lançar em 2023”.

Dirigindo-se, sobretudo, aos mais jovens, o autarca recomenda que estejam “atentos à abertura do concurso e comecem a pensar em projetos em que valha a pena investir algum dinheiro daquilo que é o dinheiro das receitas públicas da Câmara Municipal de Elvas”.

As candidaturas ao Orçamento Participativo, adianta Rondão Almente, deverão abrir ainda em janeiro, sendo que o objetivo é colocar os jovens a participar “na gestão autárquica”, através de projetos que possam “idealizar”. “A partir da primeira quinzena de janeiro está tudo em condições de se poder criar um júri e lançar projeto a concurso”, assegura ainda.

De recordar que os projetos vencedores do Orçamento Participativo de 2021 foram “O Bem Quer-se Bem”, de Fábio Brás (ver aqui), e “Dois Polos de Cultura e Inovação na Escola Básica de Vila Boim”, promovido pela professora bibliotecária Teresa Guerreiro (ver aqui). A votação das propostas apresentadas a este Orçamento Participativo foi iniciada a 1 de setembro de 2021, no final do mandato de Nuno Mocinha, tendo terminado a 15 de outubro, já depois das eleições autárquicas de 26 de setembro. Depois de anunciados os projetos vencedores, nenhum dos dois, e após um ano, teve autorização para ser implementado, por parte da autarquia, numa altura já liderada pelo executivo de Rondão Almeida. Ao todo, estes dois projetos representavam pouco mais de 23 mil euros aos cofres da Câmara Municipal.

A Rádio ELVAS dava conta, em outubro passado, da situação, sendo que, na altura, Rondão Almeida assegurava não ter de pagar encargos que não tinham sido assumidos pelo seu executivo (ver aqui). Agora, a situação conhece um volte-face, com a autarquia a voltar atrás na decisão e a avançar, inclusive, com uma nova edição do Orçamento Participativo.